Os golpes pela internet vem tirando o sossego de muitas pessoas e com o passar do tempo os golpistas atualizam a forma de aplicar e criam novos golpes. Com a pandemia, o número de vítimas aumentou. A constatação é do delegado titular da 2ª Delegacia da Capital, Otávio Cézar Lima. Em entrevista ao programa Adelor Lessa desta terça-feira (15), o delegado informou que há praticamente 20 modalidades de golpes.
"Existem quase 20 modalidades de crimes nessa espécie. Com a pandemia, os golpes se acentuaram. Há o golpe do perfil falso, dos falsos links, do intermediador de vendas, do falso empréstimo, do nudez, enfim, diversos. As formas de modalidade já estão em uma cartilha da Polícia Civil à disposição da população no site oficial. Lá, tem a forma de não cair nos golpes, há instruções de prevenção. A cartilha é explicativa. Esse crime é de estelionato. É de difícil solução? Sim. Mas, através da experiência, temos buscado a resolução desses problemas", informa.
Otávio Cézar Lima alerta para dados pessoais nunca sejam repassados, sem antes checar quem está do outro lado. "Banco nenhum telefone para clientes pedindo dados pessoais. O cadastro pessoal não é permitido nem a polícia civil divulgar. Se alguém pedir seus dados, via telefone ou internet, já saibam que é um golpe. A informação antes de ser repassada precisa ser checada na fonte".
O delegado informa que há como chegar no golpista. "Hoje a DEIC tem um setor especializado e tem nos ajudado muito. Não é fácil chegar até o golpista porque normalmente são organizações criminosas, mas mesmo assim, estamos conseguindo ter êxito. Temos servidores na área de T.I, que descobrem o I.P da origem do golpe. Temos alguma dificuldade pelo número excessivo que consta na demanda, mas nunca desistimos", frisa ele.
A maneira mais rápida para alertar o cidadão a não cair em golpes cibernéticos é a informação. "Todo dia aparece alguém na delegacia denunciando algum golpe. Enquanto tiver gente que caia, os golpistas continuarão trabalhando. O que vocês da rádio estão fazendo é importante, ou seja, divulgar os modos operandi dos golpistas para que as pessoas tenham conhecimento e não caiam mais na lábia deles. Chama atenção que os crimes vão migrando de uma forma para outra. Em anos anteriores, era o sequestro mesmo. Depois essa forma mudou. Com a tecnologia, esse crime passou a ser de estelionato, mas de uma forma que não há crime violento. Porém, há sequelas para a vítima", finaliza.
Confira o podcast da entrevista do delegado Otávio Cézar Lima: