Nesta quarta-feira (19), todas as atenções da economia brasileira se voltam para a aguardada reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil. Realizado a cada 45 dias, este encontro é crucial para definir a taxa básica de juros, conhecida como taxa Selic, que regula a situação economica do país.
Na Dica de Bolso desta quarta-feira (19), Arthur Lessa deu detalhes sobre o assunto. Ouça o cometário completo
O que é o Copom?
O Copom é um órgão essencial do Banco Central do Brasil, composto por nove membros: o presidente do Banco Central, que também preside o COPOM, e oito diretores da instituição. A missão deste comitê é definir a política monetária do país, determinando o valor da taxa Selic. Este é um processo fundamentado em diversos indicadores econômicos, como a inflação, a estabilidade da economia brasileira, o controle fiscal do governo e a economia global.
Expectativas para a reunião atual
A reunião desta quarta-feira é particularmente aguardada, com o mercado especulando sobre a possibilidade da taxa Selic se manter em 10,5%. Esta decisão será comunicada no final da tarde, entre 18h30 e 19h, seguida pela divulgação de uma ata detalhada na terça-feira da próxima semana. Esta ata trará um panorama completo das discussões e justificativas do COPOM.
Como funciona a reunião?
Durante a reunião, os membros do Copom analisam cuidadosamente uma série de fatores econômicos antes de votar sobre a taxa de juros. Entre os pontos considerados estão:
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Inflação: Avaliação do aumento ou diminuição dos preços no período.
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Estabilidade econômica: Análise da saúde econômica do Brasil.
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Controle fiscal: Exame das finanças do governo, incluindo gastos e arrecadação.
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Economia externa: Consideração do cenário econômico global, especialmente a inflação e as taxas de juros em outros países.
Após esta análise, os membros votam para decidir a nova taxa Selic. Se houver um empate (quatro votos a quatro entre os diretores), o presidente do Banco Central tem o voto de desempate.
A importância da taxa Selic
A taxa Selic é fundamental para a economia brasileira, influenciando diretamente a inflação e o crescimento econômico. Em termos simples, há uma relação inversa entre a Selic e a inflação: uma taxa Selic alta tende a reduzir a inflação, enquanto uma Selic baixa pode aumentá-la.
Dinâmica da Selic:
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Juros altos: Tornam o crédito mais caro e difícil de obter, reduzindo o consumo e os investimentos. Com menos dinheiro circulando na economia, a demanda por produtos e serviços diminui, o que ajuda a controlar a inflação.
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Juros baixos: Facilitam o acesso ao crédito, estimulando o consumo e os investimentos. Isso pode aumentar a demanda, potencialmente elevando os preços e, consequentemente, a inflação.