Pouca gente sabe que no final da década de 1940 a Colômbia criou uma Liga Pirata e levou para lá alguns dos principais jogadores de futebol da América do Sul.
O profissionalismo ainda não havia de todo tomado conta do futebol e a própria FIFA ainda engatinhava, por isso os colombianos criaram em 1948 a Liga Dymaior, independente da FIFA que mesmo assim ameaçou os rebeldes com banimento. O apelido Pirata veio logo depois e acabou pegando.
A movimentação nas contratações de grandes craques sul-americanos e europeus ganhou o nome de El Dorado. Com muito dinheiro para investir o recém-criado Millonarios levou para a Colômbia três dos maiores craques sul-americanos da época: os argentinos Di Stefano, Adolfo Pedernera e Nestor Rossi e com eles venceu quatro títulos nacionais de 1949 a 1953, consagrando a era mais vitoriosa do clube.
Heleno de Freitas, um dos melhores jogadores brasileiros da época também foi contratado, por isso ficou fora da seleção que disputou o Mundial de 1950.
A Liga Pirata deu tão certo que em 1951 a Federação Colombiana resolveu regularizar sua situação junto a FIFA.
Os jogadores estrangeiros até então em situação irregular puderam atuar até 1954 e depois voltaram a seus clubes de origem sem custos. Justamente neste ano a presença de estrangeiros chegou praticamente a zero, dando fim ao El Dorado colombiano.