Uma das bebidas mais apreciadas ao redor do mundo, especialmente no inverno, é o vinho. Quem vai até a gôndola do supermercado pode se espantar com o preço de algumas unidades. Diversos fatores influenciam diretamente no preço dessa bebida - cujos valores variam, em média, de R$ 30 a mais de R$ 1 mil.
O que impacta bastante no preço do vinho é o imposto. “Como no Brasil, todos os vinhos entram pela via de bebida alcoólica, com o mesmo valor de destilado, assim como a cachaça, entra com um preço alto. Geralmente, 67% é imposto”, explica a sommelier Luciane Rocha Silva Laurindo.
“Alguns supermercados conseguem reduzir um pouco o preço porque tiram o atravessador também, pegam vinhos de importação própria e conseguem o preço para o cliente”, esclarece a especialista.
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Luciane também destaca que na Europa, por exemplo, o vinho é considerado alimento, enquanto no Brasil é classificado como uma bebida alcoólica. Se houvesse uma mudança de categoria, a bebida poderia ter um preço mais barato.
“Para que isso seja mudado o país teria que tomar 15 litros per capita/ano. Nós tomamos dois litros per capita/ano. Se não considerar vinhos de mesa, colonial, que são feitos com a uva bordô, uva Isabel e uvas americanas, isso cai para 1,2. Estamos bem longe de conseguir”, ressalta Luciane.
Os custos da importação e transporte não são os únicos responsáveis por elevar os preços dos vinhos. A região, o tipo de uva, o solo, a demanda e a escala de produção também influenciam. Outro fator bem importante é a raridade. Quanto mais antigos, mais raros e mais caros são os vinhos. Alguns chegam a quase R$ 40 mil.
“Quanto aos vinhos mais caros, o que impacta mesmo é a raridade de como é produzido. Um grande Bordeaux que a gente conhece é o Château Petrus. Romanée Conti, da França; Barca Velha, português; Pêra-Manca, também de Portugal, são raros”, finaliza.