Apesar de ainda não ter um partido definido, o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não descarta a possibilidade de uma candidatura à Presidência da República. Meirelles, que estará amanhã em Criciúma, afirmou que estuda possibilidades e avalia o comportamento do brasileiro para tomar a decisão. Hoje, o presidenciável foi entrevistado pelo jornalista Adelor Lessa em seu programa matinal.
“A economia está crescendo, nós já crescemos. Saímos da maior recessão da história do Brasil. Neste ano estamos crescendo em um ritmo superior ao ano passado e devemos crescer 3% neste ano e agora estamos criando empregos. Isto é algo que durante o decorrer do ano vai ser cada vez mais perceptível a população. Santa Catarina é um dos líderes em crescimento do país”, afirmou.
Para Meirelles o crescimento da economia depende de ajustes fiscais. “O crescimento das despesas foi o que gerou essa instabilidade. Agora no fim de 2017 e início de 2018 está acontecendo um crescimento da economia. Tudo isso com a queda da inflação e com a queda de juros, ajuda o país a voltar a crescer e, neste ano, gerar mais empregos”, explicou.
O Ministro disse que o que aconteceu para a instabilidade econômica foi a aplicação de uma política econômica que expandiu as despesas públicas e não se preocupava com a inflação. “Com isso as despesas foram crescendo, a dívida pública começou a crescer e a inflação subiu. Então ficamos com inflação elevada, taxas de juros elevadas, desempregos e despesas grandes. Tudo isso foi revertido, porque enfrentamos as causas fundamentais”, esclareceu.
Meirelles afirmou que, para que a economia funcione, são necessárias boas políticas e a aprovação das reformas. “Temos uma série de reformas importantes que estão sendo feitas. Como o teto de gastos, Reforma Trabalhista, Reforma do Ensino Médio e tudo isso fez com que o país de fato voltasse a poder ter condições de funcionar melhor. Tudo isso é feito com esse governo, com Temer que está tocando as reformas. É importante que isso prossiga”, explicou.
O ministro fez ainda uma comparação entre os governos Dilma e Temer. “Naquela época achamos que o Banco Central deveria ser autônomo e isso foi fundamental para o Brasil naquele momento, que fez com que nós pudéssemos estabilizar a inflação, a economia. Tudo isso foi importante. Agora, neste governo, estamos trabalhando com outra função, como membro do governo. Agora estamos fazendo reformas para a economia”, afirmou.
Sobre a candidatura à presidência, Meirelles falou que deve tomar as decisões na próxima semanas. “Se tomar essa decisão vamos saber fazer a escolha do partido pelo qual eu irei concorrer”, afirmou.
Para a tomada de decisão, Meirelles quer colher resultados e obter mais informações. “Uma coisa importante é o que o brasileiro quer e precisa neste momento. Então estou fazendo uma série de avaliações para saber se é o momento de fazer essa candidatura. Tudo isso é o que estamos avaliando, colhendo dados e ouvindo a população”, revelou.
Meirelles disse que hoje existem os dois extremos na política. “Existem aqueles que preferem uma candidatura de um lado e outros do outro, mas existe toda uma maioria que procura um meio termo, com uma política de reformas. Então achamos que temos um espaço grande nesta maioria de brasileiros que ainda estão indefinidos”, disse.
Para Meirelles a falta de aprovação do governo Temer não comprometerá a sua candidatura. “Estamos melhorando a economia. A população está percebendo cada vez mais que a inflação está baixa, que empregos estão sendo gerados. As pessoas estão adquirindo cada vez mais otimismo e tudo isso é fundamental. Aí evidentemente na minha vida, na minha carreira estou com tranquilidade de que posso defender esse trabalho”, esclareceu.
Posse Acic
Acontece nesta quarta-feira (14), às 19h, a solenidade de posse da Diretoria Executiva gestão 2018-2019 da Associação Empresarial de Criciúma (Acic). O evento, que acontece no Auditório Jayme Antônio Zanatta, terá a presença do Ministro Henrique Meirelles como palestrante.