Terminou nesta segunda-feira, 15, o prazo para adesão de empresas excluídas do Simples Nacional ao Refis. "Esse pedido a um retorno especial de regime de tributação nos traz esperanças para os 27 mil pequenos empreendedores, para repactuação dos seus débitos", comentou o presidente nacional do Sebrae, Carlos Melles, em entrevista ao programa Ponto Final da Rádio Som Maior.
"O propósito é geração de empregos, tirar pessoas da informalidade. Essa foi uma barbeiragem do governo em não deixar que os micro e pequenos empresários continuassem a ser empreendedores. Foi uma pena. Estamos fazendo todo o esforço para dar resultados agora", afirmou Melles, que foi deputado federal e ministro do Esporte e Turismo no governo Fernando Henrique Cardoso entre 2000 e 2002.
Entre os motivos que tiraram muitas empresas do Simples Nacional, está a mais grave e recente crise econômica. "A crise de 2014 e 2015 onde aproximadamente 600 mil empresas fecharam pela situação econômica e empregabilidade do país", recordou o presidente. "As micro e pequenas empresas são as que mais empregam e mais demoram a demitir. Esse Refis teria ajudado muito, mas faltou sensibilidade de alguns segmentos que dificultam, daí você fica sem a geração de emprego e renda", enfatizou.
Melles vê com otimismo a reforma da Previdência, cujo texto-base foi aprovado em primeiro turno na semana passada pela Câmara Federal. "Vendo com muito otimismo. O Sebrae está preparado para esse destravamento das reformas. A gente torce que o país comece a recuperar. Não vai ser da noite para o dia, mas o Sebrae está preparado não só na qualificação das pessoas, para estarem aptos a preencher as vagas, e hoje falta muita qualificação, mas estamos otimistas e responsáveis pois sabemos que o Sebrae será as pernas do governo nessa retomada da economia. Isso traz responsabilidade e satisfação também", completou.
A entrevista do presidente Carlos Melles, do Sebrae, foi um dos destaques do Ponto Final desta segunda-feira. Confira no podcast: