Nesta terça-feira, 30, completa um ano do maior assalto a banco da história de Santa Catarina. O fato que aconteceu em Criciúma, resultou no roubo de aproximadamente R$ 130 milhões, e graves lesões a Jeferson Luiz Esmeraldino, soldado da Polícia Militar (PM) baleado pelos bandidos. Desde então, 18 dos 30 suspeitos de terem participado do crime foram identificados e denunciados. O Programa Adelor Lessa desta manhã trouxe autoridades que trabalham nas investigações, para tratar sobre o assunto.
Os entrevistados foram a Promotora de Justiça Andréia Tonin, da 13ª Promotoria de Justiça; o Promotor de Justiça Ricardo Figueiredo Coelho Leal, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO); e o Promotor de Justiça do Grupo Especial Anticorrupção (GEAC), Cleber Lodetti. Dos 18 suspeitos, seis deles estão em liberdade provisória concedida por meio de monitoramento eletrônico, 10 seguem presos preventivamente com cinco em penitenciárias federais, e dois encontram- se foragidos.
Segundo a Andréia Tonin, nenhum dos criminosos é de Santa Catarina e sete cidades diferentes foram identificadas em situações que envolviam a organização do assalto. O Ministério Público já aplicou duas ações penais ajuizadas que tramitam em Segredo de Justiça na 1ª Vara Criminal da Comarca de Criciúma. “A investigação é sigilosa. Não se trata de um roubo comum, não foi só uma invasão numa agência bancária pequena, aconteceu justamente num dia estratégico de pagamentos”, acrescentou.
O soldado baleado, mais conhecido como Esmeraldino, de 33 anos, luta pela vida até hoje. Um dos disparos dos criminosos atingiu o abdômen do PM, comprometendo rins, pulmões e o estômago que teve 25% da sua parte retirada. Atualmente, está acamado devido a uma parada cardiorrespiratória que teve em meio aos dois meses internado no hospital, intercalando entre Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enfermaria clínica.
Conforme as autoridades, as investigações continuam e são muitas peças a serem encaixadas. “É um crime complexo e detalhista, foi em um dia de grande acúmulo de recursos, dinheiro vivo”, disse Cleber Lodetti. “Estima-se que o crime levou um ano para ser organizado, então imagem uma investigação que precisa juntar cada pedacinho. É uma coisa que requer tempo”, complementou a Promotora Justiça Andréia Tonin.