O desenvolvimento dos meios de produção ao longo do tempo foi o que impulsionou a produção industrial pelo mundo. Buscando a otimização dos processos, fomos do fordismo ao just in time e é sobre essa evolução que falaremos neste artigo.
Aqui, vamos abordar os principais métodos de produção do século 20 até chegar ao nosso presente. Nesse espaço de tempo, surgiram alguns sistemas de produção industrial de destaque, que foram responsáveis pela evolução dos meios de produção.
Confira abaixo como se deu a evolução dos meios de produção nos últimos 120 anos:
Taylorismo e fordismo
O taylorismo foi o sistema de produção industrial precursor no século 20. Criado por Frederick Taylor, apostava na especialização de tarefas para aumentar a produção.
Para Taylor, cada funcionário deve se especializar em apenas uma atividade. Assim, cada um recebia uma única função e teria uma única meta. Os mais produtivos seriam premiados pelo bom desempenho.
A principal desvantagem do taylorismo é que o trabalhador só sabia exercitar a sua função. Caso o responsável por alguma atividade adoecesse, por exemplo, nenhum outro funcionário poderia se responsabilizar pela atividade.
E foi do Taylorismo que surgiu o fordismo, criado por Henry Ford, ainda no início do século 20. Henry implementou esse sistema na fábrica de sua própria montadora, a Ford.
A principal mudança trazida pelo fordismo foi a instalação de esteiras na linha de montagem. Assim, o produto se deslocava pela esteira e cada trabalhador desenvolvia a sua função. Com isso, cada um fazia a sua parte, e isso diminuía o tempo gasto de produção, aumentando a produtividade.
Além disso, o fordismo possibilitou a produção em massa e isso diminuía o custo de produção, aumentando os percentuais de lucro. O fordismo foi um marco em meio às mudanças industriais do período.
Toyotismo
Semelhante ao fordismo, o toyotismo surgiu em meio à indústria automotiva. Esse sistema de produção foi implementado nos anos 70, na fábrica da montadora Toyota, no Japão.
Diferentemente de outros meios de produção, o toyotismo não focava na especialização, e sim na generalização. Nesse sistema, cada trabalhador sabia desenvolver diversas funções e isso otimizava o processo de produção, sendo bastante útil em imprevistos.
Volvismo
No fim do século 20, o volvismo surgiu como um modelo que visava organizar a produção industrial por meio do investimento para a qualificação de mão de obra. Assim como o fordismo e o toyotismo, esse modelo foi aplicado no setor automotivo, na fábrica da Volvo.
Este foi o principal sistema de produção que unia a execução manual de tarefas à automação. Com a união entre trabalhadores humanos e máquinas, a empresa buscou investir no aperfeiçoamento e na capacitação dos funcionários.
O intuito era buscar fornecer um ambiente de trabalho agradável, tornando os profissionais capazes de desenvolver um veículo por completo. O bem-estar e a capacitação são as palavras-chave do volvismo.
Just in Time
Chegando ao nosso presente, surgiu um novo sistema de produção industrial: o just in time. O objetivo desse sistema é acabar com o desperdício de recursos e otimizar a produção.
No just in time, a produção acontece de acordo com a demanda. Dessa forma, não há estoque. O produto é feito e chega ao cliente no tempo certo, evitando, assim, o consumo de recursos desnecessários e também evita que produtos fiquem encalhados nas prateleiras.
A preocupação com o esgotamento de recursos naturais fez com que se repensasse o consumo de matérias-primas. Além de otimizar a produção, o just in time consegue diminuir os custos, possibilitando maiores lucros.