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Papa concede o título de Basílica Menor ao Santuário Sagrado Coração Misericordioso de Jesus

Igreja passa a ter vínculo direto com o Vaticano e o Papa; leia entrevista com o reitor, padre Antonio Vander

Giovana Bordignon e Renan Medeiros Criciúma, 20/05/2024 - 16:43 Atualizado em 21/05/2024 - 15:28
Foto: Giovana Bordignon/4oito
Foto: Giovana Bordignon/4oito

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O Santuário Sagrado Coração Misericordioso de Jesus, de Içara, foi reconhecido pelo Papa Francisco como Basílica Menor. O anúncio foi feito pelo bispo da Diocese de Criciúma, Dom Jacinto Inácio Flach, e pelo reitor do santuário, padre Antônio Vander, na tarde desta segunda-feira (20). Na prática, o templo passa a estar diretamente vinculado ao Vaticano.

O título de Basílica é o mais alto que uma igreja fora de Roma pode receber e apenas o Papa o pode conceder. "Com muita alegria, este nosso querido e amado santuário foi elevado a Basílica Menor. É um momento de coroamento de uma caminhada", disse o bispo, após ler o documento do Vaticano confirmando a elevação de status.

Foto: Giovana Bordignon/4oito

O reitor, padre Antonio Vander, explica que o reconhecimento é importante pois expressa uma proximidade ainda maior com o magistério da Igreja. A Igreja Católica reconhece dois tipos de Basílicas: as maiores, que são apenas quatro e estão no Vaticano. E as menores, que estão espalhadas pelo mundo. Com a elevação do Santuário, essa será a primeira Basílica de Santa Catarina, a 6ª no Sul do país e a 80ª em território nacional.

“A dimensão do Santuário não pode ser compreendida somente no seu ambiente territorial, mas no espaço que ocupa no coração das pessoas, são muitos corações pulsando em sintonia com o coração de Cristo, uma força que faz jorrar esperança, alegria e coragem diante dos desafios”, pontua Antônio Vander.

A prefeita de Içara, Dalvania Cardoso, e o padre Giliard Cesconetto Gava participaram do anúncio.

Saiba o que são basílicas

A solenidade de elevação do Santuário à Basílica Menor será no dia 14 de setembro, Dia da Exaltação da Santa Cruz. De acordo com o documento da Congregação para o Culto divino e a Disciplina dos Sacramentos, as basílicas são igrejas dotadas de especial importância para a vida litúrgica e pastoral de uma diocese e, por isso, possuem “um particular vínculo com a Igreja de Roma e com o Sumo Pontífice”.

No fim de 2023, o Santuário concluiu o processo de entrega dos documentos ao Vaticano. O material contou com um memorial descritivo de todos os espaços, bem como a apresentação de cada uma das expressões religiosas em torno do complexo, desde imagens, vitrais e objetos litúrgicos. Outorgado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o documento abordou ainda os critérios que levam um templo a receber tal reconhecimento bem como suas obrigações.

O bispo Dom Jacinto destaca que o reconhecimento do Papa Francisco é como um presente que coroa a caminhada de evangelização em um período de festividade para a Diocese e o Santuário. "Celebramos agora em abril os dez anos do início das obras de construção do Santuário dedicado ao Coração de Jesus, e no próximo dia 27 de maio, a Diocese de Criciúma louva a Deus pelos seus 26 anos de criação", destaca.

O Santuário Diocesano conta atualmente com várias celebrações durante a semana, realiza periodicamente casamentos e batizados. Além do templo principal em formato de cruz latina o complexo religioso abrange uma área de 13,5 hectares e é composto por outras igrejas, caminhos de oração, monumentos, campanário, convento e auditório.

Leia a entrevista com o padre Antonio Vander, reitor da Basílica

Qual a importância dessa conquista tanto para a Basílica agora e para a nossa comunidade?

Para todo o povo de Santa Catarina, é a primeira Basílica Menor dentro desses anos todos de história que temos. E, dentro de tão poucos anos, sete anos de história, de Santuário, de inauguração, o Papa concede o título de Basílica. Um dos grandes benefícios é espiritual. Ou seja, nós vamos ter a possibilidade de indulgências plenárias, nós vamos ter encaminhamentos religiosos, seja confissões, seja as celebrações, as pessoas poderão se aproximar ainda mais. A importância do vínculo diretamente com o Santo Padre, o Papa. Hoje ela é um território do Vaticano, hoje ela é um território papal.

Depois, as responsabilidades que também nos são atribuídas quanto a isso, que é uma responsabilidade litúrgica, uma responsabilidade caritativa, uma responsabilidade espiritual que nós temos que corresponder enquanto Basílica.

Ser reconhecido como um território do Vaticano é se responsabilizar de tornar mais visível a pessoa de Jesus Cristo na sua ação e também naquilo que Ele veio anunciar, que é a Salvação e o Reino de Deus.

Quais são os próximos passos a partir de agora?

Os próximos passos envolvem toda uma elaboração de um cronograma preparatório, em que nós estaremos trabalhando efetivamente com missas, programações, uma semana de oração, teremos confissões. Teremos toda uma semana muito especial para a missa de elevação. E ali, consequentemente, nas próximidades, daqui a alguns dias, faremos a publicação do cronograma para que esse momento seja vivido com muita intensidade em toda a Diocese e em toda a região.

Padre, com a mudança na Basílica, muda também a sua denominação?

O meu título continua o mesmo, é Reitor, Reitor da Basílica. O que muda são alguns atributos nas vestes que são próprias do Padre. A batina em si não muda nada, mas a mozeta (capa curta que cobre os ombros, parte das costas e dos braços) que o Padre usa por cima da batina, ela é fechada na frente com os botões vermelhos. São atributos próprios de quem é Reitor de Basílica.

Deus concede graças para a gente, e Deus concede coisas a nós que não é mérito e que não é engrandecimento, mas é que é responsabilidade naquilo que a gente tem que fazer enquanto Padre, na minha missão, naquilo que eu tenho que ser, naquilo que eu tenho que viver, naquilo que eu tenho que pregar, ensinar, mas testemunhar também.

Padre, o santuário sempre foi um local que recebeu muitos fiéis. O que vocês esperam a partir de agora em relação ao movimento?

Sobretudo nos dias de indulgência plenária, teremos que ter toda uma elaboração nova, teremos que ter todo um empenho novo para estes dias serem muito bem vivenciados e vividos pelo nosso povo peregrino. Então esses dias serão intensificados com maior relevância dentro do santuário. Antes não havia necessidade destes dias serem celebrados com tanta veemência como agora sendo Basílica.

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