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Por Dr. Luiz Pedro 30/04/2024 - 08:48 Atualizado há 10 horas

Uma em cada 50 pessoas tem uma bomba-relógio dentro na cabeça e não faz a menor ideia disso.

Tic tac.

Está ali, no meio do cérebro, esperando o momento de explodir. Os aneurismas cerebrais não poupam ninguém. Apesar de serem mais frequentes em mulheres de 35 a 60 anos, qualquer um pode desenvolver a doença.

Tic tac, tic tac.

É extremamente grave. Fácil entender o porquê: imagine uma bola que se forma na parede de um vaso que irriga o cérebro, quando, tic tac, tic tac, tic tac, tummmmmmm, rompe, inundando nossa cabeça com sangue, lesionando severamente nossos neurônios. 50% dos pacientes vão a óbito de imediato. Se um cano estourado dentro da parede de casa já faz um estrago, imagine dentro da nossa cuca. 

Estresse, pressão alta e tabagismo são grandes vilões que fazem que o aneurisma surja, como também, são eles que aumentam o risco dele estourar. Imagine um empresário estressado com boletos a pagar, revoltado com o aumento da carga tributária a castigar sua empresa, ansioso com a responsabilidade de garantir a vida de dezenas de funcionários na sua dependência. É o ator perfeito para este roteiro. Adicione ao enredo a existência de familiares com o mesmo diagnóstico (aumenta em 50x o risco), e será difícil escapar deste desfecho.

Se você tem pressão alta, trate. Se fuma, pare. Se está estressado, relaxe. E se tem história na família, investigue.

A vida é agora. Cuide-se.

(@drluizpedro.neuro)

Por Dr. Luiz Pedro 16/04/2024 - 06:32

Muitos acreditam em destino. Como se na vida determinados eventos fossem inevitáveis. As doenças, por exemplo.

Elas inclusive chegam até ser interpretadas como instrumentos de punição. Fruto de algum comportamento inadequado, de alguma injustiça que cometemos e que chegada a hora, sentenciados, devemos pagar com a nossa saúde.

Algumas delas se enquadrariam muito bem neste papel, como certos tipos de tumores cerebrais, a maioria das doenças congênitas (adquiridas desde o nascimento), ou as patologias hereditárias, que acometem várias pessoas da mesma família.

O AVC, definitivamente, não faz parte deste grupo. A grande maioria deles podem ser evitados. Mais precisamente, 90%.

Ter um estilo de vida que promove saúde é fundamental. Clichê autorizado: não fumar, evitar o álcool, praticar exercícios físicos regularmente, fazer do nosso alimento o nosso remédio.

Mas também é importante diagnosticar e tratar precocemente doenças que levam ao AVC, como o acúmulo de gorduras nas artérias, alterações do batimento e da estrutura do coração, fragilidades de determinadas áreas do cérebro.

Neste momento, a medicina, alicerçada na figura do médico e da tecnologia, torna-se essencial.

No passado não sabíamos quando ia chover e, acreditava-se, a chuva dependia do humor dos Deuses.

Hoje, entretanto, é possível prever se a festa de casamento a ser realizada daqui uma semana poderá ser ao ar livre ou não.

O AVC seguiu o mesmo caminho. Quando analisamos o histórico do paciente, examinamos seu corpo e selecionamos determinadas tecnologias diagnósticas e as aplicamos, podemos prever e prevenir que o AVC aconteça.

Ter saúde é uma questão de escolha. Cuide-se. Previna-se.

Por Dr. Luiz Pedro 01/04/2024 - 13:59 Atualizado em 01/04/2024 - 14:17

Não é mito, nem sensacionalismo, é fato. Uma em cada quatro pessoas sofrerão um AVC em algum momento da vida. Olhe para o lado, se mais três estiverem no mesmo recinto e a estatística for caprichosa, pode ser inclusive você.

Não é privilégio dos grisalhos, jovens podem ter também, cada vez mais têm. Junto com as doenças vasculares do coração, a doença vascular do cérebro,  vulgo AVC, tornou-se a principal causa de morte no mundo.

Estoicos, advogados da resiliência humana, poderiam defender que todos devem morrer de algo, é o destino de cada um, inevitavelmente, entretanto o AVC traz consequências que julgo muito piores: as sequelas.

Conviver com a perda de força de um braço ou de uma perna, ter dificuldade para caminhar, não conseguir mais desenhar, escrever, assinar um contrato. Perder a capacidade de falar, não poder pedir um simples copo de água, ou mesmo cantar no chuveiro. Trágico, sem dúvida. Pode piorar.

Ficar alheio ao mundo, restrito a uma cama, incomunicável, dependente de dispositivos artificiais estranhos à natureza humana, como fraldas, sondas, ostomias. Não é fácil.

Só nos damos conta do valor da vida, quando algo a ameaça, e ainda mais, quando a perdemos, mesmo que parcialmente. Tome conta da sua saúde. Um em cada quatro...

Seja um dos três.  

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