Nos seis mandatos no governo de Santa Catarina a partir de 1995, em quatro o vice-governador foi de Criciúma. Uma vez, José Augusto Hülse (vice de Pablo Afonso), e três vezes, Eduardo Moreira (vice de Luiz Henrique e duas vezes de Raimundo Colombo).
Criciúma só não teve vice no mandato de Esperidião Amin, que sucedeu Paulo Afonso, e no segundo mandato de Luiz Henrique.
A mostrar que, em 22 anos, Criciúma esteve no “palácio do governo” durante 14 anos.
Neste período, Eduardo foi governador efetivo por quase um ano, quando foi vice de Luis Henrique, e pode voltar a comandar o governo em 2018. Pelo menos, é o que está projetado nos gabinete do centro administrativo.
O registro mostra que o sul é considerado “estratégico” na composição de chapas majoritárias para eleições estaduais.
E para que a “tradição” seja preservada, Criciúma dispõe hoje de quatro possibilidades para a eleição de 2018.
O primeiro, é o próprio Eduardo. Desta vez, não para ser vice. Mas, para disputar o governo, como candidato a reeleição. Para isso, primeiro terá que assumir. Depois, vencer as disputas internas. Não é a tendência. Mas, é uma possibilidade. Os prefeitos do PMDB do sul trabalham para isso.
Clesio Salvaro, prefeito de Criciúma, politico do sul do estado com maior potencial de voto, um vencedor de eleições, é candidato forte a vice-governador. Mas, não vai ser fácil convencê-lo a renunciar a prefeitura. Só se for numa chapa muito forte. Como vice de Udo Dhoeler, por exemplo.
O deputado Jorge Boeira é uma opção do PP para vice, ou mesmo para disputar o governo. Mas, ele já esteve mais bem cotado na “bolsa de apostas” dentro do partido e entre os prováveis aliados.
Por fim, Julio Garcia, ex-deputado, ex-presidente da Assembléia. Ele está fora da militância política, sem filiação partidária, cumprindo a função de conselheiro do Tribunal de Contas. Vem sendo muito estimulado, no entanto, a voltar ao “jogo”. Se aceitar, é candidato forte a vice-governador.
Os quatro podem ser, mas defendem de movimentos de outros políticos. Os dois mais importantes são - dada da renúncia do governador Raimundo Colombo e saída (ou não) de Julio Garcia do Tribunal.