A decisão do Hospital São Donato (HSD), de suspender os serviços da sua maternidade a partir de 1º de maio, segue repercutindo. O secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, referiu em pronunciamento nesta sexta-feira as razões do Governo de Santa Catarina para o corte dos R$ 150 mil mensais, que resultam em R$ 900 mil reclamados pela instituição. Ele destacou que não há mais aval técnico para o repasse, já que a região é servida pelo Hospital Materno Infantil Santa Catarina (HMISC). Assista no vídeo a fala do secretário.
O diretor administrativo do HSD, Júlio César de Luca, reagiu com indignação em entrevista ao programa Ponto Final, na Rádio Som Maior. "Desde 2015 temos esse contrato, que a cada seis meses era renovado. Cabe lembrar que Lauro Müller, Urussanga, Morro da Fumaça e Nova Veneza fecharam suas maternidades, a única com plantão 24 horas além do Hospital São José era a do São Donato. A partir de dezembro o nosso convênio de custeio da maternidade foi incorporado à nossa contratualização junto ao Estado. A partir de então, não era preciso a autorização da CIR que o secretário fala. Está bem claro", respondeu. "O secretário está redondamente equivocado".
De Luca defendeu que, com o que é pago pelo SUS, não há condições de o HSD manter a maternidade. "É uma referência que atende toda a AMREC. Ele tem que chamar então o hospital, fazer um distrato e dizer que não tem mais interesse na maternidade. Daí vamos parar com o plantão. Quem assinou esse contrato conosco não foi uma pessoa, foi o Estado", destacou o diretor. "Isso tudo é de uma irresponsabilidade a toda prova", concluiu. Ouça a entrevista no podcast.