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DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Arthur Lessa 31/12/2024 - 15:36 Atualizado em 31/12/2024 - 16:05

Ultimamente eu tenho ouvido muito a seguinte pergunta: 

Por que algumas pessoas conseguem fazer coisas por um longo tempo, ou diversas coisas ao mesmo tempo, como se fosse algo fácil, mas boa parte das pessoas não consegue?

Eu, por exemplo, gosto de ler. Muita gente gosta de ler. Mas são poucos os que conseguem ficar 10 horas num dia lendo. Eu gosto muito de estudar,  mas tem gente que consegue pegar um tema e ficar estudando por meses, sozinho, definindo e cumprindog seu próprio cronograma para ficar 8 ou 10 horas por dia estudando. Principalmente os concurseiros. Esses fazem muito bem isso.

Como alguém consegue correr 42 km? E pra correr os 42 km, essa pessoa tem que correr 2 quilômetros, depois 5 quilômetros, depois 10 quilômetros. E na semana da corrida de 42 quilômetros, ela corre 40 quilômetros. Ou, às vezes, corre 45 km, que é para dar uma margem de segurança antes da prova. 

Como essas pessoas tem essa mente preparada, essa concentração, essa consistência, essa disciplina?

Então, vindo da praia para Criciúma ontem, eu ouvi a resposta. Eu ouvi a resposta em um dos vários podcasts que gosto de ouvir sobre finanças. E esse, com o Adriano Almeida, com passagem por vários fundos de investimento no Estados Unidos. Ele trouxe a resposta mais direta e mais simples possível sobre isso. Nesse caso, era sobre leitura.

Ele escreveu um livro e, no processo de escrever o livro, ele lia 12 horas por dia. Como? Lendo com um propósito

Você pode trocar o "leia" por qualquer outra coisa que você quiser. 

  • Estude com um propósito, como um concurseiro; 
  • Corra com um propósito, como um maratonista; 
  • Coma com um propósito; para ganhar massa muscular, ficar mais forte, ou comer menos e resistir às tentações para emagrecer. 

Invista com um propósito

É muito mais fácil investir com um objetivo que investir por investir. Porque investir é chato! Você pega um dinheiro com o qual poderia estar comprando algo prazerose e deixa lá parado. E você fica olhando, ele está ao seu alcance, é só ir lá e pegar. Se forem ações na Bolsa, em dois dias aquele dinheiro está an conta. 

Mas se você tem um propósito, esse dinheiro fica lá tranquilamente. Ele fica no modo NM², que é Não Mexe Nessa M*

E hoje, dia 31 de dezembro de 2024, eu acho um bom dia para a gente falar sobre propósito.

Então, para 2025, coloque essa palavra no canto da sua agenda, perto da sua cama, no fundo de tela do seu computador: Propósito

Faça as coisas com o propósito que elas ficarão muito mais fáceis. Na hora que a motivação cair, o propósito te lembra por que você está fazendo o que você está fazendo.

Por Arthur Lessa 26/12/2024 - 06:25

"O Brasil enfrenta um problema que poucos tem visto e pode causar uma crise extrema"

A frase acima é o resumo do que mais me marcou da entrevista de ontem (da qual participei) do empresário Ricardo Faria, dono e presidente dos conselhos das empresas Granja Faria e Insolo. Enquanto, por volta dos 17 minutos de entrevista, ele citava a fuga de mentes produtivas, que ele adequadamente chamou de "elite pensante", como um fator que pode levar o Brasil a um colapso econômico gravíssimo, eu vi sendo resumido o enredo do livro A Revolta de Atlas, publicado em 1957 por Ayn Rand.

Eu, inclusive, apresentei esse livro no ano passado aqui no 4oito. Confira aqui o texto sobre "A Revolta de Atlas" 

No romance ficcional (mas altamente verossímil), o Governo se vê tendo que enfrentar uma onda de acidentes e incidentes, com impactos sensíveis na economia e setor produtivo, enquanto empresários e pesquisadores referência em suas áreas começam a sumir sem deixar rastros (com exceção de dois: Dagny e Hank). Alguns, inclusive, destruindo suas fábricas e pesquisas antes de nunca mais serem vistos.

Com o sumiço das grandes mentes, líderes medíocres surgem e a qualidade industrial desce à mesma mediocridade. Ao mesmo tempo, querendo manter felizes os "amigos do rei", o Governo aplica medidas de "não-concorrência" que proíbem uma companhia de dominar um mercado (mesmo que seja pelo fato de esta ser muito melhor que as oponentes), infiltram representantes em conselhos e outros movimentos característicos de governos. 

Bem... Imagino que você entenda como essa caça ao mérito e estímulo ao esforço mínimo acabaram levando este país fictício (com cara, cheiro e roupa de EUA) rumo ao colapso econômico e, por consequência, social. Mesmo assim, indico fortemente que você se dê de Natal a oportunidade de ler esse livro que mudou o modo como vejo o mundo. Confira o livro "A Revolta de Atlas" na Amazon

Se você não entendeu como uma coisa leva à outra, então indico duplamente a leitura. Confira o livro "A Revolta de Atlas" na Amazon

E, se voce não concorda, também sugiro a leitura. Caso contrário, torço fortemente para que você nunca alcance uma posição de comando ou poder em que possa mimetizar o governo criado por Rand, pelo bem do país (e meu, e da minha família, e do supermercado onde faço compras,...). Confira o livro "A Revolta de Atlas" na Amazon

Por Arthur Lessa 17/12/2024 - 14:47 Atualizado em 17/12/2024 - 17:13

Há menos de uma semana, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu elevar de 11,25% para 12,25% a taxa Selic, ou seja, um aumento imediato de 1%. Esse é um movimento bastante forte se tratamos de taxa básica de juros, principalmente se levarmos em conta que a expectativa do mercado há 12 meses era de estarmos hoje com uma Selic de algo em torno de 9% ao ano.

Além desse aumento já realizado, o próprio Copom deixou claro em seu comunicado que, mantidas as mesmas condições econômicas e fiscais de hoje, veremos mais duas altas igualmente intensas, de 1% por reunião. Confirmado esse cenário, e os aumentos previstos, chegaremos em março com a Taxa Selic no patamar de 14,25% de juros, algo inédito desde o período de setembro de 2015 a agosto de 2016, quando aconteceu o impeachment de Dilma Rousseff.

E vale ressaltar que a Selic é uma taxa definida, escolhida, praticamente imposta. Na prática do dia a dia há outros fatores definem o custo do dinheiro e, na situação atual de pouca credibilidade da gestão financeira do Governo Federal, os juros "de verdade" estão variando de 13,84% a.a. (vencimento em 6 meses) a em 15,43% (vencimento em 30 meses).

Em resumo, estamos num momento em que se endividar está muito caro e ficará ainda mais. E isso afeta, principalmente, pequenas empresas e famílias que já estão com problemas financeiros e, caso não encontrem solução, poderão quebrar.
 
Por isso estou muito preocupado com o Brasil e seus mais de 80% de endividados.

E nesse caos é momento de investir?

Tem uma frase que aprendi numa das primeiras aulas que tive sobre bolsa de valores, por volta de 2010 ou 2011: "Enquanto uns choram, outros vendem lenços".

Quando falo, repetidamente, no 60 Minutos, no Programa do Avesso, no Programa Adelor Lessa, nas palestras e cursos que o melhor investimento que existe é não precisar do dinheiro dos outros, é em cenários como esse que eu penso. É nessa hora que o investidor/poupador respira fundo e aproveita a tranquilidade de ter feito bem a lição de casa.

Como se a tranquilidade da alma não fosse suficiente, são momentos assim, nos quais há uma sensação de fim do mundo, de terra arrasada, quando se ouve ao longe os gritos de "corram para as montanhas!" que apresentam as grandes oportunidades de investimento, que podem representar os maiores ganhos da jornada do investidor.

Uma dessas oportunidades tem sido oferecidas pelo próprio Governo Federal, que, precisando de dinheiro para dar conta das despesas contratadas, se vê obrigado entregar retornos como estes abaixo, oferecidos na tarde desta terça (17).

Taxas oferecidas pelo Tesouro Direto às 14h desta terça

Trocando em miúdos, ao investir em uma taxa de 15% ao ano, você dobra o seu dinheiro em cinco anos. Se quiser ser mais preciosista e descontar o imposto de renda, a dobra do valor acontece em seis anos.

E, se o Governo, que é o menor risco de calote, imagine quanto estão oferecendo os CDBs, LCIs, LCAs, Debêntures,...

Não é só na renda fixa

Muitas vezes esquecida, ou mal vista, a Bolsa de Valores também oferece oportunidades impressionantes em tempos sombrios como esses. E a explicação é bem simples e baseada em risco e retorno: 

Se consigo garantir praticamente sem risco um retorno de mais de 15% ao ano no Tesouro, preciso que uma ação me entregue mais rendimento para compensar o risco sensivelmente maior que vou enfrentar. 

E, como ações não contam com as taxas de juros da renda fixa, o retorno vem por meio de lucro e dividendos. Então, se uma ação custa R$ 50 e paga R$ 5 de dividendo no ano, é um retorno de 10%. Mas, como preciso de 20% para valer a pena o risco e a empresa não pode simplesmente "inventar" mais R$ 5 anuais de dividendos por ação, o que muda é a outra ponta, do preço, que precisa descer até R$ 25 para entregar o retorno buscado (25 x 20% = 5).   

O exemplo acima, com desvalorização de 50% no preço de uma ação, é apenas ilustrativo (mesmo que possível), mas ser para explicar o que estamos vendo nos preços de ações de empresas estáveis e saudáveis, caindo 25% ou mais nos últimos 12 meses. Boa parte delas não vai quebrar, não estão em crise e muitas, por outro lado, seguem aumentando seus lucros. São apenas os investidores que tem sido mais exigentes.

E você? Está preocupado ou está investindo?

Por Arthur Lessa 13/12/2024 - 11:18 Atualizado em 13/12/2024 - 11:30

O conjunto de aumento da longevidade e redução da natalidade tem deixado a população mundial mais... velha. E esse movimento que começou em países mais antigos, principalmente na Europa, inevitavelmente chegou ao Brasil e coloca em dúvida o futuro das aposentadorias. Mas , enquanto a pirâmide etária se torna menos piramidal, o que deve ser feito para manter a sustentabilidade da Previdência Social? 

Para aprofundar essa questão, conversei com um dos maiores especialistas do tema no Brasil, o economista Fábio Giambiagi, que, em parceria com Paulo Tafner, publicou há poucos meses o livro A Reforma Inacabada: o Futuro da Previdência Social no Brasil , no qual aborda pontos que não foram resolvidos na Reforma da Previdência de 2019, seja por questões políticas, seja pelo simples fato de que o envelhecimento da população demandará periódicas reformas das reformas com o objetivo de manter a sustentabilidade do sistema.

Confira entrevista completa no YouTube

Por Arthur Lessa 11/12/2024 - 12:01 Atualizado em 11/12/2024 - 12:05

Eu tenho falado recorrentemente nos últimos dias sobre a minha preocupação do anuncio do ministro Fernando Haddad, da Fazenda, de ampliar até 2026 a faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para R$ 5 mil.

Antes que você posso ficar na dúvida, eu deixo claro que NÃO tenho nada contra a redução de impostos para a população. Muito pelo contrário! Mas também não posso ignorar os efeitos "colaterais" possíveis em caso de medidas sendo aplicadas de maneira populista como essa.

Para entender o problema, é importante que você saiba que a tabela que define o quanto cada faixa de renda paga de Imposto de Renda não é atualizada desde abril de 2015, com exceção do aumento da faixa de isenção . Ou seja, com a inflação aumentando os preços e salários ano a ano, e a tabela engessada, pessoas com renda cada vez menor foram sendo "empurradas" para as alíquotas mais altas.

Confira abaixo a tabela atual sem os efeitos do aumento da faixa de isenção.

Ao aplicar a faixa de isenção de dois salários mínimos, veja que a tabela segue intacta e defasada, com alteração apenas no primeiro nível.

Uma análise rápida na tabela atual já ilustra bem a minha preocupação. A faixa de alíquota mais alta (27,5%) da tabela atual inicia abaixo dos R$ 5.000,00 mensais. 

Se realmente acontecer dessa maneira, e vale levar em conta que até o momento o Governo não citou atualização da tabela, podemos chegar num ponto em que não haverá mais tabela, mas uma faixa de isenção e outra de 27,5%.

Mas, e se atualizar?

"Polianando" e entendendo que finalmente teremos uma atualização da tabela de imposto de renda, de quanto seria? Apresento abaixo as duas possibilidades que entendo mais apropriadas, que são o uso do IGP-M (FGV) ou IPCA (IBGE) para aplicação do efeito da inflação no período de abril de 2015 até outubro de 2024 e usando como base os valores originais de 2015 (sem o aumento da faixa de isenção implantada pelo Governo atual).

Seja por um índice ou outro, a "nova" tabela faria mais sentido em face aos custos de vida atuais, não?

Nem tanto ao céu, nem tanto à terra

Mas vamos avançar um pouco mais, tomar como base na decisão de isentar quem recebe até R$ 5 mil mensais e atualizar a tabela proporcionalmente. 

Admito que essa última simulação pode ter sido muito forçada, mas tem sua validade como ilustração dos possíveis efeitos colaterais que são (deliberadamente?) esquecidos durante anúncios agradáveis ao povo em geral.

E, não... Não tenho solução definitiva para a questão.

Mas também sei que o que está não me parece exatamente uma "solução..."

Por Arthur Lessa 09/12/2024 - 11:39 Atualizado em 09/12/2024 - 11:51

Nos últimos cinco anos, o Brasil viu um aumento rápido no número de pessoas investindo na Bolsa de Valores. Para se ter uma ideia, de 2019 a 2024, o número de investidores cresceu mais de 265%. Passamos de 1,4 milhões para impressionantes 5,1 milhões de CPFs que aplicam seu dinheiro em ações, fundos imobiliários, fundos de índice (ETFs) e afins.

Com tanta gente nova que entra nesse universo, surge uma preocupação: muitos desses investidores são iniciantes e não conhecem bem os riscos e armadilhas do mercado. Por isso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a “xerife” da Bolsa brasileira, não tendo poder para eliminar os riscos “normais” de mercado, como oscilação de preços e crises, tem atuado de maneira bastante efetiva no combate a práticas antitéticas que podem atrapalhar o caminho do investidor, como as informações desiguais entre grandes investidores (os "tubarões") e os menores (os "sardinhas"), ou até a falta de transparência sobre o comissionamento dos profissionais que intermediam os negócios (também chamado de “rebate”) e conflitos de interesse obscuros.

Quem trabalha pra quem?

Para ajudá-lo a entender melhor essa dinâmica, conversei com o Gerente de Estrutura de Mercado da CVM, Érico Lopes, que reforçou em diversos momentos da conversa que “é importante saber quem trabalha para a corretora, quem trabalha para o banco e quem trabalha olhando apenas para o melhor para o investidor”.

Segundo Lopes, atualmente não é mais tão difundida a ideia de que os assessores e as corretoras trabalham de graça, mas muitos clientes ainda recebem opções de investimento que parecem semelhantes, mas tendo por trás uma com “rebate” de 1% e outra de 5% ao assessor. “Não há nenhuma ilegalidade nisso, mas isso configura um conflito de interesse claro e o investidor deve ter essa informação para tomar a decisão com clareza da situação”, explica o representante da Comissão.

Confira a entrevista completa abaixo

 

Por Arthur Lessa 27/11/2024 - 16:03 Atualizado em 27/11/2024 - 16:16

Está marcada para as 20h30 desta quarta-feira (27) a apresentação do tão aguardado "plano de corte de gastos" do Governo Federal. Pelo menos essa é a informação que circula nos corredores do Palácio do Planalto, em Brasília (DF), sobre o tema do pronunciamento em rede nacional de Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, na noite de hoje. 

Segundo apuração do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), nos 7 minutos e 118 segundos de duranção da manifestação, Haddad deve apresentar, entre outras medidas, mudanças no abono salarial, na política de reajuste do salário mínimo, nas regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e na previdência e pensão de militares.

Outro anúncio que deve ser feito pelo Ministro é o de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, uma das principais promessas de campanha do presidente Lula.

O pacote fiscal a ser apresentado nesta noite será viável? Será efetivo? Será "para inglês ver"? 

Veremos mais tarde...

Por Arthur Lessa 25/10/2024 - 12:14 Atualizado em 25/10/2024 - 12:17

Home office, trabalho híbrido, inteligência artificial,... Nada disso deve ser o foco da preparação das empresas para o futuro do trabalho, mas sim a relação das pessoas com suas expectativas, paciência e engajamento com as funções que exercem em cada organização, desde os CEOs e líderes em geral até os estagiários.

Para aprofundar esse tema, conversei com Alexandre Pellaes, pesquisador, consultor e especialista em modelos flexíveis de gestão. Confira no vídeo abaixo.
 

 

Por Arthur Lessa 18/10/2024 - 10:57 Atualizado em 18/10/2024 - 11:16

Na entrevista especial desta semana, conversei com o professor Ricardo Humberto Rocha*, autor do livro "Esticando a Mesada". Nos quase 40 minutos de conversa, exploramos a importância de incluir a mesada na rotina dos filhos, discutindo quando e como fazê-lo de maneira eficaz.

Além disso, a conversa aborda temas essenciais como a escassez do dinheiro, a relação entre dinheiro e trabalho, e a importância do investimento para o futuro das crianças. Uma conversa cheia de insights valiosos para pais e educadores!

*Ricardo Humberto Rocha é professor do Insper, mestre em Administração pela PUC-SP, doutor em Administração pela FEA-USP, além de consultor da ANBIMA, FEBRABAN, B3, Fundação Carlos Chagas e Planejar – Associação Brasileira de Planejadores Financeiros. Possui 7 livros publicados. Atua na área de Finanças nos temas Finanças de Mercado, Finanças Corporativas, Gestão de Riscos e Educação Financeira.

Por Arthur Lessa 17/09/2024 - 12:04 Atualizado em 17/09/2024 - 17:57

O Governo Federal realmente está precisando fechar as contas e não pode perder um dia sequer! Provavelmente por isso lançou nesta segunda-feira (16) uma edição extraordinária do DOU (Diário Oficial da União) para publicar a Lei 14.973, sancionada pelo presidente Lula no mesmo dia.

A nova lei confirma a progressividade do fim da desoneração da folha de pagamento, que acontece de 2025 a 2027, e as medidas compensatórias aos cofres da União por não ter extinguido imediatamente a regra estabelecida em 2011 pela lei nº 12.546. E, entre essas compensações, está o confisco dos valores "esquecidos" no Banco Central. 

Mas o que tem a ver a publicação?

O fato de a lei ter sido publicada em edição extraordinária do DOU reduz em um dia o prazo de 30 dias que o cidadão tem para reaver seus valores deixados em bancos e instituições financeiras, normalmente por conta de encerramento de contas, consórcios, empréstimos e afins. Passados esses 30 dias, o dinheiro não é mais seu, mas do Tesouro Nacional (que é o caixa do Governo). Isso vale para pessoas físicas (cidadão comum) e pessoas jurídicas (empresas). 

Em resumo, se você ainda não foi atrás, CORRA! 

O prazo se extingue em 16 de outubro de 2024.

E o relógio está correndo...

TIC
TAC
TIC
TAC 

Por Arthur Lessa 16/09/2024 - 13:09 Atualizado em 16/09/2024 - 15:34

Segundo o dicionário Michaelis, a definição de Confisco é "Ato ou efeito por parte do Estado, em período de guerra, de se apoderar, durante uma operação militar, de propriedade privada, a fim de que o inimigo não tome posse dela".

Lembro de falar várias vezes no 60 Minutos que não acreditava ser possível a execução de um novo confisco de dinheiro dos brasileiros, como o Confisco da Poupança de março de 1990, no início do Governo Collor. Desde a semana passada, já acho possível e, mais que isso, provável

O Projeto de Lei 1.847/24, votado na Câmara Federal na madrugada de quarta-feira (11) para quinta-feira (12), e diversas medidas  autoriza o Governo Federal a absorver para o Tesouro Nacional R$ 8 bilhões do chamado "dinheiro esquecido" de pessoas físicas e jurídicas, hoje depositado no Banco Central, além de R$ 12 bilhões de depósitos de processos contra o Governo ou estatais. Para esclarecer o tema, conversei com o advogado tributarista Zelei Crispim da Rosa. Confira aqui a entrevista

A autorização de apropriação do dinheiro do cidadão pelo Governo está no Capítulo VIII do PL, intitulado "DOS RECURSOS ESQUECIDOS", do qual o artigo 45 dá detalhes (os destaques são meus):

Art. 45. Os recursos existentes nas contas de depósitos, sob qualquer título, cujos cadastros não foram objeto de atualização, na forma da Resolução do Conselho Monetário Nacional nº 4.753, de 26 de setembro de 2019, somente poderão ser reclamados junto às instituições depositárias até 30 (trinta) dias após a publicação desta Lei.

          § 1º A liberação dos recursos de que trata este artigo pelas instituições depositárias é condicionada à satisfação, pelo reclamante, das exigências estabelecidas na Resolução do Conselho Monetário Nacional nº 4.753, de 26 de setembro de 2019. 

          § 2º Decorrido o prazo de que trata o caput, os saldos não reclamados remanescentes junto às instituições depositárias passarão ao domínio da União e serão apropriados pelo Tesouro Nacional como receita orçamentária primária para todos os fins das estatísticas fiscais e da apuração do resultado primário a que se refere o § 4º do art. 2º da Lei Complementar nº 200, de 30 de agosto de 2023.

          § 3º Uma vez que os saldos não reclamados remanescentes forem apropriados pelo Tesouro Nacional na forma do § 2º, o Ministério da Fazenda providenciará a publicação, no Diário Oficial da União, de edital que relacionará os valores recolhidos, indicará a instituição depositária, a agência e a natureza e o número da conta do depósito e estipulará prazo de 30 (trinta) dias, contado da data de sua publicação, para que os respectivos titulares contestem o recolhimento efetuado.

          § 4º Do indeferimento da contestação cabe recurso, com efeito suspensivo, no prazo de 10 (dez) dias, para o Conselho Monetário Nacional.

          § 5º Decorrido o prazo de que trata o § 3º, os valores recolhidos não contestados ficarão incorporados de forma definitiva ao Tesouro Nacional na forma do § 2º.

Ou seja... O dinheiro é seu, mas, se você não buscar rápido o suficiente ou não reclamar a tempo, o Governo pega pra ele de maneira definitiva. Me lembra a política de achados e perdidos de clubes e escolas, que avisam que objetos não reclamados em um período X serão descartados.

E, agora que você sabe que a "mão do Estado" está rodeando seu bolso, deve estar pensando no que fazer para não sair no prejuízo. E eu te respondo: PEGUE AGORA O SEU DINHEIRO!

Que dinheiro é esse?

Apesar do termo usado popularmente, é importante saber que esse dinheiro não é exatamente esquecido pelo cidadão, como pode parecer, mas sim pelos bancos e financeiras. São valores que normalmente ficam pra trás em um fechamento de conta corrente, por exemplo, e acabam num "limbo" em que não são patrimônio do banco mas não podem ser enviados para o titular, que não tem mais conta naquele banco. 

Como resgatar meu "dinheiro esquecido" no Banco Central?

Antes de resgatar, você precisa saber se e quanto tem a receber. Para isso, você deve acessar o site Valores a Receber (link aquie clicar em Consulte Valores a Receber. Para consultas de Pessoa Física, é necessário ter em mãos o CPF e a Data de Nascimento. No caso de Pessoas Jurídicas, o CNPJ e a Data de Abertura da empresa. 

Caso apareça que há valores a receber, volte ao site Valores a Receber (link aqui) e clique em Acesse o Sistema de Valores a Receber. Aqui é usada a sua conta gov.br (nível prata ou ouro) para saber como solicitar o valor ou verificar protocolos de solicitação. Se você tem mais de R$100 para receber você deve ativar o duplo fator de autenticação. Saiba como aqui.

Em março de 2023, quando o SVR (Sistema de Valores a Receber) foi reativado, o próprio Banco Central publicou o vídeo abaixo ensinado a consultar e resgatar os valores.

Resgate de valores de falecidos

Existem valores retidos no Banco Central como "esquecidos" também de pessoas falecidas e também é possível resgatá-los seguindo alguns passos a mais que no processo anterior. Para entender melhor, assista ao tutorial produzido pelo Banco Central (clique aqui para assistir), que explica cada etapa da consulta e do resgate dos valores. 

Por Arthur Lessa 14/08/2024 - 08:38 Atualizado em 15/08/2024 - 16:18

Atualizada em 15/08/24, às 15:41

Na reta final do período de definição das candidaturas para as Eleições 2024, já surgem no sistema de transparência do TSE os registros oficiais das campanhas. Então aproveitei para analisar as declarações dos quatro candidatos à Prefeitura de Criciúma: Arlindo Rocha, Jorge Godinho, Julio Kaminski, Jose Paulo Ferrarezi, Ricardo Guidi e Vaguinho.

>> Entenda as regras para declaração de bens dos candidatos ao TSE

Arlindo Rocha

O patrimônio de R$ 2.314.090,04 de Arlindo Rocha é composto por principalmente por imóveis, com um apartamento e dois terrenos somando R$ 938.500,50, seguido pela surpreendente quantia  R$ 800 mil em espécie e dois automóveis, que somam R$ 471.280,00. Falando em investimentos, Rocha declara R$ 96.309,54 entre um consórcio e um plano de previdência.

Jorge Godinho

O patrimônio de R$ 750.000,00 de Jorge Godinho é composto por dois imóveis, um residencial de R$ 600.000,00 e uma casa de praia de R$ 100.000,00, além de um carro de R$ 50.000,00. Não consta na declaração nenhum tipo de investimento ou bem financeiro.

Jose Paulo Ferrarezi

Entre os candidatos registrados até as 10h desta quinta-feira, 15, Jose Paulo Ferrarezi tem o menor patrimônio declarado entre os candidatos à Prefeitura de Criciúma, com dois terrenos e dois carros, sendo um Gol e um Corsa, totalizando R$ 237.500,00. Não há declaração de investimentos, saldo em conta bancária ou participação societária em empresa.

Julio Kaminski (corrigido)

O patrimônio de R$ 449.460,49 declarado por Julio Kaminski é composto por R$ 330.460,46 em imóveis, sendo um apartamento residencial, um apartamento no Balneário Rincão e uma fração de terreno, além de um veículo avaliado em  R$ 119.000,00. Não há declaração de investimentos, saldo em conta bancária ou participação societária em empresa.

ERRATA: Por conta de uma instabilidade no sistema do TSE, o registro do candidato Julio Kamisnki apresentava "Não há bens a declarar". Após atualização, foi possível acessar a declaração preenchida

Ricardo Guidi

O patrimônio de R$ 2.693.565,84 de Ricardo Guidi é composto em quase 2/3 por imóveis, sendo 18 terrenos em Criciúma, Içara, Imaruí e Urussanga, um apartamento e uma casa em Criciúma, totalizando R$ 1.757.591,54. As participações societárias somam R$ 586.000,00, enquanto os investimentos estão em R$ 345.971,47 em ações e R$ 262,28 em renda fixa, além de R$ 3.740,55 em conta corrente. Nenhum automóvel foi declarado por Guidi.

Vaguinho

Com a declaração mais enxuta (até o momento), Vaguinho declara patrimônio de R$ 300.000,00, apenas com um apartamento declarado. Não foi declarado nenhum automóvel, investimento ou ativo financeiro.  

Confira a segmentação dos patrimônios declarados

  Arlindo Rocha Jorge Godinho Jose Paulo Ferrarezi Julio Kaminski Ricardo Guidi Vaguinho
Imóveis 938.500,50 700.000,00 180.000,00 330.460,49 1.757.591,54 300.000,00
Automóveis 471.280,00 50.000,00 57.500,00 119.000,00 x x
Empresas 8.000,00 x x x 586.000,00 x
Investimentos 96.309,54 x x x 346.233,75 x
Dinheiro 800.000,00 x x x 3.740,55 x
Patrimônio 2.314.090,04 750.000,00 237.500,00 449.460,49 2.693.565,84 300.000,00

Tags: eleicoes2024

Por Arthur Lessa 06/08/2024 - 13:55 Atualizado em 06/08/2024 - 14:38

Além de escrever seu nome definitivamente na história olímpica mundial e ser reverenciada pela, até então, referência mundial da ginastica artística, a brasileira Rebeca Andrade preparou pra si um bom futuro financeiro ao garantir a soma de R$ 826 mil pelas quatro medalhas conquistadas nos Jogos de Paris 2024. Mas, levando em conta que ela seja responsável e invista bem, quanto esse dinheiro pode render?

Mas, antes de irmos aos cálculos, é importante deixar claro que as medalhas em si (objetos brilhantes) não sofrem nenhuma tributação. Então aqui vamos falar do dinheiro que será pago pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) à atleta. Entendeu? Espero que sim...  

R$ 226 mil pro "Leão"

Antes de calcularmos o rendimento, é preciso levar em conta que o desconto do Imposto de Renda deverá ser de R$ 226.265,03. Uma "bocada" do Leão de quase 27,5%. Assim, ela terá em mãos R$ R$ 599.734,97 para usar. Esse é o valor de base que vamos usar nos exemplos.

Renda Mensal

FIIs - Uma ótima classe de ativos para geração de renda é a dos Fundos Imobiliários que conta com pagamentos mensais regulares de proventos. Estes valores, que simulam os aluguéis de imóveis, ainda contam com a vantagem de isenção de imposto. Para definir o valor de 0,8% do patrimônio a ser pago mensalmente (ou 9,58% ao ano), tomei como base a carteira recomendada de FIIs do Ricardo Schweitzer.

Tesouro Selic - Ótimo para reserva de emergência e com muita rentabilidade por conta da manutenção da Selic em 10,5% ao ano. Vale ressaltar que para esta renda mensal, a Rebeca teria que resgatar mensalmente os juros, que tem incidência da tabela regressiva de Imposto de Renda (de 22,5% a 15%, dependendo do período investido). 

Tesouro IPCA + 6% - Levando em conta a taxa oferecida nesta terça-feira (06/08) para o Tesouro IPCA+ 2035 com juros semestrais, que é de 6% além da inflação, e a inflação em 4% (patamar atual), a rentabilidade anual é de 10%. Como os juros são pagos a cada 6 meses, dividi o valor líquido (após desconto de IR) de cada pagamento em seis parcelas.

Poupança - A aplicação mais tradicional e conhecida do brasileiro é a que rende menos neste cenário. Apesar de ser isenta de qualquer imposto, a rentabilidade da Poupança é de 70% da Selic, com limite de 6,17% ao ano. Por conta disso, rende sensivelmente abaixo dos investimentos que oferecem 100% do CDI que, em caso de desconto máximo do IR, ainda retornam 77,5% "limpo".   

Mas, atenção...

Vale ressaltar que esses exemplos, mesmo completamento factíveis, são hipotéticos e não devem ser tomados como garantia de rentabilidade. Além disso, não levam em conta a inflação futura que, reduz o poder de compra ao longo do tempo e, por isso, o ideal é que parte dos juros e proventos sejam reinvestidos para compensar esse efeito.

Por Arthur Lessa 02/08/2024 - 12:30

Ser empreendedor, principalmente no Brasil, é um ato de coragem e, tanto quanto, dedicação. E essa dedicação normalmente é apresentada em turnos de 16 ou 18 horas de trabalho diário e participação ativa, com "mão na massa", em todos os setores da empresa. O que normalmente é visto com bons olhos pode, na verdade, ser a âncora que impede o crescimento de uma negócio.

"Esses donos de empresa são centralizadores e fazem um trabalho operacional. E pelo fato de serem centralizadores e fazerem um trabalho operacional, ele se torna gargalo do negócio", explica Marcelo Germano, mentor de negócios e fundador do Programa EAG - Empresa Autogerenciável, que estará em Criciúma no dia 8 de agosto com o Workshop EAG Presencial.

Germano defende que, ao contrário do que imaginamos quando se fala de empreender, muitas horas de trabalho do empresário não são uma rotina sustentável no longo prazo, seja para a pessoa, seja para a empresa. Segundo ele, é preciso sair do operacional e focar no trabalho estratégico, definindo as metas, objetivos, necessidades e processos, gerando valor para o negócio. E, para isso, o empresário precisa ter tempo para pensar, estudar e analisar.

Esse é um dos pontos principais apresentados na entrevista que Marcelo Germano concedeu ao 60 Minutos. Confira a entrevista na íntegra no vídeo abaixo

 

Por Arthur Lessa 24/06/2024 - 09:59 Atualizado em 24/06/2024 - 10:05

Em um exemplo indiscutível de "se não pode vencê-los, una-se a eles", a Magazine Luiza comunicou, na manhã desta segunda-feira, o acordo firmado com a chinesa Aliexpress para venda de seus produtos no marketplace da varejista brasileira, além do seu próprio.

Além de o Aliexpress, do grupo Alibaba, passar a vender seus produtos na "vitrine" da Magalu, esta passará a oferecer produtos do seu estoque próprio na plataforma brasileira do Aliexpress.

Confira o comunicado da Magazine Luiza

COMUNICADO AO MERCADO

MAGAZINE LUIZA S.A. (“Companhia” ou “Magalu”) vem a público comunicar aos seus acionistas e ao mercado em geral que celebrou um acordo com o Aliexpress, plataforma de marketplace internacional do Alibaba International Digital Commerce Group (“Aliexpress”), para a listagem e venda de seus produtos em ambos os marketplaces.

O Aliexpress passará a vender como seller do marketplace do Magalu (3P), oferecendo milhares de itens da sua linha Choice – serviço de compras premium, incluindo produtos com o melhor custo-benefício e velocidade de entrega.

Serão disponibilizados produtos das mais diversas categorias, totalmente complementares às disponíveis atualmente no e-commerce do Magalu. Com isso, a Companhia amplia de forma significativa o sortimento oferecido, acelerando a sua estratégia de diversificação de categorias e de aumento da frequência de compra. Os pedidos realizados no Magalu serão importados por meio do programa Remessa Conforme, impulsionando a operação cross border da Companhia.

Ao mesmo tempo, o Magalu oferecerá produtos do seu estoque próprio na plataforma brasileira do Aliexpress, também complementando o sortimento oferecido por eles. Serão vendidos, inicialmente, itens das categorias de bens duráveis, nas quais o Magalu é líder de mercado no Brasil, com capilaridade logística e multicanalidade, fortalecendo também as vendas do e-commerce com estoque próprio (1P) da Companhia. 

A parceria potencializa duas das maiores audiências do e-commerce brasileiro, com mais de 700 milhões de visitas mensais nas duas empresas, e possibilita que o consumidor final tenha acesso a um amplo portfólio de produtos, com curadoria e serviço de qualidade. 

Um acordo desse tipo é inédito para ambas as empresas. É a primeira vez que o Alibaba, por meio do Aliexpress – uma das maiores empresas de e-commerce do mundo – faz um acordo estratégico com uma empresa fora da China. Para o Magalu, é a primeira vez que seus produtos serão listados e vendidos por meio de outra plataforma de marketplace.

São Paulo, 24 de junho de 2024.

Roberto Bellissimo Rodrigues
Diretor Financeiro e de Relações com Investidores

 

Por Arthur Lessa 14/06/2024 - 12:24 Atualizado em 14/06/2024 - 14:20

No mercado desde 2007, a TRX Investimentos é uma gestora que chama atenção pelo foco. Ao contrário de outras assets, que contam com vários fundos de investimento no portfolio, muitas vezes em setores e mercados diversos, a equipe da TRX foca em apenas um: o fundo imobiliário (FII) TRX Real Estate (TRXF11).

O TRXF11 é registrado como um fundo híbrido, que pode investir em diversos tipos de ativo, mas atualmente tem boa parte do patrímonio investido em imóveis locados para empresas varejistas dos setores de supermercado, atacado e material de construção.

Para entender melhor a estratégia e as rotinas de gestão da TRX e do TRXF11, conversei com Gabriel Barbosa, gestor, sócio e membro do comitê de investimentos da gestora. Entre os destaques da conversa estão o foco em um único fundo e a escolha pelo setor do varejo.

Por Arthur Lessa 12/06/2024 - 11:46 Atualizado em 12/06/2024 - 11:47

Uma questão que incomoda muitos pais investidores é "como e quando tratar de dinheiro com os filhos".

Eu tenho passado por isso também. E algo que aprendi com a minha pequena de 10 anos é a importância de separar os conceitos de Matemática, Economia e Juros Compostos.

A Economia e, principalmente, a Matemática, por ser matéria de escola e não ser tangível, causam reação negativa e impedem que a cabeça esteja aberta para o dois conceito mais interessante (e importante) deles: os Juros Compostos. Não mostre no papel, com fórmulas, como os investimentos multiplicam patrimônios. Mostre da maneira mais palpável e concreta que for possível.

Plantando dinheiro

Um exemplo que eu gosto muito é mostrar como uma fruta, quando plantada, cria uma “máquina” de gerar mais frutas. Depois você explica que a semente é o dinheiro que você deixou de gastar (comer) e investiu (plantou).

Assim como acontece no início da jornada de investimento, no primeiro momento você não vê nada sendo criado. Nem mesmo a fruta original, que está plantada embaixo da terra.

Demora alguns dias, no caso de um pé de tomate-cereja, por exemplo, pra aparecer o primeiro raminho verde furando a terra. A partir daí, devagar e sempre, a criança acompanha o crescimento da planta. E, um tempo depois, entre dias de folhas mais firmes e outros de folhas mais murchas, essa mesma planta começa a mostrar seus dividendos. Digo… Seus frutos.

É lúdico. É simples. É divertido. É educativo.

E, como numa boa carteira de investimentos, para que esse processo dê certo é preciso cuidado, seja regando e oferecendo sol à planta, seja reinvestindo e estudando seus investimentos.

Por Arthur Lessa 03/06/2024 - 12:58 Atualizado em 03/06/2024 - 13:05

Mesmo com a oportunidade de investir nas principais empresas do mundo, como Google, Facebook, Amazon e Apple, são poucos os brasileiros que quebram as fronteiras e se "aventuram" nas bolsas americanas NYSE e Nasdaq. Mas por que?

Para aprofundar essa questão e quebrar alguns preconceitos e paradigmas, conversei com com Will Castro Alves, Estrategista-Chefe da Avenue, corretora norte-americana fundada por e para brasileiros investirem diretamente nos EUA.

Confira a entrevista completa abaixo

 

Por Arthur Lessa 18/04/2024 - 12:55 Atualizado em 24/04/2024 - 09:26

Você dedicaria um sábado para melhorar o seu futuro?

É com esse objetivo que lançamos a segunda edição do meu curso Reeducação Financeira - Aprenda a cuidar do seu dinheiro (para sempre), que acontece no dia 11 de maio, das 8h às 18h, no Auditório do Ed. Due Fratelli.

As inscrições estão abertas na plataforma Sympla e o valor pode ser parcelado em até 12x.

>>> SAIBA MAIS E INSCREVA-SE AQUI

O Curso 

O curso Reeducação Financeira é dividido em dois módulos:

O Módulo 1 - Cuide bem de seu dinheiro (manhã) é baseado em conceitos de Finanças Comportamentais e Psicologia Financeira, com o objetivo de reforçar a necessidade de ter controle financeiro, seguindo para a apresentação de armadilhas e ferramentas que auxiliam a melhor relação do indivíduo com seu dinheiro.

No Módulo 2 - Como e onde investir (tarde) são apresentados os três pilares da construção de patrimônio: aumentar as receitas, manter a consistência e investir bem, sendo este último ponto explicado em detalhes, com tipos de investimento, suas características e objetivos na formação de criação de patrimônio e geração de renda passiva.

Por Arthur Lessa 21/03/2024 - 17:18 Atualizado em 21/03/2024 - 17:30

Faz alguns dias que vi uma notícia de um projeto de lei que previa desconto no IPTU para quem adotasse um animal de rua. Segundo o autor da proposta, essa seria uma solução para o problema de muitos animais de rua no município.

Ao analisar essa ideia, lembrei instantaneamente de um tema que já tratei no Toda Sexta anos atrás: o Efeito Cobra, que acontece quando, como diriam os antigos, “a emenda fica pior que o soneto”.

A expressão, que não é nada autoexplicativa, é baseada num caso registrado há muitos anos na Índia. O governo britânico estava preocupado com a situação de Déli, que sofria com a superpopulação de cobras venenosas. A solução posta em prática foi simples: oferecer uma recompensa em dinheiro para os cidadãos por cada cobra que matassem.

Num primeiro momento a medida se mostrou bastante eficiente, com um grande volume de cobras sendo entregues em troca do pagamento. Se parasse por aí, seria um exemplo perfeito de um negócio de “ganha-ganha”, com o governo resolvendo o problema e a população engordando um pouco o orçamento. Mas não parou por aí...

Chegou um momento em que a receita proveniente desta nova atividade foi diminuindo, tendo em vista que havia cada vez menos cobras nas ruas e, portanto, menos delas para serem entregues mortas. Assim, alguns empreendedores tiveram a grande ideia de criar demanda, que nesse caso, foi criando cobras para depois matá-las.

O governo não gostou nada dessa nova "atividade empresarial" e encerrou o programa. Adivinha o que aconteceu...

Os criadores soltaram as cobras nas ruas, já que não valiam mais nada. Com isso, o governo gastou caminhões de libras esterlinas e o problema, que deveria ter sido resolvido, ficou maior do que antes.

É isso que acontece quando medidas populares (e, muitas vezes, populistas) são tomadas sem que se analise todas as possíveis consequências. Além de não resolver um problema, pode aumenta-lo.

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