Depois de dar depoimento à polícia de forma voluntária e entrevistas em rede de TV, relatando a compra dos 200 respiradores, a servidora da Secretaria de Estado da Saúde, Márcia Pauli ajuizou um habeas corpus para não depor à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Porém, o pedido foi negado e ela deverá ser ouvida pelos parlamentares nesta terça-feira, 2. “Estranhei a posição da Márcia, porque compareceu três vezes voluntariamente à Deic para falar sobre isso, deu entrevistas longas às redes de televisão contando o que aconteceu. Estranha muito que ela tenha ajuizado um habeas corpus para não depor à CPI. O habeas corpus foi negado e ela está compromissada e deve estar na Assembleia para depor”, fala o relator da CPI, Ivan Naatz.
Além dela, falam nesta terça-feira os ex-secretários Douglas Borba e Helton Zeferino, da Casa Civil e Saúde, respectivamente. Os depoimentos seriam na semana passada, mas a Alesc suspendeu todos os trabalhos devido a caso de coronavírus entre os servidores.
Naatz fala que os depoimentos que Borba e Zeferino prestaram à polícia seguem em sigilo, mas os integrantes da CPI votarão requerimento que pede ajuizamento de segurança contra a decisão do Tribunal de Justiça. “O que teria nestes depoimentos que os deputados não podem ter conhecimento? Isso tem intrigado os deputados”, finaliza.