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Casos de ansiedade e depressão aumentam expressivamente; Saiba como procurar ajuda

Com a pandemia, pessoas passaram a viver em modo de alerta

Por Roberta Martins Criciúma, SC, 17/07/2022 - 11:30 Atualizado em 17/07/2022 - 11:35
Foto: Arquivo/ 4oito
Foto: Arquivo/ 4oito

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Fadiga, inquietação, tristeza e desanimo. Esses são apenas alguns sintomas de quem sofre com ansiedade ou depressão. Com a chegada da pandemia da Covid-19, as pessoas passaram, em parte, a viver em modo de alerta e inseguras com sua própria vida. De acordo com Organização Mundial de Saúde, a OMS, a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25%.  

A própria mudança de rotina e insegurança ou medo, hábitos alimentares diferentes e falta de atividade acabaram gerando uma série de fatores externos que serviram como influenciadores para o aumento das doenças.  

“Noto um aumento significativo em crianças e adolescentes no retorno para a escola e a dificuldade de se realocar nas amizades e na rotina novamente. Sendo observado muitos com ansiedade social e crises ao interagir com pessoas”, comenta a psicóloga especialista em terapia cognitiva comportamental, Camila Goularte. 

Como ajudar pessoas com esses quadros

“Nos casos de depressão, tomar cuidado com uso abusivo de medicações e bebidas. Se tiver risco de suicídio, ficar sempre em alerta e em companhia da pessoa”, ressalta Camila. 

Auxiliar o paciente a voltar a rotina de prazer aos poucos também é de grande ajuda, explica a psicóloga, "Ele não vai conseguir ser 100% de uma vez só. Mas, muitas vezes, agradecer e elogiar que conseguiu sair da cama, visitar alguém, ou mesmo organizar seus objetos”, destaca. 

Além disso, incentivar a ida ao psicólogo e, se necessário, psiquiatra, já que é comprovado que tanto a depressão, como a ansiedade, trazem alterações neurológicas, como a falta de serotonina, por exemplo, que auxilia na saúde mental das pessoas. 

Quando se trata de casos de ansiedade, mostrar-se interessado e presente na vida da pessoa, nem que seja para ouvir ou ajudar em alguma dificuldade básica já fará diferença.  

“Eles ficam sensíveis a muitas coisas e, quando dizem ter a sensação de que irão morrer em uma crise, realmente a sensação é essa, então precisa ser paciente”, acrescenta Camila.

Além disso, é importante evitar generalizar o sintoma. Cada pessoa sente uma intensidade diferente. Assim como, evitar deixar frases incompletas ou assuntos para depois. Isso faz com que a mente de um ansioso crie várias suposições, a maioria negativas, e isso também aumenta os sintomas. Além disso, psicoterapia e psiquiatra, quando grave, é necessário. 

Canais de apoio

Existem inúmeros canais de apoio para pessoas com ansiedade e/ou depressão. “Para psicoterapia e psiquiatria, sugere-se profissionais capacitados para a demanda. Pode ser encontrado tanto de forma particular, quanto pelas universidades ou espaços promovidos pelo SUS. Quando gratuito, avaliar a urgência, pois dependendo o caso, esperar muito tempo pode aumentar o risco do transtorno na pessoa, gerando mais prejuízos a sua saúde mental”, sugere Camila.

“Em caso de depressão ou risco de vida, além dos profissionais de saúde, a CVV faz o suporte para acolhimento breve", pontua. “Alguns locais disponibilizam de terapia em grupo com queixas iguais (como ansiedade social) e também podem ser um canal de apoio”, finaliza a psicóloga.

Contatos para apoio às pessoas:

  • CVV – Centro de Valorização da Vida / 188;
  • CAPS II – Centro de Atenção Psicossocial / (48) 3445-8735;
  • CAPS III – Centro de Atenção Psicossocial /(48) 3403-3450;
  • SPAE – Serviço de Psicologia Aplicada Esucri / (48) 3431-3775;
  • NUPREVIPS – Núcleo de Prevenção às Violências e Promoção da Saúde UNESC / (48) 3431-2764;
  • CERES – Associação Criciumense de Apoio à Saúde Mental /(48) 3437-3655 | Horário: 13h30 às 17h30 www.ceressaudemental.org.br;
  • AA – Alcoólicos Anônimos /(48) 3433-0964.

Sintomas de depressão: 

  • Humor triste e deprimido; 

  • Culpa;  

  • Irritabilidade;  

  • Menos interesse ou deixar de fazer atividades prazerosas; 

  • Evitando pessoas;  

  • Se sentir inútil;  

  • Pensamentos suicidas ou de morte recorrentes;  

  • Falta de esperança no futuro; 

  • Baixa autoestima; 

  • Alteração no sono;  

  • Alteração na alimentação;  

  • Perda de libido.  

Sintomas da ansiedade: 

  • Nervosismo;  
  • Tensão muscular;  

  • Dor muscular;  

  • Inquietação;  

  • Cansaço fácil;  

  • Alteração na respiração;  

  • Coração acelerado;  

  • Tontura;  

  • Vertigem;  

  • Boca seca;  

  • Náusea;  

  • Diarreia;  

  • Problemas estomacais; 

  • Dificuldade de concentração; 

  •  Insegurança; 

  • Sempre em estado de alerta. 

Em relação aos sintomas, o profissional irá avaliar a gravidade de cada um. O tempo de duração e se há prejuízos significativos em sua vida pessoal, profissional e familiar/lazer para diagnosticar com o transtorno de fato. 

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