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"Fui mal entendido e deu no que deu", diz prefeito de Orleans sobre cão capturado

Polícia Civil protocolou um pedido no Tribunal de Justiça para investigar se o caso configura maus-tratos

Por Stefanie Machado Orleans, SC, 08/05/2023 - 11:37 Atualizado em 08/05/2023 - 11:38
Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Reprodução/Instagram

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O caso do cão capturado na prefeitura de Orleans na última sexta-feira (5) pode ser investigado pela Polícia Civil. Imagens do prefeito Jorge Koch - divulgadas por ele mesmo - capturando um cachorro com uma rede repercutiram na internet e causaram revolta. Na visão do político, a comoção tomou uma proporção maior do que se imaginava.

O prefeito enfatizou que o animal estava solto há alguns meses e atacava pessoas pela cidade. "Nós apenas queríamos tirar ele da rua para evitar que continuasse a morder e levasse para o canil. Na sexta-feira, ele acabou entrando no centro administrativo e, nesse momento, fecharam as portas para evitar que ele saísse e aproveitaram para fazer a captura. Foi onde avisaram e nós fomos lá. Como o cão é muito brabo e realmente não tem como chegar perto, foi utilizado apenas uma rede para imobilizá-lo", explicou Koch.

Veja imagens:

[O texto continua após o vídeo]

Desde que foi capturado, o animal está sob cuidados do Hospital Veterinário do Centro Universitário Barriga Verde (Unibave), onde será castrado e, posteriormente, encaminhado para o canil municipal. De acordo com o prefeito, a sua intenção não foi maltratar o animal. "Fui mal entendido e deu no que deu. Agora, pediram ao tribunal para abrir um processo contra o prefeito porque eu, no afã de resolver o problema, provavelmente, vou responder um processo", ressaltou. 

A investigação

Diante da grande repercussão, foi protocolado, ainda na sexta-feira, um pedido na Justiça para investigar o possível caso de maus-tratos. O delegado responsável José Antônio Amabile deve utilizar as imagens divulgadas pelo próprio prefeito, além de ouvir os depoimentos de testemunhas e pessoas ligadas ao vídeo, para investigar o caso. 

"Já solicitei a requisição ao Tribunal de Justiça para investigação desse fato já que o prefeito é dotado de foro prerrogativa de função. Isso é previsto constitucionalmente. Estou no aguardo da resposta do Tribunal para dar início ao nosso trabalho na Polícia Civil", salientou o delegado. Não há prazo para o resultado da decisão. 

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