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Produção industrial tem queda de R$ 3,4 bilhões, aponta Fiesc

Além disso, pesquisa revela que 165 mil pessoas já perderam o emprego

Por Marciano Bortolin Florianópolis, SC, 16/04/2020 - 15:08 Atualizado em 16/04/2020 - 16:32

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A análise dos resultados da pesquisa primária dos impactos da Covid-19, elaborado pelo Observatório da Indústria Catarinense, da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) aponta que a indústria catarinense sofre retração de R$ 3,4 bilhões durante o período de isolamento social.

Os números foram apresentados pelo presidente da entidade, Mario Cezar Aguiar, durante entrevista coletiva por videoconferência. Com relação às vendas no mercado interno no período, a queda é de R$ 3,1 bilhões. Nas exportações, os números ficam na casa de R$ 327 milhões.

Redução das vendas no mercado interno entre 21% a 50% e acima de 50%, encontram-se os setores Automotivo, Bebidas, Cerâmica, Equipamentos Elétricos, Gráfica, Madeira, Móveis e Têxtil. 

 

Redução das vendas nas exportações entre 21% a 50% e acima de 50%, encontram-se os setores Automotivo, Bens de Capital, e Confecção.

Na apresentação, Aguiar revelou que o estado perdeu 165 mil empregos durante o período de quarentena. A indústria catarinense emprega 786 mil pessoas. “O setor da indústria é o que melhor remunera os seus trabalhadores e responde por 34% dos empregos formais”, diz.

Impactos econômicos apontados na pesquisa realizada pela Fiesc:

“É uma radiografia impactante de forma negativa”, diz Aguiar

A pesquisa compreende 30 dias em 129 cidades, tendo margem de erro de 3%, sendo que 54% dos entrevistados são pequenas empresas. “É uma radiografia impactante de forma negativa. São dados preocupantes e podem ter consequências ainda mais negativas na questão desemprego”, lamenta.

Redução do volume de produção entre 21% a 50% e acima de 50%, encontram-se os setores Automotivo, Bebidas, Bens de Capital, Gráfica, Equipamentos Elétricos, Móveis e Têxtil. 

O presidente da Fiesc acrescenta que a crise é sem precedentes e não se sabe até quando irá, o que acaba prejudicando novas iniciativas de empresários. “Sempre foi característica do catarinense fazer investimentos, mas agora estão segurando e isso acaba não girando a nossa economia”, relata Aguiar, acrescentando que, por outro lado, houve incremento no setor de alimentos, com o movimento intenso nos portos, que faz girar toda a cadeia que o envolve.


Produção industrial catarinense durante o isolamento social:


Retração de R$ 3,4 bilhões na produção industrial no período;
Diminuição de R$ 3,1 bilhões nas vendas no mercado interno no período;
Diminuição de R$ 327 milhões nas exportações industriais no período.

 

Principais impactos setoriais:

Queda no PIB

A queda estimada no Produto Interno Bruto (PIB) Industrial é de 28%. Para fins de comparação a redução equivale a: 2,3% no PIB Industrial no ano. “Somos o segundo estado em que a indústria tem a maior produção na participação da riqueza do estado”, completa.
A esperança é que no segundo semestre, ou no máximo no ano passado, a economia seja retomada. “Talvez mais quatro, cinco semanas, alcançamos o nível de outros países que passaram a ter declínio na curva”, acredita o presidente da Fiesc.

Confira também:

Estado perde 165 mil empregos, aponta pesquisa da Fiesc

Opinião sobre medidas governamentais

Em outra pergunta, a Fiesc pede opinião dos industriais sobre as medidas dos governos para o enfrentamento da pandemia. Sobre o Governo Federal, 62,8% aprovam, 26,6% reprovam e 10,5% não tem opinião. Com relação ao Governo do Estado, 67,4% dos empresários reprovam, 24,6% aprovam e 8% não opinaram. “Estamos aguardando medidas do Governo do Estado. Houve uma sinalização do Badesc com a ajuda de R$ 50 milhões para as pequenas empresas, mas as solicitações ultrapassam os R$ 500 milhões, então é insuficiente. O importante é que o dinheiro circule e com isso haverá a geração de emprego. Importante ter mecanismos que alavanquem os negócios e movimentar a economia de Santa Catarina”, cita.

Empresários opinaram sobre as ações dos governos federal, estadual e municiais:

Sobre as medidas adotadas pelas empresas para amenizar os efeitos da crise, 9,12% elevaram os cuidados com a higiene, 66,4% anteciparam férias, 54,3% permitiram o home office e 32,7%, concederam férias coletivas.

Com relação às iniciativas que poderiam ser tomadas, tanto no âmbito municipal, estadual ou federal, 26% dos empresários sugeriram o isolamento vertical, além de 15,8% citaram os benefícios fiscais.

No estudo da Fiesc, industriais apontaram as medidas que já tomaram no combate à Covid-19:

Campanha de valorização da indústria

Para ajudar na retomada, a Fiesc lança uma campanha de valorização da produção industrial catarinense e até mesmo do Brasil. “Este sentimento as pessoas têm que criar em si. Que quem compra um produto em Santa Catarina ou no Brasil, está gerando para Santa Catarina e para o Brasil. Gerando emprego, trazendo benefícios. É fundamental que o consumidor tenha esta consciência”, afirma.
 

Tags: coronavírus

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