Se havia alguma dúvida sobre a candidatura do senador Dário Berger à presidência estadual do MDB, a entrevista de hoje para a radio Som Maior, de Criciúma, tratou de eliminar. Berger falou como candidatíssimo ao comando do partido e ao governo em 2022.
Ele disse que se for para o MDB voltar a ser o MDB dos tempos de Uysses, de mobilização nas ruas e compromisso com as bandeiras da população, está disposto a assumir a presidência da executiva estadual.
"Mas, se for para ser o partido dos conchavos, apegado aos cargos e empregos públicos, de fazer negociatas, não contem comigo", arrematou.
Berger não admite qualquer vinculo com o governo do Comandante Moisés e defedeu expulsão dos filiados que tiverem cargo no governo.
"Vamos apoiar o governo no que entendermos bom para o estado, mas não seremos do governo, não vamos para dentro. O filiado que estiver ocupando ou for ocupar cargo no governo, terá que se desfiliar ou pedir licença. Se não fizer nem uma coisa, nem outra, será expulso".
O senador é apoiado pelo grupo liderado pelo atual presidente, ex-deputado Mauro Mariani, para assumir a presidência a partir de maio e preparar candidatura ao governo em 2022.
A disposição de Berger representa seria ameaça ao projeto do ex-governador Eduardo Moreira de assumir o partido. Também porque Berger é senador, tem visibilidad, enquanto Eduardo está sem mandato.
Por sinal, os filiados do MDB que ocupam cargos do governo Moisés, e que Berger está ameaçando com expulsão, são todos aliados de Eduardo Moreira (faziam parte do seu governo).