Nos últimos três jogos, o técnico Paulo Baier manteve a mesma estrutura no Tigre, com apenas uma troca no time titular por lesão: a saída de Arilson para a entrada de Eduardo. Nesse período, o Criciúma teve uma vitória, um empate e uma derrota, a primeira na Série C, por 3 x 1 contra o Botafogo, na última segunda-feira. Dar sequência ao time tem sido a estratégia do treinador, algo que acontecia nos tempos de Próspera.
Para a partida contra o Mirassol, neste sábado, 17, às 11h, a perspectiva do Tigre é voltar a pontuar para manter-se no G-4. Segundo Baier, em coletiva após a derrota contra o Botafogo, detalhes precisam ser corrigidos na equipe. "A gente tem que corrigir algumas coisinhas, mas em relação a isso é fácil. Agora é dar confiança para os atletas, passar a energia boa que a gente tá tendo. Uma hora a gente ia perder", disse o técnico.
Na Série C, o Tigre é o vice-líder do Grupo B, com 14 pontos. No entanto, tem o oitavo pior ataque entre os 20 clubes da divisão - sete gols marcados em sete jogos. Na avaliação do técnico, a criação não tem sido um problema para o Criciúma. "Não está faltando (objetividade nas conclusões), tanto que estávamos líder. Criamos e buscamos gols. Agora é ter tranquilidade, não tem que fazer fumaceira porque perdeu um jogo", minimizou Baier.
Baier não deu pistas sobre alterações no time para a partida contra o Mirassol. Após o jogo contra o Botafogo, o técnico analisou a situação de ter um extrema de mais velocidade - vem atuando com o meia-atacante Fellipe Mateus de um lado, que tem característica de cortar para o meio para armar as jogadas, e com Hygor de outro, atacante de maior porte físico e menos jogada de um contra um.
Segundo Baier, ter um extrema de mais velocidade pode dar mais criação ao time "Também acho (que o time pode ter mais criação), mas cabe a estratégia de jogo. O Hygor não esteve tão bem (contra o Botafogo). O Gabriel Henrique entrou muito bem, com velocidade. É esse Gabriel que a gente gosta de ver, que vai para cima e com perna rápida", analisou.
Além de Gabriel, o técnico optou também por Maranhão no segundo tempo, recuando Dudu Figueiredo para a função de volante construtor e centralizando Fellipe Mateus no meio-campo. Uma variação que, com o time vencendo os jogos, não tinha sido vista até então.
Dentre as opções de lado no ataque, Hygor tem sido o mais utilizado, titular em seis jogos - é titular desde a sua chegada - e apenas um gol marcado. Fellipe Mateus também tem sido titular, esteve fora apenas quando lesionado; em seis jogos, fez o primeiro gol contra o Botafogo, em cobrança de falta.
No banco, as principais opções têm sido Maranhão e Gabriel Henrique. PH, que começou a Série C como titular, perdeu espaço, assim como Pedrinho, que não viajou a Ribeirão Preto porque está com Covid-19. Minho ainda não estreou com a camisa do Tigre.
O elenco segue no interior paulista; após o jogo contra o Botafogo, foram três dias de treino em Ribeirão Preto; na tarde de quinta-feira, a delegação partiu para São José do Rio Preto, onde está concentrada, com treino nesta sexta-feira no CT do Mirassol, véspera da partida da oitava rodada.