Na noite dessa terça-feira, 22, a Comissão Processante que poderia culminar na cassação do prefeito de Urussanga, Luís Gustavo Cancelier (PP), foi rejeitada na Câmara de Vereadores de Urussanga, por cinco votos a quatro. Porém, o partido do mandatário afastado decidiu que o vereador que votasse a favor da comissão seria expulso do partido e perderia o mandato. O presidente da Casa, vereador Odivaldo Bonetti (PP) já havia anunciado o seu voto favorável, mas decidiu seguir a orientação da sua agremiação.
Em entrevista ao Programa Adelor Lessa desta quarta-feira, 22, Bonetti lembrou seu posicionamento favorável, mas, por respeito ao partido, votou contra. “Nasci no PP e eu respeito a agremiação. Quando foi fechada essa questão [expulsão e perda de mandato para quem votasse a favor], eu votei seguindo a orientação do partido”, afirmou ele.
“O tempo vai mostrar os desdobramentos. Isso foi algo que nunca aconteceu na história de Urussanga. Mas, o trabalho continua e eu vou continuar fazendo meu trabalho como sempre fiz. Quero deixar claro que não temos acesso à íntegra do processo. A partir do conhecimento do processo, nada impede que a comissão volte a ser instaurada, o que não quer dizer que vai acontecer”, disse Bonetti.
Ainda ao programa, o vereador da oposição, Luan Varnier (MDB), disse que o ocorrido no Legislativo da cidade foi um dos piores momentos da história de Urussanga. “Eu nunca imaginei que a Câmara fosse impedida de fazer o seu trabalho, mas saímos de lá com a cabeça erguida. O nosso trabalho continuará normalmente, os vereadores que votaram favoravelmente vão continuar leais aos seus leitores. Nós temos que deixar claro que em nenhum momento a comissão seria instaurada e que o prefeito seria afastado. A gente só queria ter acesso ao relatório da Polícia Federal sobre os desvios”, afirmou.