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Setor hoteleiro prevê seis meses para alcançar recuperação

Hotéis retornaram nesta segunda-feira, mas com várias restrições e empresários já contabilizam os prejuízos

Por Marciano Bortolin Criciúma, SC, 13/04/2020 - 15:53 Atualizado em 13/04/2020 - 15:55
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 O setor hoteleeiro é outro que foi autorizado a funcionar a partir desta segunda-feira, 13. Porém, hotéis, pousadas, albergues e similares podem operar somente com 50% da capacidade total, além de respeitar uma série de outras regras impostas por portaria do Governo do Estado. Eles estavam proibidos de receber novos hóspedes devido ao decreto de isolamento social para buscar frear a disseminação do novo coronavírus (Covid-19).

Entre elas, um pedido que já é feito aos funcionários de outros setores já em funcionamento: todos os devem usar máscaras de tecido não tecido (TNT) ou tecido de algodão durante todo seu turno de serviço, independentemente de estarem em contato direto com o público.

O presidente do Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Criciúma e Região (Sindihotéis), Valsi Mazzetto, diz que a situação dos hotéis pode ser ainda pior que a dos restaurantes. “Hotel não tem delivery. Ainda tem os custos a mais para cumprir todas as exigências. Se ocupar 50% ainda vai ser bom. Não é porque a empresa abriu que as pessoas vão frequentar. É preciso voltar a ter confiança e precisaremos de pelo menos seis meses para nos recuperar”, comenta.

A portaria com todas as regras foi elaborada pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes), criado para o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, e publicados na edição desse domingo do Diário Oficial do Estado. 

Demissões

O presidente do sindicato diz que o setor é outro que já registra demissões em Criciúma e na região. “Falam para os empresários darem férias, mas para isso também precisa ter dinheiro. Então, alguns preferem demitir agora para contratar depois”, revela.

Mazzetto relata ainda que o país vive duas linhas de pensamento quando o assunto é coronavírus, o que traz malefícios. “Há uma briga entre o Governo Federal e os estados. Quando foi pedido o fechamento, ninguém perguntou se as empresas eram regularizadas.

Agora, para liberar financiamentos há uma série de exigências. Santa Catarina tem a vantagem de ter tomado as providências mais cedo, mas como tudo está demorando para voltar, acaba causando prejuízos”, diz.

Expectativa

Para o presidente do Sindihotéis, as coisas só irão melhorar quando a cadeia toda voltar a funcionar. “Não temos o transporte público funcionando ainda também. Há algumas manifestações de insatisfações com o governador, e entendemos os motivos. Para quem está no comércio é sofrido. Tínhamos três cenários: o bom, o regular e o ruim. Ficamos com o pior porque os outros dois já foram”, conclui.


Confira as regras para os hotéis, pousadas, albergues e afins:

 

    • Somente 50% da capacidade total de hospedagem pode ser utilizada;
    • Devem disponibilizar álcool gel para uso dos clientes na recepção, nas portas dos elevadores e nos corredores de acesso aos quartos;
    • Os serviços de alimentação localizados dentro das hospedagens poderão atender aos hóspedes somente em serviço de quarto;
    • As áreas sociais e de convivência deverão permanecer fechadas;
    • O serviço de governança deverá intensificar a higienização dos quartos e banheiros com desinfecção das superfícies com álcool 70% ou sanitizantes de efeito similar, além da limpeza de rotina.
    • Ao final da estadia do hóspede, deverá ser realizada limpeza e desinfecção completa do quarto e superfícies, antes da entrada de novo hóspede.
    • Todos os trabalhadores deverão usar máscaras de tecido não tecido (TNT) ou tecido de algodão durante todo seu turno de serviço, independentemente de estarem em contato direto com o público.
 

Tags: coronavírus

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