Mais de 26 mil quilômetros de Sul a Norte do país. Fosse de avião, ônibus ou carro, tudo para acompanhar a trajetória do Tigre na Série C de 2021.
Esta história é um dos tradicionais torcedores do Criciúma, Cleiton Ramos que registrou todos os momentos da campanha carvoeira que será contada em um documentário. O lançamento da “Retomada” ocorre nesta segunda-feira, 20, às 9h, no Nações Shopping.
A ideia surgiu ainda em 2019, em parceria com o clube, quando o Criciúma foi rebaixado. A intenção era contar o acesso em 2020, mas como sabemos, Carvoeiro acabou não alcançando o objetivo naquela ocasião. “Como eu tinha migrado da torcida organizada para o meio digital, eu resolvi registrar o retorno para a Série B em 2020, me formei em fotografia, peguei a credencial para poder acompanhar os jogos, já que a torcida não estava liberada devido à pandemia. Acompanhei a campanha toda, mas não tivemos êxito, o Criciúma não conseguiu classificar para a segunda fase. Foi um ano difícil, sem público nos estádio, um ano que sofri demais com o que aconteceu com o Criciúma. Mas foi muito aprendizado. Na época recebi todo o apoio para fazer o projeto novamente em 2021”, salienta Ramos.
Ânimo para não desistir. “Perrengues” na estrada
E este apoio foi fundamental para que ele não deixasse a intenção morrer. A partir dali ele iniciou conversas com a nova diretoria, buscou ajuda também na iniciativa privada e foi para a estrada novamente, sempre atrás do Tigre. “Fizemos um novo contrato com a diretoria porque eu acreditava muito no Criciúma pelo histórico de que nunca ficou mais de dois anos na Série C. Buscamos parceria com empresas privadas para auxiliar também. Vários jogos que vim de São Paulo pegando o ônibus já em seguida, na outra semana já tinha outro jogo. Passei por alguns perrengues, houve tentativa de assalto, onde tentaram roubar minha câmera fotográfica, teve uma torcida de um clube de São Paulo que quis tirar a minha camisa do Criciúma”, conta.
No último jogo, aquele contra o Paysandu, o êxtase. O triunfo de 1x0, com o gol de Henan, colocou o Criciúma de volta à Série B e ali o trabalho de Cleiton terminava com chave de ouro. “No último jogo, tive a oportunidade de estar com os jogadores e voltando de ônibus e indo no carro de bombeiros vendo aquela massa recebendo os jogadores. Foi emocionante e não me arrependo. Agradeço a todos que me ajudaram, o Celso da Luz, assessor de imprensa do Criciúma com quem aprendi muito, o diretor Canella, o presidente Anselmo Freitas e toda a diretoria”, finaliza.