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Caso de racismo é registrado em jogo do Campeonato Gaúcho

Atacante do Caxias afirma que ouviu injúrias raciais desferidas por um torcedor do São Luiz

Por Denis Luciano Ijuí, RS, 10/03/2020 - 16:14 Atualizado em 10/03/2020 - 16:20
Atacante Tilica no jogo desta segunda / Foto: Pedro Brikalski / Especial / Gaúcha ZH
Atacante Tilica no jogo desta segunda / Foto: Pedro Brikalski / Especial / Gaúcha ZH

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São Luiz e Caxias enfrentavam-se na noite desta segunda-feira, 9, no estádio 19 de Outubro, em Ijuí, em confronto da primeira fase do Campeonato Gaúcho. Até que uma confusão aconteceu pouco antes dos 40 minutos do segundo tempo. Substituído, o atacante Tilica, do Caxias, foi para cima de torcedores do São Luiz tirar satisfações. Ele alega que reagiu a agressões de cunho racista - teria sido chamado de macaco -, e que recebeu cusparadas de pessoas presentes em um dos setores da torcida do time da casa. Os agressores não foram identificados. O Caxias venceu o jogo por 2 a 1.

Colega de time comenta

"Pelo fato de ser companheiro de clube dele, e também negro, revolta bastante", reclamou o centroavante João Paulo, também do Caxias, em entrevista à Rádio Caxias. "Você viu na hora, o quarto árbitro estava do lado, você também, eu gritei avisando, ofenderam o Tilica chamando o cara de negro", disse, referindo o repórter que testemunhou o fato. "Isso é futebol, mas faltar com o respeito em um trabalho, porque isso é um trabalho, minha família depende disso, em um local onde envolve famílias, indiretamente, eu acho que é muito feio, é revoltante, não só para quem estava ali e não agiu corretamente, o corretamente seria identificar esse senhor que tomou essa atitude errada. Infelizmente o mundo está cheio dessas pessoas bossais, e que tem falta de inteligência", lamentou João Paulo.

O atacante lembrou a maioria negra da população brasileira para repudiar ainda mais o episódio. "Se a gente pesquisar, a maioria da população do Brasil é negra e nem todo mundo tem as mesmas oportunidades, e nem todos agem com respeito com ambas as partes. Isso é vida, quando eu saí de casa meu pai falou que eu tinha que ser três vezes melhor para chegar em algum lugar, pelo simples fato de ser negro. Já fui em países onde teve genocídios, assassinatos e tudo, e nunca vi uma falta de respeito. Fui na Alemanha e nunca foi tão bem tratado, um país que tem história de racismo e intolerância, nunca fui tão bem tratado lá", comentou o jogador. "É revoltante. Tem que respeitar o Tilica por o Tilica ser um ser humano que está fazendo o trabalho dele, é do bem, estamos aqui para trabalhar. Futebol tem três resultados, saímos com a vitória, se ele não está feliz, só lamento", arrematou.

O Caxias manifestou-se pelas redes sociais. Confira:

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