A movimentação criminosa que resultou no assalto da agência central do Banco do Brasil na madrugada desta terça-feira, 1, em Criciúma, ganhou destaque nacional e internacional. A ação chama a atenção justamente pelo comportamento dos criminosos que, de acordo com o coronel Márcio Cabral, foram muito organizados - mas que irão deixar pontas.
“Eu diria que é muito organizada. Extremamente organizada não, porque eles vão deixar pontas. Com certeza vão deixar, e a investigação vai pegar essas pontas. Tem muitos carros furtados, alguns comprados e alguns alugados que serviram de pontas para os vários modelos que vão se formar, e a investigação certamente chegará até eles”, disse.
Cabral destaca que o assalto certamente foi fruto de um grande planejamento por parte dos criminosos, para que a ação saísse com perfeição. Muitas pessoas questionam a ação da Polícia Militar por não ter atacado diretamente os criminosos, que fugiram, mas o coronel destaca o perigo que uma troca de tiros poderia trazer aos cidadãos.
“Os policiais agiram com muita prudência, porque mesmo que tivessem um poder de fogo elevado e um efetivo elevado naquele momento em que os fatos ocorreram, ir para o centro da cidade e trocar tiros com marginais faria com que, sem dúvidas, muitos inocentes fossem morrer, além de policiais. Pela dificuldade de entendimento de fato, rapidamente naquele momento”, pontuou.
Para o coronel, a decisão de deixar os assaltantes atentarem contra o patrimônio, para evitar trocas de tiro, e na sequência fazer o trabalho de investigações para busca de criminosos, foi sem sombra de dúvidas o certo a se fazer.
Armamento
Um dos fatos que chamou a atenção durante a ação dos criminosos foram as armas utilizadas para o assalto. “Era um armamento diferenciado. Só o fato de haver armas de maior calibre, como .50 ou armamento semelhante a bazuca, surpreende”, disse.
Os assaltantes ainda deixaram quatro explosivos no centro da cidade, os quais foram desarmados pelo esquadrão antibomba no período da manhã.