Lá pela segunda quinzena de março foi a última vez que os cinéfilos tiveram suas sagradas oportunidade de encontro com as telonas. Em tempos de tanta tecnologia, é possível assistir aos bons filmes em casa, no conforto do sofá, mas não são poucos que preferem a emoção da tela grande, da poltrona do cinema, da pipoca e do frisson do filme no cinema. Passatempo de muitos que não está podendo ser cumprido com a pandemia de Covid-19, já que a aglomeração - independente da lotação - das salas de cinema esteve impedida desde então.
Um aceno positivo, ao menos para quem curte cinema aqui pela região carbonífera, veio nesta quinta-feira, 22, com a publicação da nova matriz de risco da Secretaria de Estado da Saúde para coronavírus, apontando que pela primeira vez em muito tempo a Amrec encontra-se no estágio amarelo, ou seja, abandonou o risco grave para o alto. Com isso, uma série de serviços podem ser flexibilizados.
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Conforme os parâmetros estabelecidos pelas autoridades, regiões onde o risco é alto, em cor amarela no mapa, podem autorizar a volta ao funcionamento de cinemas e teatros com 50% da lotação da capacidade, e com o respeito às regras de distanciamento social. Ou seja, será necessário, na reabertura das salas, adequar a ocupação das poltronas de forma alternada, bem como garantir o acesso ao álcool gel e fiscalizar o uso das máscaras pelos frequentadores.
O 4oito consultou os gestores das salas de cinemas em Criciúma. Todas elas, fechadas desde março, encontram-se instaladas em shoppings. No Della, a direção ainda não recebeu qualquer orientação da Arcoplex Cinemas, que é gestora das salas. A exemplo do Della, o Criciúma Shopping - com a parceira Arcoíris Cinemas - também aguarda orientação. No site da Arcoplex, consta um comunicado de 19 de março, confirmando a suspensão desde aquele dia por tempo indeterminado. Há uma lista de filmes citados "em cartaz", que são do período da suspensão, sem atualização nos dados. A decisão, nas salas dos dois shoppings, caberá à Arcoplex e à Arcoíris, que precisarão garantir o cumprimento das medidas preventivas.
No caso do Nações Shopping a operação das salas cabe à GNC Cinemas, que precisa criar as condições para se adaptar às normas. A rede está analisando a situação e havia uma expectativa inicial de reabertura na próxima semana, mas a gestora acabou optando por não massificar uma divulgação de retomada por conta da possibilidade oscilação da matriz de risco pelo Governo do Estado. Por enquanto, a GNC segue também sem previsão de reabertura das salas.