Caso suspeito de paralisia infantil acende alerta para importância da imunização

A Poliomielite, também conhecida como Paralisia Infantil, é considerada erradicada no Brasil desde 1989, mas na última terça-feira (4), um menino de três anos em Belém, no Pará, apresentou um quadro suspeito da doença. Em Criciúma, somente nove mil crianças de até quatro anos tomaram a vacina, número considerado abaixo do esperado.  

O gerente de Vigilância em Saúde de Criciúma, Samuel Bucco, explica que a única explicação para a doença ter voltado após 30 anos é a baixa cobertura vacinal. “A cidade de Nova York declarou situação de emergência por conta dos casos de Poliomielite e, como temos um grande relacionamento com os Estados Unidos por conta de negócios, temos que manter o esquema vacinal em dia”, comenta.  

Há dois meses, a Capital do Carvão realizou periodicamente diversas campanhas para a realização da vacina de Poliomielite. “Não atingimos a meta, faltaram cerca de 1,8 mil crianças para atingirmos 100%”, detalha Bucco.

A campanha contra a Paralisia Infantil encerrou, mas os pais que querem vacinar seus filhos, ainda podem ir aos postos de saúde em busca do imunizante.  

O gerente de Vigilância em Saúde ainda ressalta que dois fatores que agravaram a situação. A primeira, foi que com a vinda da pandemia, muitos criaram o sentimento de anti-vacina e, o segundo fator, foi a falta de contato com a doença. 

Poliomielite atinge também os adultos?

Embora ocorra com maior frequência em crianças, a Poliomielite também pode ocorrer em adultos que não foram imunizados. Por isso, é fundamental ficar atento às medidas preventivas, como: lavar sempre bem as mãos, ter cuidado com o preparo dos alimentos e beber água tratada. 

Quais são os sintomas? 

Os sinais e sintomas da poliomielite variam conforme as formas clínicas, desde ausência de sintomas até manifestações neurológicas mais graves. A poliomielite pode causar paralisia e até mesmo a morte, mas a maioria das pessoas infectadas não fica doente e não manifesta sintomas, deixando a doença passar despercebida.

Os sintomas mais frequentes são: 

• Febre;

• Mal-estar; 

• Dor de cabeça; 

• Dor de garganta e no corpo; 

• Vômitos; 

• Diarreia;

• Constipação (prisão de ventre); 

• Espasmos; 

• Rigidez na nuca; 

• Meningite. 

Na forma paralítica ocorre: 

• Instalação súbita de deficiência motora, acompanhada de febre;

• Assimetria acometendo, sobretudo a musculatura dos membros, com mais frequência os inferiores; 

• Flacidez muscular, com diminuição ou abolição de reflexos profundos na área paralisada; 

• Sensibilidade conservada; 

• Persistência de paralisia residual (sequela) após 60 dias do início da doença.