O homem, de 28 anos, que morreu eletrocutado ao tentar roubar fios de energia elétrica em Criciúma, tinha 12 passagens pela polícia. A última prisão foi na semana passada, no dia 13 de fevereiro, quando o criminoso foi flagrado por estar em posse de uma motocicleta furtada no bairro Renascer. Após a audiência de custódia, ele foi liberado pelo Judiciário.
"Na terça-feira da semana passada, eu havia pedido a prisão dele. Ela foi negada pelo Poder Judiciário. Um sujeito com duas condenações, em cumprimento de pena, havia saído do presídio no dia 27 de janeiro. Em 13 de fevereiro, descumprindo às condições do regime aberto, ele foi preso novamente com uma moto receptada. O criminoso saiu, infelizmente, da audiência de custódia, não apenas solto, mas sem nenhuma medida cautelar estabelecida. É lamentável", afirma o promotor de Criciúma, Fernando Menezes.
"Naquela audiência, eu argumentei ao juiz que ele tinha um histórico de crimes, condenações, processos em andamento e que ele voltaria a delinquir. Por isso, eu pedi que ele fosse preso, o juiz disse que o caso não tinha gravidade e que não se justificava a prisão e mandou soltar novamente. Na segunda-feira, ele foi praticar um novo crime, em menos de uma semana e, infelizmente, acabou morrendo. Se tivesse sido preso talvez estaria vivo hoje", acrescenta o promotor.
Segundo informações da Polícia Militar (PM), o criminoso possuía passagens por furto (7), violação de domicílio (1), receptação (1), posse de drogas (1), falsa identidade (1) e desobediência (1). Dessas, em sete ele foi preso em flagrante.