Levantamento realizado por imagens de satélite mostrou que Santa Catarina conta com 149.591 hectares de arroz irrigado, uma área 5,5 mil hectares maior em relação ao estimado anteriormente, que era 144 mil hectares.
O Sul do estado é destaque nesta cultura. A região de Araranguá aparece como a região com a maior quantidade: 58.848 hectares o que representa 39% da área cultivada com o grão em Santa Catarina. Em seguida a Amrec, com 21,912, ou seja, 14,65%v do total do estado e a Amurel, com 18.941 (12,66%).
Turvo com a maior quantidade
Já na lista de municípios, Turvo, no Extremo Sul, lidera em área plantada com 11.899 hectares, seguido de Meleiro e Forquilhinha, com 10.975 e 9.623 hectares respectivamente, todos no Sul do estado.
O levantamento por satélite mostrou que dez municípios catarinenses concentram 50% dos cultivos de arroz do estado, quase todos na região Sul: além dos três líderes da lista, aparecem Nova Veneza, Jacinto Machado, Araranguá, Tubarão e Praia Grande. Massaranduba e Guaramirim, no Norte do estado, também aparecem na lista dos dez maiores produtores.
O levantamento
Santa Catarina é o segundo maior produtor de arroz no Brasil. Em 2019, a cultura apresentou valor bruto da produção (VBP) de R$ 865 milhões para o Estado. Aproximadamente 30 mil catarinenses dependem economicamente desta atividade.
Segundo Kleber Trabaquini, pesquisador da Epagri e líder do projeto, na maioria das vezes os levantamentos de safra são feitos por entrevistas e declarações concedidas pelos próprios produtores a órgãos oficiais, como Conab e IBGE. “Através do uso dos dados orbitais, foi possível corrigir e atualizar estes números e ter um dado mais preciso”, descreve Kleber.
A equipe utilizou imagens do satélite Sentinel-2, que tem a resolução espacial de 10m e pode captar imagens dos cultivos a cada cinco dias. “Com estas imagens, pode-se acompanhar todo o ciclo agrícola”, explica o pesquisador.
“Além de dados mais exatos, temos agora a distribuição espacial da cultura, o que nos possibilita o acompanhamento em safras futuras, além de servir para embasar trabalhos científicos e acadêmicos, já que o dado é disponibilizado ao público”, comenta Kleber. A mesma técnica está sendo aplicada pela Epagri para levantamento de áreas de outras atividades agrícolas, como a produção de maçãs e cebolas, por exemplo.