Em continuidade à investigação pelo homicídio do policial militar da reserva do 9º Batalhão, Cabo Carlos Amarildo Vieira, morto a tiros no bairro Jardim União, em Criciúma, no dia 2 de junho do ano passado, a Divisão de Investigação Criminal (DIC) da cidade informou que obteve provas de que a ordem do crime partiu de um detento de 23 anos. Com isto, nessa quarta-feira, dia 27, a Polícia Civil formalizou o indiciamento dele pelo crime de homicídio qualificado pela torpeza, impossibilidade de defesa e contra agente de Segurança Pública.
O homem já está preso desde julho de 2017 pela prática do crime de tráfico de drogas. Durante as investigações no caso do policial militar, o detento foi apontado como líder de uma organização criminosa, sendo recebida uma denúncia de que a “missão” do homicídio do Cabo Amarildo teria partido dele através de bilhetes vindos de dentro do presídio, também conhecidos como “pipos”.
No dia 13 de setembro de 2018, um dos autores diretos do homicídio foi preso preventivamente e, na casa dele, foram encontrados alguns destes bilhetes, os quais estavam escondidos e um deles continha informações sobre a morte do policial aposentado. Os “pipos” foram periciados pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) e ficou constatado através de exame grafotécnico que os escritos foram originados do punho do detento de 23 anos, confirmando, assim, a denúncia de que a ordem do crime havia partido dele.
Agora, segundo o delegado André Milanese, coordenador da DIC Criciúma, cabe ao Ministério Público analisar as provas apresentadas e decidir sobre a instauração de ação penal contra o indiciado. Carlos Amarildo Vieira foi assassinado quando trabalhava na guarita de um condomínio residencial no bairro Jardim União. O crime teria sido praticado por dois jovens que já foram presos e um adolescente que também foi apreendido.