O Observatório Social de Içara não obteve resposta sobre o comparativo dos custos da Câmara Municipal com cidades de mesmo porte. E diante disso, apresentou uma proposta aos legisladores nesta terça-feira. A sugestão é indexar o subsídio ao salário de um professor pós-graduado com 40h. Isso significaria a redução de R$ 9.761 para R$ 5.408, menos R$ 4.353. Aos assessores seria então a metade, ou seja, dos atuais R$ 5.524 para R$ 2.704. Com a mudança de 15 para 13 vereadores, o impacto esperado ultrapassaria R$ 1,5 milhão de economia ao ano.
Nova sede em dois anos
“Com essa diferença seria possível comprar uma sede para Câmara Municipal em menos de dois anos e posteriormente geraria ainda mais economia. Acredito que não haverá falta de candidato por causa disso na próxima eleição, nem faltarão pessoas interessadas em ser assessor. A vereança não pode ser uma questão salarial. O salário de um professor pós-graduado é muito digno”, coloca o presidente do OS, Renato Brígido. Segundo ele, a proposta será encaminhada por escrito a todos os vereadores com o prazo de 30 dias para a manifestação dos vereadores ou então a apresentação de uma contraproposta.
Conforme o levantamento do Observatório Social, o Poder Legislativo de Içara custa R$ 97,93 para cada cidadão da cidade. Com 54,8 mil moradores, o valor é até 75,18% a mais do que em municípios de mesmo porte. Em Mafra, por exemplo, o custo é de R$ 55,90 para cada 55,9 mil habitantes. Já em Canoinhas, com 54,4 mil moradores, são R$ 60,09. Entre as principais diferenças observadas entre as Câmaras Municipais está o quadro de servidores e agentes públicos. Em Içara são 49 pessoas enquanto nas outras duas cidades o quadro é composto por 32 pessoas. Em Canoinhas, há dez vereadores e, em Mafra, nove.
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