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Almanaque da Bola #041

Campeão Mundial em duas categorias do boxe

Por João Nassif 01/09/2018 - 19:47 Atualizado em 02/09/2018 - 23:06

Alguns podem não entender bem o significado do Almanaque da Bola quando falo de esportes que não têm a bola como referência. Quero repetir que este é um espaço destinado ao esporte em todas suas modalidades e mesmo a bola não estando presente é sempre a referência que nos remete à prática esportiva. Me fiz entender?

Assim no Almanaque da Bola de hoje vou falar de boxe, um esporte que já foi referência no Brasil.

Acabou de ser lançado no Festival de Cinema de Gramado no Rio Grande do Sul o filme “10 segundos para vencer” que conta a trajetória de Eder Jofre o maior peso-galo da história do boxe mundial.

Eder nasceu em São Paulo em 1936 numa família de boxeadores e seu pai um argentino, José Aristides Jofre, um ex-pugilista conhecido como Kid Jofre era dono de uma academia de boxe no Parque Peruche, zona leste da capital paulista. Foi aí que Eder recebeu os primeiros ensinamentos sobre a chamada “nobre arte” apesar de na adolescência sua preferência era pelo desenho arquitetônico.

Com o desabamento do teto do Liceu de Artes e Ofício Eder Jofre perdeu seu material didático e assim resolveu encarar o boxe como profissão.

Começou em 1953 como amador, disputou as Olimpíadas de 1956 em Melbourne e apesar de favorito, por erros da organização brasileira seus treinos foram com atletas bem maiores que resultou numa fratura do nariz impedindo que fosse campeão. Foi derrotado na segunda luta para o chileno Cláudio Barrientos que após se tornar profissional voltou a lutar contra Eder e foi derrubado oito vezes antes do K.O. final.   

Eder Jofre começou sua carreira profissional em 1957 na categoria peso-galo. No ano seguinte tornou-se campeão brasileiro. Em 1960 conquistou o título sul-americano e ainda em 1960 foi morar nos Estados Unidos e no mesmo ano conquistou o título mundial derrotando o mexicano Eloy Sanchez.

Um ano depois unificou o título da categoria peso-galo derrotando o irlandês Jhonny Caldweel, campeão europeu da categoria.

Eder conseguiu manter seu título até 1965 derrotando todos os desafiantes por nocaute, até ser derrotado por pontos pelo japonês “Fighting” Harada num resultado muito contestado. Em 1966 outra derrota para o japonês em outro resultado duvidoso, fazendo com que Eder Jofre abandonasse o boxe.

Surpreendentemente em 1970 Eder retornou aos ringues agora como “peso pena” uma categoria acima da que ele começou e em 1973 depois de 25 vitórias, sendo uma contra o gigante cubano José Legrá conquistou o título mundial do Conselho Mundial de Boxe;

Em 1974 seu pai, Kid Jofre faleceu e em 1976 devido ao falecimento de um irmão Eder Jofre aposentou-se do boxe profissional.

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