Sei que ando falando demais de política, de eleição, nem todos gostam.
Só que se não falar de política agora, a caminho da eleição, falar quando?
E em época de eleição, de eleição é preciso falar.
Para esclarecer, contar, informar, traduzir.
Mas, para não dizer que só falo de política, e de eleição, peço licença para a doutora Débora Zanini para me apropriar do seu texto publicado no 4oito.
Ela escreve sobre a inveja.
E sobre os invejosos.
Ela começa assim: “A reflexão de hoje é sobre a inveja.
Estava eu lendo coisas aleatórias, quando me deparei com a parábola da serpente e do vaga-lume.
Vou resumi-la:
Era uma vez uma cobra que perseguia um vaga-lume, dias a fio.
Já sem forças para fugir, o vaga-lume, antes de ser devorado, pediu à cobra o direito de lhe fazer três perguntas. A serpente consentiu.
Indagou o vaga-lume:
– Pertenço a sua cadeia alimentar?
– Não. Respondeu a cobra.
- Te fiz alguma coisa?
– Não. Disse a cobra.
– Então, por que você quer me devorar?
E a cobra respondeu: – Porque eu NÃO suporto ver você BRILHAR!!
Que sentimento horrível, não?
Dos sete pecados capitais (gula, avareza, luxúria, ira, inveja, preguiça e orgulho), classifico a inveja como um dos piores, talvez o pior de todos eles.
E o mais curioso é que o invejoso nada mais é senão um grande admirador do invejado.
O invejoso quer ter aquilo que o invejado tem: sua aparência, sua personalidade, sua inteligência, seu emprego, sua vida.
Em outras palavras: o invejoso quer SER o invejado. E, como não consegue, passa a odiá-lo.”
E o seu texto vai adiante.
Para concluir assim: “E não esqueçam: Quem tem luz própria só incomoda quem está no escuro.”
E nada mais a dizer.
Não precisa.
Ouça o editorial completo: