Antes que a Assembléia Lesgilativa receba o pedido de impeachment do governador Carlos Moisés, a Câmara de Vereadores de Biguaçu passa a tratar do pedido de cassação de mandato do secretário da Casa Civil, Douglas Borba.
Cassação do seu mandato de vereador em Biguaçu.
Um dos argumentos, inclusive, é que ele não poderia ter se licenciado do mandato para assumir a secretaria de estado. Teria que ter renunciado.
O documento foi protocolado agora a pouco na secretaria da Câmara de Biguaçú pela vereadora Salete Cardoso.
Ela tomou a iniciativa a partir das especulações que secretário da Casa Civil, que está sendo denunciado no escândalo dos respiradores, possa pedir exoneração do cargo (ou ser exonerado) e reassumir a cadeira na Câmara de Vereadores.
Na justificativa ao pedido de cassação de mandato, a vereadora relaciona também outras acusações feitas contra Borba, além do seu envolvimento no caso da compra dos respiradores, que envolveu pagamento "adiantado" de r$ 33 milhões.
Nas conclusões, ela sustenta:
"Douglas Borba se tornou o epicentro da crise do Governo Carlos Moisés, por ser o elo de ligação entre os contratos em que se investiga prática de crimes de corrupção, dentre outros, sendo questão de repercussão publica e que traz prejuízos não só ao decoro do Governo do Estado de Santa Catarina, mas também atinge a cidade de Biguaçu que teve sua grande oportunidade junto ao Governo do Estado e não é ‘aproveitada’ para o bem comum, mas atendendo interesses repugnantes e vergonhosos. Douglas Borba chega a ser comparado a Paulo César Farias (PC Farias)".
A denúncia, com pedido de cassação, deverá ser lida na primeira sessão ordinária e submetida a sua aceitação ao plenário da Câmara de Biguaçú, nos termos do artigo 103, do Regimento Interno.
O pedido de impeachment do governador Carlos Moisés, montado pelo deputado Mauricio Eskudlark, será protocolado na terça-feira.
Já existem outros cinco pedidos na Assembléia, mas o de Eskudlark é considerado o mais "ameaçador".
Eskudlark diz que está com tudo pronto e que iria protocolar hoje, mas como o presidente e o vice da Assembléia estão viajando, e todos os deutados também estão fora da Capital, ele preferiu transferir para terça-feira, com o plenário lotado.