Antes da operação de hoje do Gaeco, para cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão, a promotora Caroline Eller pediu também o afastamento de secretários municipais de Criciúma.
A decisão só seria tomada depois do cumprimento dos madados de busca e apreensão.
Na operação de ontem, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na prefeitura, na casa do empresário Akilson Barbosa e nas suas empresas (cinco endereços).
Foram recolhidos principalmente celulares, computadores e documentos.
O Ministério Público, pela promotora Caroline Eller, investiga o caso desde 2019. Tem muitas horas de gravacões de conversas interceptadas com autorização judicial.
Aém dos crimes licitatórios, são investigados também supostos crimes contra a Administração Pública, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal, além de atos de improbidade administrativa, envolvendo agentes públicos.
O entendimento é que o grupo criminoso investigado teria sob sua administração várias empresas, que, além de concorrerem entre si em diversas licitações no Município de Criciúma, obtinham, por meio de servidores públicos, facilidades em alguns processos licitatórios, mediante a participação na elaboração dos projetos.
Com o domínio dos objetos licitados, o grupo participou de ao menos sete licitações no Município de Criciúma nos anos de 2019 e 2020 e de maneira fraudulenta venceu os certames. Os contratos obtidos pela organização criminosa, nessas condições, superaram o valor de r$ 20 milhões.
Akilson Barbosa trabalhava antes em uma empresa do segmento que prestava serviços à pefeitura de Criciúma. Ele saiu, montou a sua própria empresa, e passou a ser o prestador de de serviço da prefeitura.