Deverá ser votado hoje o texto do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) que facilita a aposentadoria dos trabalhadores de minas mesmo com a Reforma da Previdência. O Programa Adelor Lessa ouviu o senador Esperidião Amin (PP), o presidente do Sindicado dos Mineiros de Criciúma e Região, Djonatan Maffei Elias, e o advogado Gilvan Francisco.
“Eu só posso trabalhar em mina depois dos 21 e não posso trabalhar depois dos 50. 36 anos é o mínimo para se aposentar, passaria a ser 43,5 pela leitura que eu faço, mas é melhor do que 55, que era o que estava no texto”, disse Amin. “Essa emenda não é o céu, mas tirou do inferno. Acabou com o limbo entre os 50 e os 55 anos, que o trabalhador ficaria desempregado”, emendou.
Para que o texto seja aprovado são necessários 49 votos dos senadores. Depois seguirá para a Câmara, onde deve ir ao primeiro turno no dia 24. “Pela alteração desse texto reduziu-se 11 anos para os mineiros, a idade mínima também foi retirada, então se o trabalhador mineiro já tiver trabalhado em alguma coisa antes do 21 anos, ele poderá utilizar estes pontos”, destacou Maffei Elias.
O texto do relator envolve outras profissões consideradas insalubres, como metalúrgicos e ceramistas, embora ainda não se tenha a definição em relação a idade para aposentadoria. “A categoria dos mineiros não pode ser considerada privilegiada. O senador Tasso fez questão de destacar isso em seu texto”, citou Gilvan.
Como ficam os metalúrgicos?
“O metalúrgico é uma questão de interpretação, porque a atividade metalúrgica sempre esteve ligada com trabalhar junto a agentes nocivos. O policial precisa estar preparado para o confronto, mas não é o dia inteiro, enquanto o mineiro estará em confronto por 5 ou 6 horas. Então, no caso do metalúrgico eu não sei o que quer dizer agente nocivo, mas fica o direito mantido para alguma aposentadoria especial”, explicou o senador Amin.
https://soundcloud.com/sommaiorfm/adelor-lessa-aposentadoria-dos-trabalhadores-de-minas-04092019