Thiago Ávila *
Quem não comemorou quando Alonso bateu Schumacher em 2005 com a sua Renault, ou quando o próprio Schumi venceu, ainda de Benetton, a poderosas Williams, ou Nelson Piquet, que impressionou o mundo com sua genialidade de mecânica colocando a pequena Brabham a brigar por vitórias contra outras equipes de ponta. Enfim, domínios e hegemonias existem, mas servem para serem quebrados, pela alma do esporte.
Desde o início da era dos motores híbridos, em 2014, a Mercedes é quem manda na categoria e ninguém sequer chegou perto de quebrar a supremacia. Até o ano passado, quando a Ferrari parecia no primeiro semestre ter um carro que batia de frente, mas que ainda não conseguia tirar as poles de Hamilton.
Esse ano a situação é diferente e parece que pela primeira vez nessa era vemos uma situação de incerteza. Até a entrada das férias, a disputa era apertada, com Vettel e Hamilton dividindo poles e vitórias. A Ferrari, por sua vez, voltou melhor para a metade final do campeonato e depois de vencer o GP da Bélgica, dominou as sessões de treinos desse fim de semana em Monza, e até conseguiu colocar Kimi Raikkonen na pole! Mas se de um lado temos uma Ferrari com um ótimo carro, do outro temos Lewis Hamilton, que de forma ou outra é ainda o maior nome da atualidade.
O GP da Itália foi um dos mais interessantes dessa temporada. Vettel tocado logo na largada, Hamilton colado em Raikkonen o tempo todo, estratégia inteligente da Mercedes, com uma pitada de jogo de equipe, e para finalizar uma vitória de gala do britânico. Talvez a melhor corrida de Lewis na temporada, que vem prova a prova esquecendo os maus resultados do início do ano e trocando as vitórias “na sorte” por “na raça”.
Se na Bélgica, Vettel tirou a vitória de Hamilton, agora o inglês deu o troco.
Faltam sete corridas para o fim do campeonato, e mesmo com a estrondosa vantagem de 30 pontos de Lewis para Seb, a disputa continua em aberto. E não é apenas por motivos matemáticos, senão também pelo carro superior nas mãos do alemão. Como lembrado anteriormente, hegemonias são feitas para serem quebradas e, sim, poderemos ver a Ferrari dar esse gosto de esperança a categoria.
Porém, além de tudo há uma rivalidade e continuamos vendo um duelo interessantíssimo pelo pentacampeonato. Hamilton não vai deixar barato. Quem vence: O melhor carro ou o maior nome da atualidade?
* Thiago Ávila-Estudante de jornalismo da PUCRS