A mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é uma doença viral rara causada pelo vírus monkeypox. Embora historicamente fosse restrita a regiões da África Central e Ocidental, a mpox ganhou atenção global a partir de 2022, quando surgiram surtos em diferentes partes do mundo, incluindo o Brasil.
O que é a mpox?
A mpox é uma zoonose, ou seja, uma doença que pode ser transmitida de animais para humanos. Ela é causada por um vírus do gênero Orthopoxvirus, o mesmo grupo da varíola humana, que foi erradicada na década de 1980. Embora os sintomas da mpox sejam semelhantes aos da varíola, eles tendem a ser menos graves. Os principais sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, calafrios, exaustão e o desenvolvimento de erupções cutâneas, que evoluem para pústulas e crostas.
A transmissão da mpox ocorre principalmente por contato direto com fluidos corporais de pessoas infectadas, lesões na pele ou objetos contaminados. No entanto, a transmissão por gotículas respiratórias também é possível em contatos prolongados.
Por que a preocupação com a mpox aumentou?
A preocupação em torno da mpox aumentou após o surto internacional de 2022, quando a doença foi detectada em países fora da África. A sua rápida disseminação em países como Estados Unidos, Reino Unido, Espanha e Brasil levantou alertas de saúde global. Um dos fatores preocupantes foi a capacidade de transmissão da doença em redes sociais e sexuais, especialmente entre homens que fazem sexo com homens, o que levou as autoridades a reforçar a vigilância e o controle.
Além disso, a mpox não é uma doença amplamente conhecida pela população e, como os sintomas iniciais podem ser confundidos com outras infecções virais, há um risco de diagnóstico tardio, o que facilita a propagação.
Casos no Brasil e em Santa Catarina
No Brasil, a mpox já contabilizou milhares de casos desde o início do surto global. Até o momento, o país registrou mais de 10 mil casos confirmados, segundo dados do Ministério da Saúde. Santa Catarina também reportou casos, embora o número exato tenha variado conforme os meses. Em agosto de 2023, o estado registrou 400 casos, sendo a maioria na Grande Florianópolis, um ponto de atenção para as autoridades de saúde locais.
A Vigilância Epidemiológica estadual tem reforçado as medidas de prevenção e conscientização para evitar novos casos, especialmente com campanhas direcionadas a populações de risco e o incentivo à busca por tratamento ao menor sinal de sintomas.
Como se proteger?
Atualmente, não existe um tratamento específico para a mpox, mas os sintomas podem ser controlados com cuidados médicos. A vacina contra a varíola humana pode fornecer proteção cruzada contra o vírus monkeypox e é uma das estratégias que alguns países estão utilizando para proteger populações de risco.
Medidas de prevenção incluem evitar contato próximo com pessoas infectadas, uso de máscaras em ambientes fechados e a higienização constante das mãos. O isolamento de pessoas contaminadas também é fundamental para evitar a disseminação do vírus.
A situação da mpox continua a ser monitorada de perto pelas autoridades de saúde, com o objetivo de controlar a doença e evitar que ela se torne um problema ainda maior no Brasil e no mundo.
Com informações do Ministério da Saúde e Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina