Na sessão da Câmara de Vereadores de Treviso, de terça-feira, 10, o vereador Ângelo Tasca (PP) protocolou uma denúncia envolvendo o parlamentar Reginaldo Rizzati (MDB). Segundo Tasca, entre novembro de 2015 e abril de 2016, o vereador Rizzati ocupou o cargo de secretário de Obras, e durante o período, o município contratou uma empresa de mecânica sem processo licitatório.
“Na última eleição esse vereador era secretário, quando ele foi, fez serviços de R$ 186 mil, tudo sem licitação e sem orçamento, até R$ 8 mil poderia fazer uma compra direta, então precisava de uma licitação para ver qual empresa ganharia o serviço”, contou Tasca. Segundo ele, há indícios de que serviços não foram realizados, mas isso não foi colocado na denúncia por falta de provas.
A denúncia solicita a criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CPI) para apurar os fatos. O presidente da casa, vereador Sidnei Viola (PP) encaminhou a documentação às Comissões Permanentes da Câmara. “Eu vejo que ele na condição de vereador tem o direito de fazer qualquer denúncia, contra os colegas e contra pessoa comum. Eu não sei se essa denúncia está bem formulada, eu falei com o jurídico do caso, no entender deles pode ser de ilegitimidade”, disse Rizzati.
Conforme Tasca, ele encontrou essas irregularidades enquanto era secretário de Indústria e Comércio, um período que investigou as notas de outras secretarias e fez a contabilidade da Prefeitura. “Aí um dia eu acabei encontrando essa dai, e identifiquei que não era certo”, contou. A denúncia ainda não foi votada, para abertura de uma CPI.
Vereador acusado se defende
Segundo Rizzati, a denúncia deveria conter os secretários que estiveram no cargo antes dele, ao longo de todo o mandato, assim faria sentido. Disse que em todos os documentos entregues, em nenhum deles o seu nome não é apresentado.
“Quem faz as contratações de serviços da oficina não é o secretário e sim a Secretaria, as licitações, tem uma equipe para isso. Eles possuem todo um embasamento de dados e tudo o que tem aqui são relatórios e nenhum tem o meu nome”, afirmou.
Se o vereador Tasca acredita que seu pedido não foi votado por birra do presidente da casa, o acusado também pensa que é vítima. “Isso é porque eu participei de uma comissão de investigação contra o prefeito e contra o secretário, então eles estão tentando atacar um e outro. Eu nunca tive medo de nada e só quero que a coisa seja feita de maneira clara”, declarou.