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DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Arthur Lessa 14/02/2025 - 07:52 Atualizado em 14/02/2025 - 07:53

O Ibovespa fechou a quinta-feira em alta de 0,38%, aos 124.850 pontos, impulsionado principalmente pelas altas das empresas de maior peso no índice, como Vale, Petrobrás e bancos. AS maiores altas foram Braskem (5,38%), Usiminas (+3,35%) e CSN Mineração (+3,19%). Já na outra ponta, queda da BRF (-3,76%), Automob (-3,70%) e Marfrig (-3,21%).

Em mais um dia de movimento tímido, o dólar fechou em leve alta de 0,10%, cotado a R$ 5,77.

Nos EUA, bolsas para cima com anúncio do presidente Donald Trump de aplicação das chamadas tarifas de reciprocidade a países exportadores de produtos para os EUA. 

As novas taxas serão calculadas caso a caso e com base em taxas, impostos, subsídios e outras práticas comerciais que Trump considera injustas. Na Casa Branca, Trump afirma que seu governo “quer condições de concorrência equitativas”. 

A prioridade será para os países com os quais os Estados Unidos têm os maiores déficits comerciais, ou seja, dos quais mais compram do que vendem.

O IBGE divulgou ontem os dados do varejo brasileiro. 

As vendas do comércio varejista subiram 4,7% em 2024 em relação ao ano anterior. Essa foi a 8ª alta anual consecutiva e a maior taxa de crescimento desde 2012, quando subiu 8,4%. 

O varejo ampliado –que inclui veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo– teve alta de 4,1% em 2024 em relação a 2023.

Vale ressaltar que, na prática, esses números mostram que, com boa vontade, podemos dizer que o varejo ficou de lado em 2024. Afinal, se subiu 4,7% em um momento de inflação de 4,83%, o que aconteceu foi apenas a atualização dos preços. Ou seja, quem vendia 10 calças por dia seguiu vendendo 10 calças por dia. 

Por Arthur Lessa 13/02/2025 - 07:53 Atualizado em 13/02/2025 - 08:11

Oscilando cada vez menos, o dólar fechou a quarta-feira em leve queda de 0,08%, a R$ 5,76.

O ibovespa, depois de dois seguidos registrando alta de 0,76%, fechou em queda de 1,69%, aos 124.380 pontos. Impactou na queda os dados de inflação dos EUA, medida pelo CPI (Índice de Preços ao Consumidor), que é o IPCA deles e subiu 0,5%.

Esse número foi acima do que esperava o mercado e reforça a previsão de que o Federal Reserve (Fed) pode adiar cortes na taxa de juros da economia norte-americana.

Outro dado que afetou o mercado ontem no Brasil foi a queda de 0,5% do setor de serviços em dezembro de 2024, na comparação com novembro. O resultado, divulgado pelo IBGE, ficou abaixo do esperado pelo mercado, que esperava uma alta de 0,1%.

Entre as maiores altas do dia, ficaram Carrefour Brasil (+2,68%), Vamos (+2,42%) e TIM (+2,19%). Do outro lado, Hapvida (-7,17%), CSN Mineração (-5,83%) e CVC (-5,67%) tiveram os piores desempenhos da sessão.

Entre as 87 ações que compõe o Ibovespa, apenas 9 fecharam o dia em alta. Carrefour, Vamos, Tim, Hypera Farma, Azul, Pão de Açúcar, Vivo, BB Seguridade e Natura.

Nos Estados Unidos, queda do S&P 500, com -0,27%, e Dow Jones, com -0,50%, enquanto a Nasdaq ficou no 0x0. 

Junto aos números decepcionantes da inflação, os investidores também reagiram ao discurso de Jerome Powell, presidente do Fed.

No Congresso, Powell deixou claro que que o banco central segue na avançando na luta contra a inflação, mas “ainda não chegou lá”, o que indica que a postura monetária seguirá restritiva. Ou seja, sem redução de juros.

E da Casa Branca, no lugar de novas tarifas, chegam informações de que o presidente Donald Trump e o líder russo, Vladimir Putin, conversaram sobre um possível acordo de paz na Ucrânia, o que trouxe algum alívio para os mercados.

A bolsa russa, por exemplo, é o destaque do momento, com alta de 6,30% às 7h50 desta quinta.

Por Arthur Lessa 12/02/2025 - 07:49 Atualizado em 12/02/2025 - 08:11

Maior alta do pregão de terça, 11, com 10,08%, o Atacadão, também conhecido como Carrefour Brasil, pode estar se despedindo da bolsa brasileira. O Grupo Carrefour, controlado pelo Carrefour S.A. (França) e o Carrefour Nederland B.V. (Holanda), oficializou ontem a proposta de comprar 100% das ações do Atacadão (CRFB3), que é o Carrefour Brasil. 

Caso seja concretizado o negócio, o Carrefour Brasil se tornaria uma subsidiária integral do Grupo Carrefour e teria capital privado, ou seja, seria deslistada da bolsa.

De acordo com a proposta, os acionistas da CRFB3 terão três alternativas de remuneração pelas ações:

  • Receber R$ 7,70 por ação, em dinheiro;
  • Receber metade (R$ 3,85), em dinheiro, e converter a outra metade para 0,04545 da ação em Paris ou um BDR equivalente;
  • Converter tudo e receber 0,0909 da ação do Carrefour em Paris ou um BDR equivalente.

O valor ofertado representa um prêmio de 32,4% em relação à média do preço das ações nos 30 dias anteriores a 10 de fevereiro de 2025 e de 8,5% em relação ao fechamento de ontem.

Além do impacto direto para os acionistas da empresa envolvida em processos de OPA, Oferta Pública de Aquisição, que é o contrário do IPO, o movimento de fechamento de capital aponta que os acionistas principais, ou grandes investidores, entendem que as ações da empresa estão sendo negociadas a um preço muito baixo, ou seja, com desconto muito alto.

E, por consequencia, esse tipo de acontecimento dá a entender que a Bolsa está barata. E, sinceramente, olhando para as empresas certa, está mesmo!

Por Arthur Lessa 12/02/2025 - 07:49 Atualizado em 12/02/2025 - 07:55

Ontem Ibovespa fechou mais uma vez em alta de 0,76%, a 126.521 pontos, colocando o índice de volta ao campo positivo no acumulado de fevereiro e com alta de 4,95% no acumulado do ano.

Um dos principais fatores desse movimento positivo foi a divulgação do IPCA, o índice oficial de inflação do Brasil, que veio em 0,16% por conta dos descontos aplicados pelo bônus de Itaipu nas contas de energia elétrica. Com esse registro, o acumulado de 12 meses caiu de 4,83% para 4,56%, ainda acima do teto da meta, que é 4,5%.

Na ponta de cima, ficaram Carrefour Brasil (+10,08%), Hapvida (+7,26%) e TIM (+6,95%). Lá embaixo, Automob (-3,45%), Azul (-3,01%) e CSN (-2,21%), diretamente impactada pela taxação de Trump de 25% sobre aço e alumínio, tiveram os piores desempenhos do pregão. 

O campeão do dia, inclusive, pode estar se despedindo da bolsa brasileira. O Grupo Carrefour, controlado pelo Carrefour S.A. (França) e o Carrefour Nederland B.V. (Holanda), oficializou ontem a proposta de comprar 100% das ações do Atacadão (CRFB3), que é o Carrefour Brasil

Olhando pra fora

Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam mistas, com investidores avaliando o impacto das tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio nos Estados Unidos.

Além disso, o mercado segue atento às declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que indicou não ter pressa para ajustar as taxas de juros.

O dólar fechou em queda de 0,31%, a R$ 5,77.

Por Arthur Lessa 11/02/2025 - 08:40 Atualizado em 11/02/2025 - 08:48

A Itaúsa (ITSA4), uma das queridinhas da bolsa brasileira, fez seus mais de 937 mil investidores pessoa física (quase 1 para cada 5 investidores da B3) dormirem mais felizes nesta segunda-feira.

A holding das famílias Itaú, que investe em empresas como Dexco (DXCO3), CCR (CCRO3) e Alpargatas (ALPA3), anunciou ontem pagamento de R$ 0,71685 por ação, entre JCPs e Dividendos, referentes aos resultados de 2024, divididos em três pagamentos, nos dias 07/03, 01/04 e 22/04. Isso representa um yield de 7,5% sobre o valor de fechamento do último pregão, de R$ 9,57.

No mesmo comunicado, a empresa anunciou também o lançamento de pouco mais de 149 milhões de ações com preferência de compra aos acionistas, ao preço de R$ 6,70 por ação, calculado com base na média das cotações das ações preferenciais negociadas entre 09/10/2024 e 06/02/2025, além de um deságio de 30%.

O direito de compra dessas ações com desconto será calculado na proporção de 1,3766678% com base na posição de 17/02/25. Ou, em plavras simples, a cada 72,64 ações que o investidor tiver em carteira no dia 17, ele recebe o direito a comprar uma ação da Itaúsa com desconto. 

O objetivo desse follow on é aumentar o capital da empresa em R$ 1 bilhão, de R$ 80,189 bilhões para R$ 81,189 bilhões. O valor arrecadado será destinado a reforço de caixa e ampliação do nível de liquidez da Companhia.

Esse foi um comunicado... No outro, a Itaúsa anunciou, como de praxe, as datas com e de pagamento dos proventos trimestrais de 2025, pagos na forma de Juros Sob Capital Próprio. Serão pagos R$ 0,02 liquidos por ação nos dias 01/04, 01/07, 01/10 e 02/01/26. A soma desses valores, pela cotação de fechamento de ontem, representa um yield de 0,84%.

Então, somando os dois anúncios apenas, já temos um retorno de capital sobre o investimento de mais de 8%. Isso é bastante coisa!   

Por Arthur Lessa 11/02/2025 - 08:13 Atualizado em 11/02/2025 - 08:39

O Ibovespa fechou o pregão de ontem em alta de 0,76%, fechando aos 125.571,81 pontos. 

Entre destaques positivos do dia estão Automob (+16,00%), Cogna (+5,92%) e Vamos (+5,42%). Do outro lado, Azul (-3,17%), Embraer (-2,13%) e Raia Drogasil (-1,74%) encabeçam a ponta de baixo.

Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam em alta, impulsionadas pelo setor de siderurgia após as notícias sobre a nova tarifa.

E o dólar, seguindo a gangorra de fevereiro, fechou mais uma vez em queda, agora de 0,13%, a R$ 5,78. No acumulado do mês, a moeda registra desvalorização de 0,87% e, em 2025, de 6,38%.

A terça-feira começa com o mercado de olho no IPCA, a inflação oficial do Brasil, que será divulgada às 9h pelo IBGE. Lá fora o mercado fica de olho nas falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) no Senado dos Estados Unidos.

Por Arthur Lessa 10/02/2025 - 08:02 Atualizado em 10/02/2025 - 08:03

Na última sessão da semana passada, o dólar fechou em alta de 0,51%, a R$ 5,79, mantendo o ritmo de estabilidade que vem se apresentando em fevereiro, quando registrou três quedas e duas altas em cinco dias úteis, se mantendo entre R$ 5,76 e R$5,80.

Enquanto isso, o Ibovespa registrou queda de -1,27%, fechando a 124.619 pontos, com destaques para as altas de Totvs (TOTS3 / +2,69%), Hapvida (HAPV3 / +2,64%) e Fleury (FLRY3 / 1,83%). Nas baixas, destaque para Automob (AMOB3 / -7,41%), Coasn (CSAN3 / -6,14%) e Localiza (RENT3 / -6,11%). 

Agora falando sobre esta segunda-feira, destaque para o resultado do BTG Pactual, tarifas de Trump e divulgação do Boletim Focus, que sai por volta das 8h30.

E o BTG Pactual (BPAC11) já divulgou seus resultados de outubro a dezembro de 2024, quando apresentou mais um trimestre de crescimento, com lucro líquido ajustado de R$ 3,3 bilhões, alta de 15% em relação ao último trimestre de 2023. No acumulado de 2024, o BTG lucrou R$ 12,3 bilhões, 18% acima do registrado em 2023.

No relatório, o BTG destaca que reportou resultados recordes tanto para o trimestre quanto para o ano, mesmo com a deterioração do cenário macroeconômico ao longo do ano.

Outro destaque importante é o ROE, que mede o retorno sobre o patrimonio líquido e ficou em 23,1% no ano, crescimento ante os 22,7% do ano passado. Isso aponta uma rentabilidade do BTG acima de Itaú (22%), Santander (17%) e Bradesco (12,7%).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse no domingo que anunciará nesta segunda-feira tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para os EUA. Falando aos repórteres no Força Aérea Um, Trump também disse que anunciará tarifas recíprocas na terça ou quarta-feira que entrarão em vigor quase imediatamente.
 

Por Arthur Lessa 07/02/2025 - 08:28 Atualizado em 07/02/2025 - 08:29

Os investidores também estão de olho nas oscilações do dólar e do Ibovespa. Na quinta-feira (6), o dólar à vista fechou em queda de 0,52%, cotado a R$ 5,7638, possivelmente retomando a tendência de baixa depois da alta de quarta-feira.

No mesmo dia, o Ibovespa avançou 0,56%, atingindo 126.283,98 pontos, com os destaques positivos seguindo a linha dos humilhados serão exaltados. Raízen subiu 10% após informações sobre possível aumento de capital, seguida por Magalu (7,41%), Cogna (7,14%). Na outra ponta Automob (-6,90%), Embraer (-2,82%) e Vamos (-2,29%).

Seguindo a temporada de resultados dos bancos, depois do Santander e do Itaú, hoje foi a vez do Bradesco divulgar o resultado do quarto trimestre, que veio com um lucro 88% acima do ano passado, mas com um resultado por ação menor do que o previsto. 

No quarto trimestre o lucro por ação foi de R$ 0,50, que, somado aos três trimestres anteriores, leva a um múltiplo de R$ 1,75 em 12 meses, valor abaixo das projeções do mercado, que esperavam para o período algo entre R$ 1,82 e R$ 1,89, com mediana de R$ 1,83.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou ontem, durante sua primeira agenda pública aberta desde que assumiu o cargo, que não responderia a perguntas sobre política monetária para evitar qualquer impacto no mercado. A declaração foi feita durante a BIS Chapultepec Conference, na Cidade do México.

Enquanto isso, os investidores de olho nas falas do ministro Fernando Haddad, da Fazenda, em entrevista na manhã desta sexta na rádio Cidade de Caruaru.

Nos Estados Unidos, a manhã começa com a divulgação do Payroll, com números sobre a criação de vagas de emprego e a taxa de desemprego de janeiro, ambos às 10h30, seguidos pela confiança do consumidor de fevereiro, às 12h. 

Por Arthur Lessa 06/02/2025 - 08:40 Atualizado em 06/02/2025 - 08:45

Bom dia, Adelor

Depois de 12 quedas seguidas, o dólar fechou a quarta-feira em alta, mas ainda abaixo dos R$ 5,80, a R$ 5,79. Aqui no Brasil o movimento foi comandado por investidores realizando os lucros mais recentes, enquanto no exterior o dia foi de nova queda da moeda norte-americana.

A alta de 0,37% de ontem encerrou a maior sequencia negativa do dólar frente ao real nos últimos 20 anos. No ano, o dólar registra queda acumulada de 6,34%.

Entre os motivos para o movimento estão os resultados da produção industrial brasileira divulgados ontem, que apontaram em dezembro uma queda menos intensa do que previa o mercado, de 0,3% contra a expectativa de 1,2%, além do crescimento de 3,1% no acumulado de 2024, também acima da expectativa do mercado.

Falando da nossa Bolsa, o Ibovespa fechou a quarta-feira em alta de 0,31%, aos 125.534 pontos, impulsionada pelos grandes bancos, com destaque especial para o Santander, que viu suas ações subiu 6,2% depois de divulgar o balanço trimestral pouco antes da abertura dos trabalhos. Outros bancos do índice, o Itaú subiu 1,52% e Bradesco subiu 1,46% e 2,33%, ações ON e PN respectivamente.

As maiores altas do dia foram da Embraer (+15,51%), Santander (6,20%) e Auren Energia (+2,96%), enquanto as quedas foram lideradas por Azul (-8,87%), Raízen (-7,65%) e Vamos (-5,82%).

Nessa semana cheia de apresentação, com os investidores aguardando a divulgação amanhã dos dados de folha de pagamento dos EUA, o chamado payroll, a quinta-feira é um dia de respiro, com a divulgação dos pedidos de seguro-desemprego nos EUA na manhã de hoje.

E, depois de bons dias de poucas falas vindo de Brasília, o ministro da Fazenda Fernando Haddad voltou a falar ontem sobre novos impostos. A bola da vez é um imposto mínimo para quem tem renda entre R$ 50 mil e R$ 100 mil. Segundo Haddad, o objetivo é "equilibrar o jogo" entre ricos e pobres. 

O problema dessa estratégia é que, sempre que fala de equilibrar esse jogo, o Governo anuncia aumento de imposto na renda mais alta, enquanto o grande problema maior está na carga tributária soterrando a outra ponta, da renda mais baixa. 

Inclusive é sempre bom reforçar que imposto não é só de renda. O de consumo, que é cobrado das empresas e é o maior montante da carga brasileira, é parte do preço de tudo o que consumimos e, por consequência, pago pelo consumidor final, seja ele o pobre que recebe salário mínimo, o rico que recebe acima de R$ 50 mil ou quem está no meio desse espectro, a chamada classe média, que não tem as isenções de um lado nem as sobras do outro e é a principal vítima tributária do Brasil.

Por outro lado, nesse mesmo tema, começamos a ver a Fazenda falando em revisão da tabela do imposto de renda, que não sofre reajuste nem da inflação desde 2015.

Pense comigo... Quanto representava um salário de R$ 4.600,00 em 2015 e quanto representa o mesmo valor em 2025?

É ou não é um imposto escondido, uma arapuca que vai capturando cada vez mais trabalhadores a cada reajuste salarial anual?

Por Arthur Lessa 05/02/2025 - 07:53 Atualizado em 05/02/2025 - 08:41

O dólar registrou sua 12ª sessão consecutiva de recuo ante o real e fechou em queda de 0,76%, cotado a R$ 5,77, passando pela mínima de R$ 5,75 no intraday.

A moeda americana já acumula queda em relação ao real de 6,61% no ano.

As perdas sucessivas no Brasil acompanharam o desempenho global do dólar. O índice DXY, que mede a força da moeda americana contra uma cesta de divisas de países desenvolvidos, caiu 0,40% nesta terça-feira.

As quedas se aprofundaram após o “relaxamento” da política tarifária de Trump. Depois de ameaçar México e Canadá com taxas, os países entraram em acordo para postergar as novas tarifas em um mês.

Assim como o dólar, o Ibovespa também fechou em queda ontem. O principal índice da B3 recuou 0,65%, aos 125.147 pontos. Na véspera, o índice teve perda de 0,13%.

Nos exterior, os índices futuros dos EUA operam em baixa na manhã de hoje, depois de a Alphabet, controladora do Google, ter divulgado uma receita abaixo do esperado. As ações da dona do Google caíram 7,6% após o expediente, eliminando US$ 192 bilhões de seu valor de mercado.

Para hoje, o Banco Central anunciou para hoje mais um leilão de até 15 mil contratos de swap cambial, o equivalente a US$ 750 milhões, nesta quarta-feira, 5, de 11h30 a 11h40. 

A oferta será dividida em dois vencimentos, de 2 de junho e 1º de dezembro. O objetivo é continuar a rolagem dos contratos vincendos em 5 de março.

No radar da bolsa, os números do Santander podem impactar o pregão. O banco divulgou hoje um lucro gerencial de R$ 3,854 bilhões no quarto trimestre, uma alta de 5,2% ante os três meses anteriores e de 74,9% na comparação anual.  

Além disso, os dados da produção industrial de dezembro trazem pistas do quão aquecida está a economia local. 

Lá fora, o mercado monitora dados de emprego nos Estados Unidos e a temporada de resultados continua nesta quarta-feira, com destaque para Walt Disney e Uber divulgando os resultados antes da abertura.

Por Arthur Lessa 04/02/2025 - 07:53 Atualizado em 04/02/2025 - 08:02

No radar de hoje do mercado estão as recorrentes pautas da queda do dólar e guerra de tarifas de Donald Trump, além da ata do Copom, que deve ser publicada daqui a pouco pelo Banco Central.

A moeda americana caiu ontem 0,38%, fechou a R$ 5,815 e registrou a 11ª queda seguida. Desde de 17 de janeiro, quando fechou a R$ 6,066, a queda acumulada é de 4,13%.

Há razões de mercado que justificam esse movimento, mas é importante também levar em conta a mão nada invisível do Estado, que tem lançado mão de ferramentas que puxam artificialmente a cotação para baixo.

Para hoje, por exemplo, o Banco Central anunciou um leilão de até 15 mil contratos de swap cambial, o equivalente a US$ 750 milhões. de 11h30 a 11h40. A oferta será dividida em dois vencimentos de 2 de junho e 1º de dezembro.

Na economia mundial, seguimos acompanhando a guerra de tarifas de Donald Trump. A China anunciou uma tarifa de 15% sobre importações de energia dos EUA, no valor de menos de US$ 5 bilhões, além de um imposto moderado de 10% sobre petróleo e equipamentos agrícolas americanos. O anúncio é uma resposta às tarifas norte-americanas, em vigor a partir de hoje.

O país também abriu uma investigação antitruste contra o Google, apesar de os serviços de busca da Alphabet (GOGL34) estarem indisponíveis no país desde 2010.

Sobre a ata do Copom, nada de mais a se comentar até as 8h, quando será publicada com os detalhes da última reunião, que elevou a taxa Selic para os atuais 13,25%. 


 

Por Arthur Lessa 03/02/2025 - 07:59 Atualizado em 03/02/2025 - 08:16

Essa segunda-feira, 3 de fevereiro, primeiro dia útil do mês, começa com o mercados mundiais em baixa.

Nos EUA, onde as bolsas abrem os trabalhos praticamente ao mesmo que tempo que a nossa, queda nos índices futuros da Dow Jones (-1,32%), S&P 500 (-1,59%) e Nasdaq (-1,87%). 

Na Europa, o índice Stoxx 600, que reune 600 empresas de 17 países da União Européia, desce -1,44%. Na China, a bolsa de Shangai praticamente de lado, caindo 0,06%, enquanto no Japão, o Nikkei 225 tem a maior queda do período, de -2,66%.

Nas commodities, Petróleo WTI registra alta de 1,76%, a US$ 73,81, e o ouro tem queda de 0,25%, a US$ 2.828,00.

Principal assunto do mercado no mundo segue sendo o Potus Donald Trump, que segue lançando mão de tarifas de importação. 

As bolas da vez são os vizinhos México e Canadá, que se manifestou por comunicado assinado pelo Ministro das Finanças e Assuntos Intergovernamentais, Dominic LeBlanc. “O Canadá não ficará parado enquanto os EUA impõem tarifas injustificadas e irracionais sobre produtos canadenses”, reforçou Le Blanc.

A manifestação é resposta à ordem assinada por Trump no último sábado, definindo taxas de 25% sobre produtos e 10% sobre a energia canadenses. A medida, que entra em vigor nesta terça-feira, 4, é parte de um conjunto de medidas que tem impacto previsto de US$ 155 bilhões.

Enquanto tudo isso acontece, o dólar segue estabilizado aos R$ 5,84.

Por Arthur Lessa 31/01/2025 - 08:22 Atualizado em 31/01/2025 - 08:26

O dia na bolsa brasileira deve começar ainda no clima positivo do pregão de ontem, quando o Ibovespa, ignorando o cenário de economia ainda mais contracionista confirmado com o Copom aplicando mais uma alta de 1% da taxa Selic, registrou com alta de 2,82%, a maior valorização diária desde 5 de maior de 2023.

A principal "puxadora" dessa alta no índice é a Vale, que fechou o dia com alta de 4,22% após surgir a informação de que o Governo colocou na agenda uma discussão para tratar dos obstáculos da mineração. Entre as empresas do índice, destaque também para o Bradesco, com alta de quase 5,5%, além de Weg e Eletrobrás, ambas registando altas acima de 3% no dia.

Com esse movimento, entramos no último pregão de janeiro com o principal índice de ações do Brasil acumulando valorização de 5,51% no mês.

No radar para esta sexta-feira, destaque para os dados de emprego da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), que será divulgada pelo IBGE às 9h. Segundo estimativas de instituições financeiras e consultorias coletadas pelo Valor Data, a taxa de desocupação deve recuar para 6%.

Esse aquecimento no mercado de trabalho, que é claramente positiva para a sociedade, traz um efeito colateral de alta na inflação que não deve ser ignorado. Com as empresas demandando mais mão de obra, há um aumento dos salários, que implica em maior custo para a empresa e, como todos os custos, é repassado aos preço dos produtos.

Pra encerrar, uma olhada rápida para os Fundos Imobiliários, muito usados em estratégias de renda passiva mensal. O IFIX, principal índice do setor, registrou ontem uma pequena alta de 0,74% no fechamento de ontem, mas acumula queda de 4,02% no mês de janeiro. 

Por Arthur Lessa 30/01/2025 - 09:18 Atualizado em 30/01/2025 - 09:23

"A maior parte dos problemas do homem decorre de sua incapacidade de ficar calado."
(Blaise Pascal, matemático e físico)

Para a surpresa de zero pessoas, e confirmando a minha "aposta" de ontem, o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu elevar em 1,00% a taxa Selic, que será de 13,25% a.a., mesmo patamar de agosto e setembro de 2023. 

Os motivos dessa decisão são, em maior ou menor intensidade, os mesmos que deram início a este ciclo de altas em setembro de 2024, logo após quatro meses (três reuniões) da taxa estacionada em 10,50%.

Inflação no mundo

Os bancos centrais das principais economias seguem no esforço de controlar e puxar de volta à meta as taxas de inflação dos países que atendem. O que tem dificultado a tarefa são as persistentes pressões nos mercados de trabalho. Guerras e embargos, como no caso Rússia x Ucrânia, e atritos comerciais também não ajudam em nada na tarefa.

Inflação no Brasil

Além de ter aberto o alçapão do teto da meta (4,5% a.a.) e sair voando, com o IPCA acumulando 4,83% nos 12 meses de 2024, a inflação brasileira não dá sinais de retorno, ou mesmo enfraquecimento. A expectativa do cenário base do Banco Central do Brasil para o índice é de 5,2% ao final de 2025. Já o Mercado, segundo o Boletim Focus, espera 5,5% no mesmo período.

Uma das causas apontadas pelo BC para essa expectativa é o risco de hiato do produto positivo, que significa, em poucas palavras, a produção de bens e serviços (PIB observado) ser maior que a produção de bens e serviços considerada sustentável (PIB potencial), estimulando/aquecendo a economia.

Dólar caro

A desvalorização do real frente ao dólar também impacta diretamente na inflação, já que aumenta os custos de insumos, serviços e mão-de-obra das empresas, que são obrigadas a repassar esse aumento até o consumidor final.

Desconfiança fiscal

A economia, como ciência humana que é, tem como base as impressões e expectativas das pessoas. E, se tem algo que deixa as pessoas inseguras é não saber o que está acontecendo ou que vai acontecer. E nesse ponto, o Governo Federal e o Ministério da Fazenda não tem feito o dever de casa quando se trata de anunciar decisões. Uma aula de como não fazer!

A última pataquada foi polêmica do Pix, que deixou os brasileiros sem saber como pagar as contas no início do ano, se seriam perseguidos pela Receita Federal, se pagariam imposto sobre as transferências... Até quem queria criticar precisou fez questão de explicar melhor que o próprio Governo que não era isso.

Fica em 13,25% até quando?

Não há, na situação atual, motivos acreditar que o ciclo de altas do Copom tenha sido concluído. O Mercado (que não é uma gangue antigoverno, como pintado irresponsavelmente por Gleisi Hoffmann) vê hoje a taxa Selic fechando 2025 a 15%, baixando para 12,5% em 2026,  10,38% em 2027 e 10% em 2028.

Tendo isso posto, podemos cravar hoje, com pouquíssimo medo de errar, que em março a Selic sobe 1,00%, a 14,25% ao ano.

Por Arthur Lessa 29/01/2025 - 07:45 Atualizado em 29/01/2025 - 07:50

"Os juros são a válvula de segurança da economia."
(Alan Greenspan, ex-presidente do Federal Reserve)

Copom do Banco Central vai subir a Taxa Selic para 13,25% ao ano. 

Essa vai ser a manchete de economia do fim do dia de hoje. 

Posso estar errado? Posso! Mas não contaria com isso.

Não que eu tenha bola de cristal, mas sim porque o próprio COPOM (Comitê de Política Monetária) antecipou esse movimento na ata da última decisão, em 11 de dezembro, quando elevou em 1% a taxa básica de juros do Brasil.

Está lá no parágrafo 22 da ata da reunião. "Em se confirmando o cenário esperado, antevê ajuste de mesma magnitude nas próximas duas reuniões". Ou seja... Estamos falando de subir hoje para 13,25% e para 14,25% em 19 de março.

O cenário citado é de piora na inflação no curto e médio prazo, que é o que estamos acompanhando. 

O IPCA, índice considerado a inflação oficial do país, acumulado nos últimos 12 meses em 4,83%, rompendo os 4,5% do teto da meta, e expectativa do mercado, registrada no Boletim Focus, de fechar o ano com o IPCA em 5,5%.

Outro fator que tem impactado muito no movimento dos juros é a gestão do Governo com o seu dinheiro. A união da política fiscal expansionista, no estilo "gasto é vida", com as pataquadas dos anúncios recentes, como o Imposto de Renda junto ao pacote de gastos e a polêmica do pix criam insegurança e incerteza, que atrapalham muito a correção de rota necessária.

Esse descontrole demanda o aumento na dose do remédio, que é a Selic. Juros mais altos significam desaquecimento da economia, que significa redução da inflação. É baixar a febre na marra para que o corpo possa trabalhar em cima da causa da doença.

E vale lembrar que hoje é a chamada Super Quarta, que acontece quando a reunião do Copom coincide com as decisões de juros dos EUA. A expectativa por lá é que o Federal Reserve, o banco central dos EUA, mantenha as taxas de juros inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano. A inflação parece sob controle, mas o ambiente econômico tem muitas incertezas.

Falando de Bolsa, o Ibovespa fechou ontem a 124.055,5 pontos puxado pela queda de quase 2,5% da Vale e o dia não deve ter impacto da decisão do Copom, tendo em vista que o Mercado é unânime em esperar o aumento de 1%, colocando a Selic em 13,25%.

Por Arthur Lessa 28/01/2025 - 08:11 Atualizado em 28/01/2025 - 08:31

"O câmbio foi feito por Deus para humilhar os economistas. Ninguém sabe para onde vai."
(atribuída a Edmar Bacha, economista)

O dólar fechou o dia de ontem negociado a R$ 5,91, menor cotação de fechamento em relação ao Real desde novembro do ano passado, tendo beliscado os R$ 6,30 nesse meio tempo. 

Então a grande pergunta dos últimos dias é a seguinte: Por que o dólar caiu?

Entre os motivos que explicam esse movimento recente da moeda americana está a perspectiva de melhora das principais economias do mundo, que promete início de redução de juros nesses países. 

Com a redução dos juros por lá, os juros daqui ficam mais atraentes, o que incentiva o chamado Carry Trade, que é quando se pega dinheiro emprestado a juros baixos em uma moeda para investir em outra recebendo juros altos. 

Esse tipo de movimento se torna mais atraente com a quase promessa do Banco Central do Brasil de mais um aumento de 1% na Selic na reunião do Copom que encerra nesta quarta-feira (29).

Outro fator que impacta positivamente na relação do real com o dólar é a desvalorização da moeda americana em relação a outras moedas mundiais, principalmente pelos primeiros movimentos de Trump na Casa Branca, anunciando novas taxas de importação para produtos de países como México, Canadá e, até ontem, Colômbia, causando certo desconforto internacional.

Por fim, além dos juros, as ações brasileiras também têm se mostrado atraentes ao capital estrangeiro, com empresas sólidas apresentando resultados cada vez melhores enquanto acompanham a cotação de seus papéis caindo na B3. Não é a toa que vimos, junto à valorização da nossa moeda, o Ibovespa encerrando a segunda-feira a 124.861 pontos, melhor fechamento desde 12 de dezembro do ano passado.

Agora, se o dólar vai subir ou descer, se (e por quanto tempo) vai ficar abaixo de R$ 6,00, ninguém sabe ao certo. Quem dia que sabe, está mentindo.

Por Arthur Lessa 31/12/2024 - 15:36 Atualizado em 31/12/2024 - 16:05

Ultimamente eu tenho ouvido muito a seguinte pergunta: 

Por que algumas pessoas conseguem fazer coisas por um longo tempo, ou diversas coisas ao mesmo tempo, como se fosse algo fácil, mas boa parte das pessoas não consegue?

Eu, por exemplo, gosto de ler. Muita gente gosta de ler. Mas são poucos os que conseguem ficar 10 horas num dia lendo. Eu gosto muito de estudar,  mas tem gente que consegue pegar um tema e ficar estudando por meses, sozinho, definindo e cumprindog seu próprio cronograma para ficar 8 ou 10 horas por dia estudando. Principalmente os concurseiros. Esses fazem muito bem isso.

Como alguém consegue correr 42 km? E pra correr os 42 km, essa pessoa tem que correr 2 quilômetros, depois 5 quilômetros, depois 10 quilômetros. E na semana da corrida de 42 quilômetros, ela corre 40 quilômetros. Ou, às vezes, corre 45 km, que é para dar uma margem de segurança antes da prova. 

Como essas pessoas tem essa mente preparada, essa concentração, essa consistência, essa disciplina?

Então, vindo da praia para Criciúma ontem, eu ouvi a resposta. Eu ouvi a resposta em um dos vários podcasts que gosto de ouvir sobre finanças. E esse, com o Adriano Almeida, com passagem por vários fundos de investimento no Estados Unidos. Ele trouxe a resposta mais direta e mais simples possível sobre isso. Nesse caso, era sobre leitura.

Ele escreveu um livro e, no processo de escrever o livro, ele lia 12 horas por dia. Como? Lendo com um propósito

Você pode trocar o "leia" por qualquer outra coisa que você quiser. 

  • Estude com um propósito, como um concurseiro; 
  • Corra com um propósito, como um maratonista; 
  • Coma com um propósito; para ganhar massa muscular, ficar mais forte, ou comer menos e resistir às tentações para emagrecer. 

Invista com um propósito

É muito mais fácil investir com um objetivo que investir por investir. Porque investir é chato! Você pega um dinheiro com o qual poderia estar comprando algo prazerose e deixa lá parado. E você fica olhando, ele está ao seu alcance, é só ir lá e pegar. Se forem ações na Bolsa, em dois dias aquele dinheiro está an conta. 

Mas se você tem um propósito, esse dinheiro fica lá tranquilamente. Ele fica no modo NM², que é Não Mexe Nessa M*

E hoje, dia 31 de dezembro de 2024, eu acho um bom dia para a gente falar sobre propósito.

Então, para 2025, coloque essa palavra no canto da sua agenda, perto da sua cama, no fundo de tela do seu computador: Propósito

Faça as coisas com o propósito que elas ficarão muito mais fáceis. Na hora que a motivação cair, o propósito te lembra por que você está fazendo o que você está fazendo.

Por Arthur Lessa 26/12/2024 - 06:25

"O Brasil enfrenta um problema que poucos tem visto e pode causar uma crise extrema"

A frase acima é o resumo do que mais me marcou da entrevista de ontem (da qual participei) do empresário Ricardo Faria, dono e presidente dos conselhos das empresas Granja Faria e Insolo. Enquanto, por volta dos 17 minutos de entrevista, ele citava a fuga de mentes produtivas, que ele adequadamente chamou de "elite pensante", como um fator que pode levar o Brasil a um colapso econômico gravíssimo, eu vi sendo resumido o enredo do livro A Revolta de Atlas, publicado em 1957 por Ayn Rand.

Eu, inclusive, apresentei esse livro no ano passado aqui no 4oito. Confira aqui o texto sobre "A Revolta de Atlas" 

No romance ficcional (mas altamente verossímil), o Governo se vê tendo que enfrentar uma onda de acidentes e incidentes, com impactos sensíveis na economia e setor produtivo, enquanto empresários e pesquisadores referência em suas áreas começam a sumir sem deixar rastros (com exceção de dois: Dagny e Hank). Alguns, inclusive, destruindo suas fábricas e pesquisas antes de nunca mais serem vistos.

Com o sumiço das grandes mentes, líderes medíocres surgem e a qualidade industrial desce à mesma mediocridade. Ao mesmo tempo, querendo manter felizes os "amigos do rei", o Governo aplica medidas de "não-concorrência" que proíbem uma companhia de dominar um mercado (mesmo que seja pelo fato de esta ser muito melhor que as oponentes), infiltram representantes em conselhos e outros movimentos característicos de governos. 

Bem... Imagino que você entenda como essa caça ao mérito e estímulo ao esforço mínimo acabaram levando este país fictício (com cara, cheiro e roupa de EUA) rumo ao colapso econômico e, por consequência, social. Mesmo assim, indico fortemente que você se dê de Natal a oportunidade de ler esse livro que mudou o modo como vejo o mundo. Confira o livro "A Revolta de Atlas" na Amazon

Se você não entendeu como uma coisa leva à outra, então indico duplamente a leitura. Confira o livro "A Revolta de Atlas" na Amazon

E, se voce não concorda, também sugiro a leitura. Caso contrário, torço fortemente para que você nunca alcance uma posição de comando ou poder em que possa mimetizar o governo criado por Rand, pelo bem do país (e meu, e da minha família, e do supermercado onde faço compras,...). Confira o livro "A Revolta de Atlas" na Amazon

Por Arthur Lessa 17/12/2024 - 14:47 Atualizado em 17/12/2024 - 17:13

Há menos de uma semana, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu elevar de 11,25% para 12,25% a taxa Selic, ou seja, um aumento imediato de 1%. Esse é um movimento bastante forte se tratamos de taxa básica de juros, principalmente se levarmos em conta que a expectativa do mercado há 12 meses era de estarmos hoje com uma Selic de algo em torno de 9% ao ano.

Além desse aumento já realizado, o próprio Copom deixou claro em seu comunicado que, mantidas as mesmas condições econômicas e fiscais de hoje, veremos mais duas altas igualmente intensas, de 1% por reunião. Confirmado esse cenário, e os aumentos previstos, chegaremos em março com a Taxa Selic no patamar de 14,25% de juros, algo inédito desde o período de setembro de 2015 a agosto de 2016, quando aconteceu o impeachment de Dilma Rousseff.

E vale ressaltar que a Selic é uma taxa definida, escolhida, praticamente imposta. Na prática do dia a dia há outros fatores definem o custo do dinheiro e, na situação atual de pouca credibilidade da gestão financeira do Governo Federal, os juros "de verdade" estão variando de 13,84% a.a. (vencimento em 6 meses) a em 15,43% (vencimento em 30 meses).

Em resumo, estamos num momento em que se endividar está muito caro e ficará ainda mais. E isso afeta, principalmente, pequenas empresas e famílias que já estão com problemas financeiros e, caso não encontrem solução, poderão quebrar.
 
Por isso estou muito preocupado com o Brasil e seus mais de 80% de endividados.

E nesse caos é momento de investir?

Tem uma frase que aprendi numa das primeiras aulas que tive sobre bolsa de valores, por volta de 2010 ou 2011: "Enquanto uns choram, outros vendem lenços".

Quando falo, repetidamente, no 60 Minutos, no Programa do Avesso, no Programa Adelor Lessa, nas palestras e cursos que o melhor investimento que existe é não precisar do dinheiro dos outros, é em cenários como esse que eu penso. É nessa hora que o investidor/poupador respira fundo e aproveita a tranquilidade de ter feito bem a lição de casa.

Como se a tranquilidade da alma não fosse suficiente, são momentos assim, nos quais há uma sensação de fim do mundo, de terra arrasada, quando se ouve ao longe os gritos de "corram para as montanhas!" que apresentam as grandes oportunidades de investimento, que podem representar os maiores ganhos da jornada do investidor.

Uma dessas oportunidades tem sido oferecidas pelo próprio Governo Federal, que, precisando de dinheiro para dar conta das despesas contratadas, se vê obrigado entregar retornos como estes abaixo, oferecidos na tarde desta terça (17).

Taxas oferecidas pelo Tesouro Direto às 14h desta terça

Trocando em miúdos, ao investir em uma taxa de 15% ao ano, você dobra o seu dinheiro em cinco anos. Se quiser ser mais preciosista e descontar o imposto de renda, a dobra do valor acontece em seis anos.

E, se o Governo, que é o menor risco de calote, imagine quanto estão oferecendo os CDBs, LCIs, LCAs, Debêntures,...

Não é só na renda fixa

Muitas vezes esquecida, ou mal vista, a Bolsa de Valores também oferece oportunidades impressionantes em tempos sombrios como esses. E a explicação é bem simples e baseada em risco e retorno: 

Se consigo garantir praticamente sem risco um retorno de mais de 15% ao ano no Tesouro, preciso que uma ação me entregue mais rendimento para compensar o risco sensivelmente maior que vou enfrentar. 

E, como ações não contam com as taxas de juros da renda fixa, o retorno vem por meio de lucro e dividendos. Então, se uma ação custa R$ 50 e paga R$ 5 de dividendo no ano, é um retorno de 10%. Mas, como preciso de 20% para valer a pena o risco e a empresa não pode simplesmente "inventar" mais R$ 5 anuais de dividendos por ação, o que muda é a outra ponta, do preço, que precisa descer até R$ 25 para entregar o retorno buscado (25 x 20% = 5).   

O exemplo acima, com desvalorização de 50% no preço de uma ação, é apenas ilustrativo (mesmo que possível), mas ser para explicar o que estamos vendo nos preços de ações de empresas estáveis e saudáveis, caindo 25% ou mais nos últimos 12 meses. Boa parte delas não vai quebrar, não estão em crise e muitas, por outro lado, seguem aumentando seus lucros. São apenas os investidores que tem sido mais exigentes.

E você? Está preocupado ou está investindo?

Por Arthur Lessa 13/12/2024 - 11:18 Atualizado em 13/12/2024 - 11:30

O conjunto de aumento da longevidade e redução da natalidade tem deixado a população mundial mais... velha. E esse movimento que começou em países mais antigos, principalmente na Europa, inevitavelmente chegou ao Brasil e coloca em dúvida o futuro das aposentadorias. Mas , enquanto a pirâmide etária se torna menos piramidal, o que deve ser feito para manter a sustentabilidade da Previdência Social? 

Para aprofundar essa questão, conversei com um dos maiores especialistas do tema no Brasil, o economista Fábio Giambiagi, que, em parceria com Paulo Tafner, publicou há poucos meses o livro A Reforma Inacabada: o Futuro da Previdência Social no Brasil , no qual aborda pontos que não foram resolvidos na Reforma da Previdência de 2019, seja por questões políticas, seja pelo simples fato de que o envelhecimento da população demandará periódicas reformas das reformas com o objetivo de manter a sustentabilidade do sistema.

Confira entrevista completa no YouTube

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