O vice-prefeito Ricardo Fabris, que também é presidente do Comitê de Aplicação dos Recursos de Enfrentamento ao Coronavírus, rebateu as acusações feitas pelo vereador Pastor Jair Alexandre, que questinou na tribuna da sessão realizada nesta segunda-feira, 11, a transparência da prefeitura de Criciúma na divulgação dos gastos relacionados ao enfrentamento a pandemia causada pelo novo coronavírus.
Fabris afirma que não foi solicitado ao comitê a apresentação de documentos. "Nós temos todos os contratos, notas fiscais emitidas. Nós temos todas as reuniões gravadas, não consta nem em ata esse pedido, por exemplo", argumentou.
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O vereador listou os valores recebidos pelo Governo Municipal, que passam de R$ 14 milhões apenas neste período e questinou como estaria sendo a aplicação do valor. Foram R$ 8,4 milhões oriundos do Ministério da Saúde, através de duas portarias, R$ 2,2 milhões através do Fundo Municipal, R$ 3,1 milhões via emendas parlamentares dos deputados federais do sul e mais R$ 1,2 milhão que veio do fundo do Procon. "Nós pedimos um relatório, o contrato social, as notas fiscais mas infelizmente não nos passaram isso porque estava no Portal da Transparência no site da prefeitura. Eu tentei entrar o dia todo no site, em uma janela do Covid-19. Esse portal está fechado, não abriram ainda", relatou o pastor.
Segundo o vice-prefeito, o valor arrecadado aumentou em mais R$ 500 mil ainda mais nesta segunda-feira. "Recebemos a confirmação do Fonplata, está doando U$S 100 mil para combate ao coronavírus em Criciúma", informou. "As planilhas são muito simples, podemos tornar públicas. Não tem mistério nenhum nessa prestação de contas. Acho que faltou um pouco de serenidade. O comitê não pode ser politizado", lamentou.
O valor da primeira portaria enviada pelo Ministério da Saúde, de R$ 7,8 milhões, não foi mexido ainda pela prefeitura. A prefeitura, entre as Secretarias de Saúde e Fazenda estão avaliando tamanho da fatia que será repassada ao Hospital São José, que já recebeu R$ 2,2 milhões, segundo Fabris.