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DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Arthur Lessa 11/04/2025 - 10:27 Atualizado em 11/04/2025 - 10:30

Em meio à "Guerra Fria Tributária" travada entre EUA e China, conversei com Ricardo Schweitzer sobre investimentos internacionais e em small caps, focos de duas das carteiras recomendadas oferecidas em seu portfolio. A carteira Internacional, inclusive, foi lançada em janeiro de 2025 e grande parte do patrimônio em Renda Fixa.

Com passagens por Sicredi, Empiricus e Nord Research, Ricardo Schweitzer é analista de investimentos CNPI.

Confira a entrevista completa abaixo (estreia às 12h15 de sexta)

 

Por Arthur Lessa 09/04/2025 - 09:32 Atualizado em 09/04/2025 - 09:38

Ray Dalio, uma das vozes mais influentes do mercado atual, afirma que as tarifas de Trump são apenas ruído; o verdadeiro problema que vamos enfrentar é o colapso dos sistemas globais. Segundo ele, o dinheiro está se afogando em dívidas, a política está uma bagunça com populistas se chocando e a geopolítica está mudando de "somos todos amigos" para "cada país por si".

Como o artigo é longo (confira aqui a íntegra), resumi os cinco pontos críticos que levam Dalio a defender a ideia de que estamos vendo o fim do mundo como o conhecemos hoje.

  1. A ordem monetária/economica está se desintegrando pelo fato de as grandes economias estarem baseadas em dívidas insustentáveis e crescentes. Enquanto devedores, como os EUA, seguem contraindo dívidas cada vez mais caras, outros, como a China, já tem créditos demais acumulados. Além disso, a relação de dependência comercial da China, que vive de vender seus produtos fabricados a baixo custo para os EUA, com os EUA, que não vivem sem os produtos baratos vindos da China, que agora se movimentam como inimigos.
  2. A ordem política doméstica está se desintegrando ´por conta dos desequilibrios dos níveis de educação, de oportunidades, de produtividade de renda e riqueza e valores. Essa falha do sistema cria um cenário fértil para ascensão de populistas, tanto de esquerda quanto de direita, que leva à frigilização do Estado de Direito e, posteriormente, a regimes autocráticos.
  3. A ordem mundial geopolítica internacional está se desintegrando pelo fim da era de uma potência dominante que dita a ordem que outros países seguem. A postura cooperativa adotada até então pelos EUA dá lugar a uma abordagem de "América em primeiro lugar". 
  4. Atos da natureza (secas, inundações e pandemias) são cada vez mais perturbadores, e
  5. Mudanças surpreendentes na tecnologia, como a IA, terão alto impacto em todos os aspectos da vida, incluindo a ordem monetária/dívida/econômica, a ordem política, a ordem internacional (afetando as interações entre os países econômica e militarmente) e os custos dos atos da natureza.

No artigo, Ray Dalio afirma que o mundo já viu cenários muito semelhantes ao atual pouco antes de grandes mudanças da economia mundial e, voltando ao início, deixa o alerta para que você não cometa o erro de pensar que o que está acontecendo agora é principalmente sobre tarifas.

Por Arthur Lessa 04/04/2025 - 11:38 Atualizado em 04/04/2025 - 11:43

Renda fixa não é um investimento sexy, mas no "País do Rentismo", pode ser um ótimo negócio se bem feito. Pra explicar como levar a Renda Fixa para esse nível mais elevado de rentabilidade, conversei com a Glenda Ferreira, sócia da Sparta Investimentos, uma das principais gestoras de fundos de Renda Fixa do Brasil.

Em 40 minutos de conversa, ela apresenta as vantagens dos fundos listados frente aos fundos "normais", o que faz com que o objetivo de rentabilidade seja maior naqueles negociados na bolsa. Além disso, ela explica quando (e porque) fundos de investimento se fecham para captação, e também quando eles reabrem para novos investimentos.

Confira abaixo a entrevista completa

 

Por Arthur Lessa 20/03/2025 - 10:29 Atualizado em 20/03/2025 - 13:23

O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu, nesta quarta-feira (19), elevar a Taxa Selic em 1 p.p, firmando em 14,25% ao ano e prevendo nova alta em 7 de maio, próxima reunião do Comitê. Foi a quinta reunião em sequência que termina decisão de aumento.

Olhando pra trás, notei que faz quase uma década a última vez que a taxa básica de juros chegou a esse patamar. E, seguindo o raciocínio do escritor Mark Twain de que "a história não se repete, mas rima por vezes", é importante relembrar como estava o Brasil entre 29 de julho de 2015, quando a Selic chegou a 14,25%, e 19 de outubro de 2016, quando iniciou o ciclo de baixa encerrado (com algumas manutenções no meio do caminho) em agosto de 2020, aos 2% ao ano em meio à Pandemia.

IPCA

JULHO/15 - A inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor - Amplo) subia mensalmente desde 2013 e registrava naquele momento o acumulado de 8,89% ao ano, sofrendo impacto principalmente das inflação dos alimentos e bebidas (9,60%) e dos serviços (7,90%). Vendo a inflação chegando ao dobro da meta, que era de 4,5% ao ano, "o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,50 p.p., para 14,25% a.a., sem viés".

OUTUBRO/16 - Passados 14 meses com a Selic estacionada em 14,25% ao ano, a inflação oficial estava praticamente no mesmo patamar, registrando 8,48% no acumulado dos 12 meses, mas agora em movimento de queda depois de atingir a máxima de 10,71% em janeiro de 2016. Sob comando de Ilan Goldfaijn, "o Copom decidiu, por unanimidade, pela redução da taxa básica de juros para 14,00% a.a., sem viés".

Dólar

JULHO/15 - O dólar chega ao fim de julho de 2015 cotado a R$ 3,34, tendo começado o ano em R$2,66 para fechar em R$ 3,95, numa alta de 48,5%. Em 2014 a moeda americana já havia valorizado 12,78% em relação ao real.

OUTUBRO/16 - Durante esses 14 meses, o dólar chega a "passear" em janeiro acima dos R$ 4,00, mas chega em outubro de 2016 cotado a R$ 3,18.

Banco Central

JULHO/15 - Com passagem pelo Fundo Monetário Internacional, o economista Alexandre Tombini foi escolhido pela reeleita Dilma Rousseff para substituir Henrique Meirelles no comando do Banco Central do Brasil, onde ingressou por concurso em 1998 e desempenhou diversas funções, como diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro, a partir de janeiro de 2015.

OUTUBRO/16 - Nascido em Israel (veio com a família para o Brasil aos 13 anos), Ilan Goldfajn foi indicado pelo então ministro da Fazenda Henrique Meirelles e assume em junho de 2019, no lugar de Alexandre Tombini, o Banco Central em meio à crise econômica iniciada em 2014 e com a missão de controlar a inflação. 

Governo Federal

JULHO/15 - Dilma Rousseff estava na metade do segundo mandato seguido, após dois de Lula, e sofria com a avaliação do seu governo, como apontava a pesquisa Ibope de junho de 2015, que registrava 9% de avaliação Bom/Ótimo e 68% de Ruim/Péssimo. Um ano antes, eram 31% em Bom/Ótimo e 33% de Ruim/Péssimo.

OUTUBRO/16 - Iniciado em dezembro de 2015, um processo impeachment cassa o mandato de Dilma Rousseff em agosto de 2016, quando o vice Michel Temer assume a Presidência da República e segue no cargo até 31 de dezembro de 2018.

Conclusão

Voltando no tempo, vemos que realmente algumas características presentes naquela época "rimam" com a situação vista em 2025, com destaque para a inflação sendo fortemente impacta pelos setores de alimentos e serviços. Além dos números, esses tipos de inflação são as que mais incomodam a população. 

A consequência desse incômodo aparece na avaliação do Governo, que é o outro ponto de "rima", já que vemos na pesquisa Ipsos-Ipec, divulgada em 13 de março, a avaliação de Lula em 27% Bom/Ótimo e 41% em Ruim/Péssimo. Em março de 2023, os número eram invertidos, com 41% de aprovação e 24% de reprovação.

Falando em impeachment, não acredito que haja "clima" nem tempo hábil (falta praticamente 1,5 ano de mandato) para tal processo. O que se constrói para o futuro é um cenário cada vez mais improvável de reeleição.

Mas, a partir de agora, é acompanhar e torcer para que o cenário mude e a equipe de Galípolo tenha condições de não cumprir o novo aumento anunciado para maio. Caso contrário, teremos que viajar para 2006...

Por Arthur Lessa 17/03/2025 - 10:57 Atualizado em 17/03/2025 - 11:12

Intitulado "Todo o lucro da XP depende do que insiders chamam de 'esquema Ponzi tipo Madoff'", o relatório publicado pela Grizzly Research na última quarta-feira (12) deixou o mercado financeiro brasileiro se perguntando: A XP é uma Pirâmide Financeira?

Por conta da polêmica criada, no 60 Minutos desta segunda-feira (17) estarei ao vivo pelo YouTube explicando as acusações feitas pela casa de análise e a resposta da corretora sobre o tema.

Assista e participe!

 

Por Arthur Lessa 06/03/2025 - 17:34 Atualizado em 06/03/2025 - 17:35

Muitos brasileiros tem pra si que "o ano só começa de verdade depois do Carnaval".

Se é assim, por que não planejar esse Ano Novo?

E hoje eu não quero falar do orçamento cotidiano, das contas que se repetem a cada mês, como financiamentos, aluguel, energia, água, escola das crianças e por aí vai...

A proposta que eu faço a você é definir um calendário daqueles gastos que consideramos imprevistos, mas que não deveriam ser.

Se você tem um imóvel, pagará o IPTU no começo do ano.

Se você tem um automóvel, pagará o IPVA no mês definido pela placa.

Em maio tem Dia das Mães, em agosto tem Dia dos Pais.

Se você tem filhos pequenos, vai gastar no Dia das Crianças em outubro. Então coloque na conta.

Além disso tem a Páscoa, Natal, aniversários de pessoas queridas,...

Então a minha dica é a seguinte:

Pegue uma folha em branco, ou crie uma planilha no Excel, se preferir, e divida em 12 espaços representando os 12 meses do ano, começando em março de 25 e terminando em fevereiro de 26.

Depois anote esses gastos no mês adequado junto com o valor que você pretende gastar em cada um deles. É importante ser realista nesse ponto.

Agora, por fim, some os valores de cada mês.

Pronto... Agora mantenha essa programação num local visível e não sofra mais com esses gastos nada imprevistos.

Por Arthur Lessa 14/02/2025 - 07:52 Atualizado em 14/02/2025 - 07:53

O Ibovespa fechou a quinta-feira em alta de 0,38%, aos 124.850 pontos, impulsionado principalmente pelas altas das empresas de maior peso no índice, como Vale, Petrobrás e bancos. AS maiores altas foram Braskem (5,38%), Usiminas (+3,35%) e CSN Mineração (+3,19%). Já na outra ponta, queda da BRF (-3,76%), Automob (-3,70%) e Marfrig (-3,21%).

Em mais um dia de movimento tímido, o dólar fechou em leve alta de 0,10%, cotado a R$ 5,77.

Nos EUA, bolsas para cima com anúncio do presidente Donald Trump de aplicação das chamadas tarifas de reciprocidade a países exportadores de produtos para os EUA. 

As novas taxas serão calculadas caso a caso e com base em taxas, impostos, subsídios e outras práticas comerciais que Trump considera injustas. Na Casa Branca, Trump afirma que seu governo “quer condições de concorrência equitativas”. 

A prioridade será para os países com os quais os Estados Unidos têm os maiores déficits comerciais, ou seja, dos quais mais compram do que vendem.

O IBGE divulgou ontem os dados do varejo brasileiro. 

As vendas do comércio varejista subiram 4,7% em 2024 em relação ao ano anterior. Essa foi a 8ª alta anual consecutiva e a maior taxa de crescimento desde 2012, quando subiu 8,4%. 

O varejo ampliado –que inclui veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo– teve alta de 4,1% em 2024 em relação a 2023.

Vale ressaltar que, na prática, esses números mostram que, com boa vontade, podemos dizer que o varejo ficou de lado em 2024. Afinal, se subiu 4,7% em um momento de inflação de 4,83%, o que aconteceu foi apenas a atualização dos preços. Ou seja, quem vendia 10 calças por dia seguiu vendendo 10 calças por dia. 

Por Arthur Lessa 13/02/2025 - 07:53 Atualizado em 13/02/2025 - 08:11

Oscilando cada vez menos, o dólar fechou a quarta-feira em leve queda de 0,08%, a R$ 5,76.

O ibovespa, depois de dois seguidos registrando alta de 0,76%, fechou em queda de 1,69%, aos 124.380 pontos. Impactou na queda os dados de inflação dos EUA, medida pelo CPI (Índice de Preços ao Consumidor), que é o IPCA deles e subiu 0,5%.

Esse número foi acima do que esperava o mercado e reforça a previsão de que o Federal Reserve (Fed) pode adiar cortes na taxa de juros da economia norte-americana.

Outro dado que afetou o mercado ontem no Brasil foi a queda de 0,5% do setor de serviços em dezembro de 2024, na comparação com novembro. O resultado, divulgado pelo IBGE, ficou abaixo do esperado pelo mercado, que esperava uma alta de 0,1%.

Entre as maiores altas do dia, ficaram Carrefour Brasil (+2,68%), Vamos (+2,42%) e TIM (+2,19%). Do outro lado, Hapvida (-7,17%), CSN Mineração (-5,83%) e CVC (-5,67%) tiveram os piores desempenhos da sessão.

Entre as 87 ações que compõe o Ibovespa, apenas 9 fecharam o dia em alta. Carrefour, Vamos, Tim, Hypera Farma, Azul, Pão de Açúcar, Vivo, BB Seguridade e Natura.

Nos Estados Unidos, queda do S&P 500, com -0,27%, e Dow Jones, com -0,50%, enquanto a Nasdaq ficou no 0x0. 

Junto aos números decepcionantes da inflação, os investidores também reagiram ao discurso de Jerome Powell, presidente do Fed.

No Congresso, Powell deixou claro que que o banco central segue na avançando na luta contra a inflação, mas “ainda não chegou lá”, o que indica que a postura monetária seguirá restritiva. Ou seja, sem redução de juros.

E da Casa Branca, no lugar de novas tarifas, chegam informações de que o presidente Donald Trump e o líder russo, Vladimir Putin, conversaram sobre um possível acordo de paz na Ucrânia, o que trouxe algum alívio para os mercados.

A bolsa russa, por exemplo, é o destaque do momento, com alta de 6,30% às 7h50 desta quinta.

Por Arthur Lessa 12/02/2025 - 07:49 Atualizado em 12/02/2025 - 08:11

Maior alta do pregão de terça, 11, com 10,08%, o Atacadão, também conhecido como Carrefour Brasil, pode estar se despedindo da bolsa brasileira. O Grupo Carrefour, controlado pelo Carrefour S.A. (França) e o Carrefour Nederland B.V. (Holanda), oficializou ontem a proposta de comprar 100% das ações do Atacadão (CRFB3), que é o Carrefour Brasil. 

Caso seja concretizado o negócio, o Carrefour Brasil se tornaria uma subsidiária integral do Grupo Carrefour e teria capital privado, ou seja, seria deslistada da bolsa.

De acordo com a proposta, os acionistas da CRFB3 terão três alternativas de remuneração pelas ações:

  • Receber R$ 7,70 por ação, em dinheiro;
  • Receber metade (R$ 3,85), em dinheiro, e converter a outra metade para 0,04545 da ação em Paris ou um BDR equivalente;
  • Converter tudo e receber 0,0909 da ação do Carrefour em Paris ou um BDR equivalente.

O valor ofertado representa um prêmio de 32,4% em relação à média do preço das ações nos 30 dias anteriores a 10 de fevereiro de 2025 e de 8,5% em relação ao fechamento de ontem.

Além do impacto direto para os acionistas da empresa envolvida em processos de OPA, Oferta Pública de Aquisição, que é o contrário do IPO, o movimento de fechamento de capital aponta que os acionistas principais, ou grandes investidores, entendem que as ações da empresa estão sendo negociadas a um preço muito baixo, ou seja, com desconto muito alto.

E, por consequencia, esse tipo de acontecimento dá a entender que a Bolsa está barata. E, sinceramente, olhando para as empresas certa, está mesmo!

Por Arthur Lessa 12/02/2025 - 07:49 Atualizado em 12/02/2025 - 07:55

Ontem Ibovespa fechou mais uma vez em alta de 0,76%, a 126.521 pontos, colocando o índice de volta ao campo positivo no acumulado de fevereiro e com alta de 4,95% no acumulado do ano.

Um dos principais fatores desse movimento positivo foi a divulgação do IPCA, o índice oficial de inflação do Brasil, que veio em 0,16% por conta dos descontos aplicados pelo bônus de Itaipu nas contas de energia elétrica. Com esse registro, o acumulado de 12 meses caiu de 4,83% para 4,56%, ainda acima do teto da meta, que é 4,5%.

Na ponta de cima, ficaram Carrefour Brasil (+10,08%), Hapvida (+7,26%) e TIM (+6,95%). Lá embaixo, Automob (-3,45%), Azul (-3,01%) e CSN (-2,21%), diretamente impactada pela taxação de Trump de 25% sobre aço e alumínio, tiveram os piores desempenhos do pregão. 

O campeão do dia, inclusive, pode estar se despedindo da bolsa brasileira. O Grupo Carrefour, controlado pelo Carrefour S.A. (França) e o Carrefour Nederland B.V. (Holanda), oficializou ontem a proposta de comprar 100% das ações do Atacadão (CRFB3), que é o Carrefour Brasil

Olhando pra fora

Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam mistas, com investidores avaliando o impacto das tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio nos Estados Unidos.

Além disso, o mercado segue atento às declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que indicou não ter pressa para ajustar as taxas de juros.

O dólar fechou em queda de 0,31%, a R$ 5,77.

Por Arthur Lessa 11/02/2025 - 08:40 Atualizado em 11/02/2025 - 08:48

A Itaúsa (ITSA4), uma das queridinhas da bolsa brasileira, fez seus mais de 937 mil investidores pessoa física (quase 1 para cada 5 investidores da B3) dormirem mais felizes nesta segunda-feira.

A holding das famílias Itaú, que investe em empresas como Dexco (DXCO3), CCR (CCRO3) e Alpargatas (ALPA3), anunciou ontem pagamento de R$ 0,71685 por ação, entre JCPs e Dividendos, referentes aos resultados de 2024, divididos em três pagamentos, nos dias 07/03, 01/04 e 22/04. Isso representa um yield de 7,5% sobre o valor de fechamento do último pregão, de R$ 9,57.

No mesmo comunicado, a empresa anunciou também o lançamento de pouco mais de 149 milhões de ações com preferência de compra aos acionistas, ao preço de R$ 6,70 por ação, calculado com base na média das cotações das ações preferenciais negociadas entre 09/10/2024 e 06/02/2025, além de um deságio de 30%.

O direito de compra dessas ações com desconto será calculado na proporção de 1,3766678% com base na posição de 17/02/25. Ou, em plavras simples, a cada 72,64 ações que o investidor tiver em carteira no dia 17, ele recebe o direito a comprar uma ação da Itaúsa com desconto. 

O objetivo desse follow on é aumentar o capital da empresa em R$ 1 bilhão, de R$ 80,189 bilhões para R$ 81,189 bilhões. O valor arrecadado será destinado a reforço de caixa e ampliação do nível de liquidez da Companhia.

Esse foi um comunicado... No outro, a Itaúsa anunciou, como de praxe, as datas com e de pagamento dos proventos trimestrais de 2025, pagos na forma de Juros Sob Capital Próprio. Serão pagos R$ 0,02 liquidos por ação nos dias 01/04, 01/07, 01/10 e 02/01/26. A soma desses valores, pela cotação de fechamento de ontem, representa um yield de 0,84%.

Então, somando os dois anúncios apenas, já temos um retorno de capital sobre o investimento de mais de 8%. Isso é bastante coisa!   

Por Arthur Lessa 11/02/2025 - 08:13 Atualizado em 11/02/2025 - 08:39

O Ibovespa fechou o pregão de ontem em alta de 0,76%, fechando aos 125.571,81 pontos. 

Entre destaques positivos do dia estão Automob (+16,00%), Cogna (+5,92%) e Vamos (+5,42%). Do outro lado, Azul (-3,17%), Embraer (-2,13%) e Raia Drogasil (-1,74%) encabeçam a ponta de baixo.

Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam em alta, impulsionadas pelo setor de siderurgia após as notícias sobre a nova tarifa.

E o dólar, seguindo a gangorra de fevereiro, fechou mais uma vez em queda, agora de 0,13%, a R$ 5,78. No acumulado do mês, a moeda registra desvalorização de 0,87% e, em 2025, de 6,38%.

A terça-feira começa com o mercado de olho no IPCA, a inflação oficial do Brasil, que será divulgada às 9h pelo IBGE. Lá fora o mercado fica de olho nas falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) no Senado dos Estados Unidos.

Por Arthur Lessa 10/02/2025 - 08:02 Atualizado em 10/02/2025 - 08:03

Na última sessão da semana passada, o dólar fechou em alta de 0,51%, a R$ 5,79, mantendo o ritmo de estabilidade que vem se apresentando em fevereiro, quando registrou três quedas e duas altas em cinco dias úteis, se mantendo entre R$ 5,76 e R$5,80.

Enquanto isso, o Ibovespa registrou queda de -1,27%, fechando a 124.619 pontos, com destaques para as altas de Totvs (TOTS3 / +2,69%), Hapvida (HAPV3 / +2,64%) e Fleury (FLRY3 / 1,83%). Nas baixas, destaque para Automob (AMOB3 / -7,41%), Coasn (CSAN3 / -6,14%) e Localiza (RENT3 / -6,11%). 

Agora falando sobre esta segunda-feira, destaque para o resultado do BTG Pactual, tarifas de Trump e divulgação do Boletim Focus, que sai por volta das 8h30.

E o BTG Pactual (BPAC11) já divulgou seus resultados de outubro a dezembro de 2024, quando apresentou mais um trimestre de crescimento, com lucro líquido ajustado de R$ 3,3 bilhões, alta de 15% em relação ao último trimestre de 2023. No acumulado de 2024, o BTG lucrou R$ 12,3 bilhões, 18% acima do registrado em 2023.

No relatório, o BTG destaca que reportou resultados recordes tanto para o trimestre quanto para o ano, mesmo com a deterioração do cenário macroeconômico ao longo do ano.

Outro destaque importante é o ROE, que mede o retorno sobre o patrimonio líquido e ficou em 23,1% no ano, crescimento ante os 22,7% do ano passado. Isso aponta uma rentabilidade do BTG acima de Itaú (22%), Santander (17%) e Bradesco (12,7%).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse no domingo que anunciará nesta segunda-feira tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para os EUA. Falando aos repórteres no Força Aérea Um, Trump também disse que anunciará tarifas recíprocas na terça ou quarta-feira que entrarão em vigor quase imediatamente.
 

Por Arthur Lessa 07/02/2025 - 08:28 Atualizado em 07/02/2025 - 08:29

Os investidores também estão de olho nas oscilações do dólar e do Ibovespa. Na quinta-feira (6), o dólar à vista fechou em queda de 0,52%, cotado a R$ 5,7638, possivelmente retomando a tendência de baixa depois da alta de quarta-feira.

No mesmo dia, o Ibovespa avançou 0,56%, atingindo 126.283,98 pontos, com os destaques positivos seguindo a linha dos humilhados serão exaltados. Raízen subiu 10% após informações sobre possível aumento de capital, seguida por Magalu (7,41%), Cogna (7,14%). Na outra ponta Automob (-6,90%), Embraer (-2,82%) e Vamos (-2,29%).

Seguindo a temporada de resultados dos bancos, depois do Santander e do Itaú, hoje foi a vez do Bradesco divulgar o resultado do quarto trimestre, que veio com um lucro 88% acima do ano passado, mas com um resultado por ação menor do que o previsto. 

No quarto trimestre o lucro por ação foi de R$ 0,50, que, somado aos três trimestres anteriores, leva a um múltiplo de R$ 1,75 em 12 meses, valor abaixo das projeções do mercado, que esperavam para o período algo entre R$ 1,82 e R$ 1,89, com mediana de R$ 1,83.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou ontem, durante sua primeira agenda pública aberta desde que assumiu o cargo, que não responderia a perguntas sobre política monetária para evitar qualquer impacto no mercado. A declaração foi feita durante a BIS Chapultepec Conference, na Cidade do México.

Enquanto isso, os investidores de olho nas falas do ministro Fernando Haddad, da Fazenda, em entrevista na manhã desta sexta na rádio Cidade de Caruaru.

Nos Estados Unidos, a manhã começa com a divulgação do Payroll, com números sobre a criação de vagas de emprego e a taxa de desemprego de janeiro, ambos às 10h30, seguidos pela confiança do consumidor de fevereiro, às 12h. 

Por Arthur Lessa 06/02/2025 - 08:40 Atualizado em 06/02/2025 - 08:45

Bom dia, Adelor

Depois de 12 quedas seguidas, o dólar fechou a quarta-feira em alta, mas ainda abaixo dos R$ 5,80, a R$ 5,79. Aqui no Brasil o movimento foi comandado por investidores realizando os lucros mais recentes, enquanto no exterior o dia foi de nova queda da moeda norte-americana.

A alta de 0,37% de ontem encerrou a maior sequencia negativa do dólar frente ao real nos últimos 20 anos. No ano, o dólar registra queda acumulada de 6,34%.

Entre os motivos para o movimento estão os resultados da produção industrial brasileira divulgados ontem, que apontaram em dezembro uma queda menos intensa do que previa o mercado, de 0,3% contra a expectativa de 1,2%, além do crescimento de 3,1% no acumulado de 2024, também acima da expectativa do mercado.

Falando da nossa Bolsa, o Ibovespa fechou a quarta-feira em alta de 0,31%, aos 125.534 pontos, impulsionada pelos grandes bancos, com destaque especial para o Santander, que viu suas ações subiu 6,2% depois de divulgar o balanço trimestral pouco antes da abertura dos trabalhos. Outros bancos do índice, o Itaú subiu 1,52% e Bradesco subiu 1,46% e 2,33%, ações ON e PN respectivamente.

As maiores altas do dia foram da Embraer (+15,51%), Santander (6,20%) e Auren Energia (+2,96%), enquanto as quedas foram lideradas por Azul (-8,87%), Raízen (-7,65%) e Vamos (-5,82%).

Nessa semana cheia de apresentação, com os investidores aguardando a divulgação amanhã dos dados de folha de pagamento dos EUA, o chamado payroll, a quinta-feira é um dia de respiro, com a divulgação dos pedidos de seguro-desemprego nos EUA na manhã de hoje.

E, depois de bons dias de poucas falas vindo de Brasília, o ministro da Fazenda Fernando Haddad voltou a falar ontem sobre novos impostos. A bola da vez é um imposto mínimo para quem tem renda entre R$ 50 mil e R$ 100 mil. Segundo Haddad, o objetivo é "equilibrar o jogo" entre ricos e pobres. 

O problema dessa estratégia é que, sempre que fala de equilibrar esse jogo, o Governo anuncia aumento de imposto na renda mais alta, enquanto o grande problema maior está na carga tributária soterrando a outra ponta, da renda mais baixa. 

Inclusive é sempre bom reforçar que imposto não é só de renda. O de consumo, que é cobrado das empresas e é o maior montante da carga brasileira, é parte do preço de tudo o que consumimos e, por consequência, pago pelo consumidor final, seja ele o pobre que recebe salário mínimo, o rico que recebe acima de R$ 50 mil ou quem está no meio desse espectro, a chamada classe média, que não tem as isenções de um lado nem as sobras do outro e é a principal vítima tributária do Brasil.

Por outro lado, nesse mesmo tema, começamos a ver a Fazenda falando em revisão da tabela do imposto de renda, que não sofre reajuste nem da inflação desde 2015.

Pense comigo... Quanto representava um salário de R$ 4.600,00 em 2015 e quanto representa o mesmo valor em 2025?

É ou não é um imposto escondido, uma arapuca que vai capturando cada vez mais trabalhadores a cada reajuste salarial anual?

Por Arthur Lessa 05/02/2025 - 07:53 Atualizado em 05/02/2025 - 08:41

O dólar registrou sua 12ª sessão consecutiva de recuo ante o real e fechou em queda de 0,76%, cotado a R$ 5,77, passando pela mínima de R$ 5,75 no intraday.

A moeda americana já acumula queda em relação ao real de 6,61% no ano.

As perdas sucessivas no Brasil acompanharam o desempenho global do dólar. O índice DXY, que mede a força da moeda americana contra uma cesta de divisas de países desenvolvidos, caiu 0,40% nesta terça-feira.

As quedas se aprofundaram após o “relaxamento” da política tarifária de Trump. Depois de ameaçar México e Canadá com taxas, os países entraram em acordo para postergar as novas tarifas em um mês.

Assim como o dólar, o Ibovespa também fechou em queda ontem. O principal índice da B3 recuou 0,65%, aos 125.147 pontos. Na véspera, o índice teve perda de 0,13%.

Nos exterior, os índices futuros dos EUA operam em baixa na manhã de hoje, depois de a Alphabet, controladora do Google, ter divulgado uma receita abaixo do esperado. As ações da dona do Google caíram 7,6% após o expediente, eliminando US$ 192 bilhões de seu valor de mercado.

Para hoje, o Banco Central anunciou para hoje mais um leilão de até 15 mil contratos de swap cambial, o equivalente a US$ 750 milhões, nesta quarta-feira, 5, de 11h30 a 11h40. 

A oferta será dividida em dois vencimentos, de 2 de junho e 1º de dezembro. O objetivo é continuar a rolagem dos contratos vincendos em 5 de março.

No radar da bolsa, os números do Santander podem impactar o pregão. O banco divulgou hoje um lucro gerencial de R$ 3,854 bilhões no quarto trimestre, uma alta de 5,2% ante os três meses anteriores e de 74,9% na comparação anual.  

Além disso, os dados da produção industrial de dezembro trazem pistas do quão aquecida está a economia local. 

Lá fora, o mercado monitora dados de emprego nos Estados Unidos e a temporada de resultados continua nesta quarta-feira, com destaque para Walt Disney e Uber divulgando os resultados antes da abertura.

Por Arthur Lessa 04/02/2025 - 07:53 Atualizado em 04/02/2025 - 08:02

No radar de hoje do mercado estão as recorrentes pautas da queda do dólar e guerra de tarifas de Donald Trump, além da ata do Copom, que deve ser publicada daqui a pouco pelo Banco Central.

A moeda americana caiu ontem 0,38%, fechou a R$ 5,815 e registrou a 11ª queda seguida. Desde de 17 de janeiro, quando fechou a R$ 6,066, a queda acumulada é de 4,13%.

Há razões de mercado que justificam esse movimento, mas é importante também levar em conta a mão nada invisível do Estado, que tem lançado mão de ferramentas que puxam artificialmente a cotação para baixo.

Para hoje, por exemplo, o Banco Central anunciou um leilão de até 15 mil contratos de swap cambial, o equivalente a US$ 750 milhões. de 11h30 a 11h40. A oferta será dividida em dois vencimentos de 2 de junho e 1º de dezembro.

Na economia mundial, seguimos acompanhando a guerra de tarifas de Donald Trump. A China anunciou uma tarifa de 15% sobre importações de energia dos EUA, no valor de menos de US$ 5 bilhões, além de um imposto moderado de 10% sobre petróleo e equipamentos agrícolas americanos. O anúncio é uma resposta às tarifas norte-americanas, em vigor a partir de hoje.

O país também abriu uma investigação antitruste contra o Google, apesar de os serviços de busca da Alphabet (GOGL34) estarem indisponíveis no país desde 2010.

Sobre a ata do Copom, nada de mais a se comentar até as 8h, quando será publicada com os detalhes da última reunião, que elevou a taxa Selic para os atuais 13,25%. 


 

Por Arthur Lessa 03/02/2025 - 07:59 Atualizado em 03/02/2025 - 08:16

Essa segunda-feira, 3 de fevereiro, primeiro dia útil do mês, começa com o mercados mundiais em baixa.

Nos EUA, onde as bolsas abrem os trabalhos praticamente ao mesmo que tempo que a nossa, queda nos índices futuros da Dow Jones (-1,32%), S&P 500 (-1,59%) e Nasdaq (-1,87%). 

Na Europa, o índice Stoxx 600, que reune 600 empresas de 17 países da União Européia, desce -1,44%. Na China, a bolsa de Shangai praticamente de lado, caindo 0,06%, enquanto no Japão, o Nikkei 225 tem a maior queda do período, de -2,66%.

Nas commodities, Petróleo WTI registra alta de 1,76%, a US$ 73,81, e o ouro tem queda de 0,25%, a US$ 2.828,00.

Principal assunto do mercado no mundo segue sendo o Potus Donald Trump, que segue lançando mão de tarifas de importação. 

As bolas da vez são os vizinhos México e Canadá, que se manifestou por comunicado assinado pelo Ministro das Finanças e Assuntos Intergovernamentais, Dominic LeBlanc. “O Canadá não ficará parado enquanto os EUA impõem tarifas injustificadas e irracionais sobre produtos canadenses”, reforçou Le Blanc.

A manifestação é resposta à ordem assinada por Trump no último sábado, definindo taxas de 25% sobre produtos e 10% sobre a energia canadenses. A medida, que entra em vigor nesta terça-feira, 4, é parte de um conjunto de medidas que tem impacto previsto de US$ 155 bilhões.

Enquanto tudo isso acontece, o dólar segue estabilizado aos R$ 5,84.

Por Arthur Lessa 31/01/2025 - 08:22 Atualizado em 31/01/2025 - 08:26

O dia na bolsa brasileira deve começar ainda no clima positivo do pregão de ontem, quando o Ibovespa, ignorando o cenário de economia ainda mais contracionista confirmado com o Copom aplicando mais uma alta de 1% da taxa Selic, registrou com alta de 2,82%, a maior valorização diária desde 5 de maior de 2023.

A principal "puxadora" dessa alta no índice é a Vale, que fechou o dia com alta de 4,22% após surgir a informação de que o Governo colocou na agenda uma discussão para tratar dos obstáculos da mineração. Entre as empresas do índice, destaque também para o Bradesco, com alta de quase 5,5%, além de Weg e Eletrobrás, ambas registando altas acima de 3% no dia.

Com esse movimento, entramos no último pregão de janeiro com o principal índice de ações do Brasil acumulando valorização de 5,51% no mês.

No radar para esta sexta-feira, destaque para os dados de emprego da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), que será divulgada pelo IBGE às 9h. Segundo estimativas de instituições financeiras e consultorias coletadas pelo Valor Data, a taxa de desocupação deve recuar para 6%.

Esse aquecimento no mercado de trabalho, que é claramente positiva para a sociedade, traz um efeito colateral de alta na inflação que não deve ser ignorado. Com as empresas demandando mais mão de obra, há um aumento dos salários, que implica em maior custo para a empresa e, como todos os custos, é repassado aos preço dos produtos.

Pra encerrar, uma olhada rápida para os Fundos Imobiliários, muito usados em estratégias de renda passiva mensal. O IFIX, principal índice do setor, registrou ontem uma pequena alta de 0,74% no fechamento de ontem, mas acumula queda de 4,02% no mês de janeiro. 

Por Arthur Lessa 30/01/2025 - 09:18 Atualizado em 30/01/2025 - 09:23

"A maior parte dos problemas do homem decorre de sua incapacidade de ficar calado."
(Blaise Pascal, matemático e físico)

Para a surpresa de zero pessoas, e confirmando a minha "aposta" de ontem, o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu elevar em 1,00% a taxa Selic, que será de 13,25% a.a., mesmo patamar de agosto e setembro de 2023. 

Os motivos dessa decisão são, em maior ou menor intensidade, os mesmos que deram início a este ciclo de altas em setembro de 2024, logo após quatro meses (três reuniões) da taxa estacionada em 10,50%.

Inflação no mundo

Os bancos centrais das principais economias seguem no esforço de controlar e puxar de volta à meta as taxas de inflação dos países que atendem. O que tem dificultado a tarefa são as persistentes pressões nos mercados de trabalho. Guerras e embargos, como no caso Rússia x Ucrânia, e atritos comerciais também não ajudam em nada na tarefa.

Inflação no Brasil

Além de ter aberto o alçapão do teto da meta (4,5% a.a.) e sair voando, com o IPCA acumulando 4,83% nos 12 meses de 2024, a inflação brasileira não dá sinais de retorno, ou mesmo enfraquecimento. A expectativa do cenário base do Banco Central do Brasil para o índice é de 5,2% ao final de 2025. Já o Mercado, segundo o Boletim Focus, espera 5,5% no mesmo período.

Uma das causas apontadas pelo BC para essa expectativa é o risco de hiato do produto positivo, que significa, em poucas palavras, a produção de bens e serviços (PIB observado) ser maior que a produção de bens e serviços considerada sustentável (PIB potencial), estimulando/aquecendo a economia.

Dólar caro

A desvalorização do real frente ao dólar também impacta diretamente na inflação, já que aumenta os custos de insumos, serviços e mão-de-obra das empresas, que são obrigadas a repassar esse aumento até o consumidor final.

Desconfiança fiscal

A economia, como ciência humana que é, tem como base as impressões e expectativas das pessoas. E, se tem algo que deixa as pessoas inseguras é não saber o que está acontecendo ou que vai acontecer. E nesse ponto, o Governo Federal e o Ministério da Fazenda não tem feito o dever de casa quando se trata de anunciar decisões. Uma aula de como não fazer!

A última pataquada foi polêmica do Pix, que deixou os brasileiros sem saber como pagar as contas no início do ano, se seriam perseguidos pela Receita Federal, se pagariam imposto sobre as transferências... Até quem queria criticar precisou fez questão de explicar melhor que o próprio Governo que não era isso.

Fica em 13,25% até quando?

Não há, na situação atual, motivos acreditar que o ciclo de altas do Copom tenha sido concluído. O Mercado (que não é uma gangue antigoverno, como pintado irresponsavelmente por Gleisi Hoffmann) vê hoje a taxa Selic fechando 2025 a 15%, baixando para 12,5% em 2026,  10,38% em 2027 e 10% em 2028.

Tendo isso posto, podemos cravar hoje, com pouquíssimo medo de errar, que em março a Selic sobe 1,00%, a 14,25% ao ano.

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