Se a intenção (ou uma das intenções) da direção estadual do PSL na suspensão dos mandatos dos quatro deputados estaduais dissidentes era mudar membros da CPI dos Respiradores, bateu na trave.
O regimento interno da Assembléia Legislativa não prevê substituição de membros de CPI depois de constituída.
Sendo assim, os deputados Sargento Lima e Felipe Estevão, mesmo suspensos pela direção do PSL, vão continuar na CPI.
Sargento Lima, inclusive, é o presidente.
A CPI tem nove membros e sete são de oposição ao governo Moisés.
Com a suspensão dos deputados, dirigentes do PSL passaram a sustentar que eles não poderiam mais representar o partido na CPI.
Se fosse assim, abriria para a possibilidade de o governo Moisés tentar alterar a correlação de forças na CPI.
Alem disso, o deputado Valdir Cobalchini, MDB, alinhado ao Governo, tentou ser o presidente da CPI, mas foi convencido a abrir mão em favor do Sargento Lima.
Sem Lima, ele deveria voltar à carga.
Mas, não vai.
Tudo continuará como está na CPI. Maioria de oposição, e depoimentos sendo colhidos (ou pautados) que vão ampliando a crise.