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DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Arthur Lessa 09/06/2023 - 11:38 Atualizado em 09/06/2023 - 14:48

Quem me pergunta sobre sugestão de livro pra começar a entender finanças e investimentos, ultimamente tem que ouvido falar muito de O homem mais rico da Babilônia, mas existe outro livro essencial, mais antigo e tão mais fácil de ler que pode ser lido e facilmente entendido por crianças entrando na adolescência: Pai Rico, Pai Pobre.

Nessa obra, Robert Kiyosaki apresenta uma história baseada em sua infância na década de 1950 na qual existem dois pais. O Pobre é o dele, que, mesmo não sendo realmente pobre, já que era professor universitário, pregava que o amor ao dinheiro era a raíz de todo o mal e que o filho deveria estudar arduamente para trabalhar em uma boa empresa. O Rico é o pai do amigo Mike, que era empresário, defendia que a falta de dinheiro é a raíz de todo o mal e que estudar arduamente deveria ter como objetivo ter uma boa empresa.

Sortudo Robert, que pode ter dois exemplos tão distintos para comparar e aprender a pensar sobre finanças a partir da própria cabeça, reunindo as informações que lhe eram passadas. Mas esse é apenas a ponta do iceberg dessa obra.

Esse foi o primeiro livro que li sobre o assunto e, por isso, o primeiro que me apresentou com clareza a dinâmica do dinheiro na vida cotidiano e, principalmente, como essa dinâmica é comandada pela nossa cabeça.

Em um dos mais importantes e simples ensinamentos, Kiyosaki ensina com desenhos simples a diferença de trocar seu dinheiro (comprar) um ativo, que gera renda, e um passivo, que gera despesas. Vale ressaltar, como já vi vários especialistas “criticando”, que o uso dos termos “ativo” e “passivo” em Pai Rico, Pai Pobre não condiz com a lógica contábil, sendo apenas um modo simples de diferenciar os dois na dinâmica financeira.

Comprar um carro, por exemplo, pode entrar nas duas categorias. Se for pra trabalhar com Uber, é um ativo; se for apenas para uso próprio, é um passivo. Nos dois casos existe a desvalorização e as despesas de combustível, manutenção, impostos, seguro e afins. A diferença está no fato de no primeiro caso haver uma geração de dinheiro que cubra esses gastos e ainda sobre um lucro, enquanto no segundo o prejuízo é certo, já que o dinheiro que paga esses gastos vem de outras fontes.

É importante ressaltar que o exemplo acima é focada meramente na questão financeira, desconsiderando o conforto e facilidades que um veículo próprio pode gerar de acordo com o cotidiano de quem o tem, e ter em mente que não existe vida boa de ser vivida sem passivos. O importante é entender a diferença e, com isso em mente, criar um equilíbrio que garanta uma vida que demande menos esforço com o passar do tempo.

E, falando em tempo, o senhor maior da multiplicação de patrimônio, quanto antes ler Pai Rico, Pai Pobre, melhor!

Te convenci a comprar Pai Rico, Pai Pobre, de Robert T. Kiyosaki? Se sim, clique aqui e compre seu livro.

*DISCLAIMER: Os links para compra apresentados nesse texto me rendem comissões pelas vendas como parte do programa Associados Amazon. Vale ressaltar que o preço final não sofre nenhuma alteração por conta dessa parceria. A única diferença é você entender que se eu mereço ou não ser remunerado pela indicação.

Por Arthur Lessa 06/06/2023 - 12:40 Atualizado em 06/06/2023 - 16:23

Passar num concurso ou num vestibular disputado é o objetivo de muitas pessoas. Há quem dedique meses, ou anos, para atingir esses objetivos, muitas vezes com horas a fio de estudos diários. Mas será que só isso é o suficiente?

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Perguntado durante uma live do Banha Não Tem Calendário, Paulo Muzy quais as melhores técnicas que conhece para criar uma boa rotina de estudos baseadas na própria experiência, desde os tempos de vestibular de Medicina até os estudos de atualização do seu dia a dia.

[Confira as dicas em tópicos após o vídeo]

Passo a passo

Para quem não conseguiu, ou não quer, assistir ao vídeo, pontuei os pontos principais da rotina apresentada por Muzy.

1 - Atenção para o que é pedido

O cursinho não é ambiente para "filosofar" sobre os temas, mas sim pra entender o que é conteúdo relevante, focar no que o professor apontar como pontos críticos daquilo que será pedido nas provas que virão.

2 - Concentração

Quando for estudar, tenha certeza que você está longe do telefone celular, de televisão e de qualquer coisa que possa causar distração. Um bom jeito de fazer isso é encontrar uma forma de concentração intermitente para não cansar demais. Um método bastante conhecido é o Pomodoro, com um tempo definido estudando e um período menor para descansar a cabeça. No vídeo, Muzy sugere 50 minutos de estudo e 10 minutos "procurando bobagem" ou jogando alguma coisa. Com isso é mais fácil chegar a cinco ou seis horas de estudo no dia.

3 - Sabedoria

Aprender com o que passou. Para isso, é importante buscar provas, do mesmo processo que você está passando, de anos anteriores e ver quais os assunto mais pedidos e como foram pedidos nesse período. Conhecer a história da instituição que está aplicando a prova é importante para essa preparação.

4 - Foco no alvo

Tenha definido o objetivo principal, a prova mais importante entre as que serão realizadas, e investir ali 80% do esforço. Isso vale muito para quem tenta vestibular em diversas instituições e/ou cursos. Muzy afirma que, ao definir que queria entrar na Escola PAulista de Medicina e, pra isso, precisava passar no vestibular da Fuvest. Por isso, se dedicou muito pouco para outros como Unicamp e Unesp.

Sobre o risco de investir tanto em um "tiro" apenas, ele afirma que entende ser mais arriscado dar "tiro" pra todo lado, estando pouco preparado para todos.

PS.: Sobre o Método HCC citado por Muzy no vídeo, me abstenho de traduzir. Quem tiver curiosidade, que busque no Google por "Metodo HCC Muzy". Sua conta e risco.  
 

Por Arthur Lessa 02/06/2023 - 18:12 Atualizado em 02/06/2023 - 18:55

Uma das principais informações da semana para os pequenos investidores é o início da vigência das novas práticas definidas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a xerife da Bolsa brasileira, para a atividade de assessor de investimentos, chamado até pouco tempo de agente autônomo de investimentos (AAI).

O site BM&C News publicou em abril, quando foram anunciadas as mudanças, uma matéria com cada mudança bem explicada. Mas, para otimizar o seu tempo, vou ser mais conciso e focar no ponto que interessa mais aos investidores que são atendidos por esses profissionais.

Não tem almoço grátis

Começo pela mudança mais impactante, na minha opinião, que é a transparência de remuneração dos assessores de investimento. Quem abre uma conta em corretora que oferece serviço de atendimento pessoal, normalmente as grandes como BTG e XP, podem ter ouvido ouvir que não pagarão nada pelo serviço, salvo os impostos sobre a rentabilidade e as corretagens geradas em caso de operações de bolsa com ações, opções e afins. E daqueles que não ouviram, podem ter tido essa impressão e ninguém se esforçou para desmentir.

Acontece que ninguém trabalha de graça, certo? Muito menos profissionais do coração do mercado financeiro nacional, que vivem, basicamente, envoltos em dinheiro. Na realidade esses profissionais são remunerados indiretamente pelo investidor, através dos chamados "rebates", que são comissões pagas por instituições como fundos e bancos de investimento.

De onde vem esse dinheiro?

Essas comissões, que eu imagino serem chamadas de rebate por ser um dinheiro que "vai e volta", saem de custos de operações financeiras que são pagos pelo investidor sem que ele se dÊ conta. Vamos usar como exemplo um fundos de investimento. Se você olhar com atenção, ele cobra uma taxa de administração, que pode ir de 0,5% a 2,0% ao ano. O que, num montante de R$ 500 milhões investidos pelos cotistas, são arrecados R$ 5 milhões para o custeio de toda a estrutura de analistas, gestores, plataformas de informações, taxas, impostos e, aqui entra o nosso ponto, distribuição. 

Distribuição é basicamente o que o assessor de investimento faz ao indicar ao cliente investidor que aporte seu dinheiro no Fundo XPTO. Feito esse investimento, é gerado uma comissão (rebate) percentual ao volume investido e esse valor é rateado entre a corretora (XP, BTG, Ágora, Órama,...), o escritório (EQI, Wise, Messem,...) e o assessor.

Ou seja... O dinheiro vai, "bate" e volta. Rebate. E o que pega nesse modelo é que, muito semelhante ao que acontece nos bancos de varejo (Itaú, Santander, Bradesco, BB,...), a dinâmica desse comissionamento gere incentivos ruins, como indicar um produto "menos bom" porque este paga uma comissão maior.

Não digo que todos os profissionais desse meio estão enrolando ou explorando os clientes, mas muitos certamente estão. E, assim, "comendo" muita rentabilidade que poderia ser gerada para o investidor desavisado.

Transparência

Nesse ponto, a grande mudança não está na política de remuneração, mas sim na obrigatoriedade de os assessores e escritorios encaminharem trimestralmente a cada cliente investidor um relatório das remuenrações geradas aos profissionais pelos investimentos feitos por ele por meio dessa instituição.

O objetivo dessa medida é diminuir o efeito do incentivo ruim que citei anteriormente. E, assim, proteger os investidores, principalmente os mais desavisados, daqueles profissionais menos éticos do mercado, que colocam o próprio bolso acima da rentabilidade dos clientes.

Por Arthur Lessa 01/06/2023 - 12:25 Atualizado em 09/06/2023 - 11:08

O livro de hoje é tão bom que virou filme. E, provavelmente, você já assistiu a ele ou alguma das sequencias. 

Estrelada por Leandro Hassum, Até que a sorte nos separe é uma comédia que fala de um casal que vivia com as contas apertadas, ganhou R$ 100 milhões na loteria e, sem planejamento e gastando sem dó, acabou perdendo tudo. De tão bem recebido, o filme conta ainda com duas sequencias. 

Esse filme, que é um sucesso do cinema nacional, é baseado no livro Casais inteligentes enriquecem juntos, de Gustavo Cerbasi, que é a indicação dessa semana. Não por acaso, esse é o livro mais vendido dos 16 já escritos pelo Cerbasi.

Além de apresentar os problemas causados pela falta de planejamento financeiro e investimentos com foco no futuro, que são mote principal que marca o filme e outros livros do Cerbasi, nesse ele acrescenta um ingrediente que extremamente subestimado pelos casais: as duas pessoas envolvidas na relação.

Um dos pontos que torna isso importante é o fato de, diferente de tempos passados, em que era comum apenas um membro da família ser o provedor, o que acabava criando uma hierarquia de decisão sobre o que fazer com o dinheiro, atualmente os dois tem suas carreiras, com seus rendimentos e, assim, "direito igual" de decidir o que fazer. E é aí que surgem os impasses.

Baseado nesse impasse, Cerbasi aborda pontos específicos como, por exemplo, se cada um terá o seu dinheiro e vão ratear as despesas do dia a dia, e como dividir esse rateio, ou juntar os recursos e tomar decisões juntos sobre despesas, investimentos, lazer e afins. E, mais do que isso, traz ferramentas de prevenção de problemas que devem ser aplicadas desde a fase do namoro, passando pelo noivado, casamento, nascimento dos filhos e por aí vai. 

Entre testes de conhecimento do casal, autoconhecimento e (juro que tem) horóscopo financeiro do casal, tem uma lição que, por si só, já vale a leitura do livro! Enquanto juntar todo o dinheiro e decidir tudo pensando no melhor para o casal parece ser o raciocínio mais adequado para um casamento com os dois alinhados aos mesmo objetivos, Cerbasi traz uma pulga do tamanho de um elefante para trás da nossa orelha: Se todas as decisões são para os dois, ou para a família, onde fica cada um? Duas pessoas são duas pessoas, com suas individualidades, seu desejos, seus gastos bobos que só ela entende. Esse trecho do livro, inclusive, apresenta uma afirmação que parece desafiar a lógica comum:

Planos comuns jamais serão construídos de modo eficiente se tudo no relacionamento for dividido. Perde-se eficiência, em organização e em resultados.

Muitos casamentos terminam por problemas financeiros. E desses, em muitos nem falta dinheiro, mas sim a rotina da conversa sobre o uso dele naquilo que é importante para cada um.   

Então, se você já passou por algum desses impasses e quer melhorar a parte financeira do seu relacionamento, esse é o livro que você precisa. Se você acabou de casar ou decidiu morar junto com sua cara-metade, é o momento ideal para esse livro.

Me agradeçam depois.

Te convenci a comprar Casais inteligentes enriquecem juntos, de Gustavo Cerbasi? Se sim, clique aqui e compre seu livro.

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Por Arthur Lessa 31/05/2023 - 17:28 Atualizado em 31/05/2023 - 17:40

A mania de deixar tudo pra última hora é tão característica da cultura brasileira quanto a feijoada e o samba. E a Declaração Anual de Imposto de Renda não fica de fora.

Se você está agora, fim da tarde do último do prazo, desesperado porque não vai conseguir terminar, calma! Respira fundo e vem comigo.

Feito é melhor que bem feito

Se não consegue entregar completo, faz igual prova da escola ou vestibular e entrega com o que fez. A declaração, mesmo após o prazo, apresenta a possibilidade de retificação, que é um jeito pomposo de dizer correção. Então o foco aqui é entregar, pelo menos, a primeira versão e corrigir depois.

Mas, pra ajudar você nessa "estratégia", seguem algumas dicas:

Modelo de declaração: se você não tem custos importantes para deduzir do Imposto de Renda, provavelmente valha mais a pena fazer a declaração simplificada. Se tiver, como gastos com saúde, educação ou vantagens tributárias de previdência privada, por exemplo, escolha a declaração completa mesmo que não consiga inserir nesse momento todos os dados. Essa decisão é irreversível, então analise bem.

- Dê atenção aos campos mais importantes, que são Receita Tributável, onde entram salário, aluguéis e outros recebimentos semelhantes; e Bens e Direitos, onde é listado o patrimônio do contribuinte, como carros, imóveis, conta em banco e afins. Nesse segundo, mesmo que tenha havido alguma mudança, como compra ou venda de um carro, e não for possível colocar corretamente no momento, insira as informações que tem e retifique depois.

Com essas informações você está com a questão resolvida? Claro que não! (Deve se envergonhar, inclusive)

Mas, acordando a Pollyana que vive em cada um de nós, ao menos se livra das multas e sanções de deixar de cumprir essa obrigação fiscal (que pode bloquear seu CPF) e deixa a possibilidade de arrumar a bagunça nos próximos dias. 

O importante agora é reduzir danos! 

Depois é hora de vergonha na cara e responsabilidade, caro brasileiro!

Por Arthur Lessa 25/05/2023 - 21:39 Atualizado em 09/06/2023 - 11:07

A partir desta quinta-feira vou trazer toda semana uma dica de livro aqui e no 60 Minutos. Normalmente serão livros que já li, mas podem ser também livros indicados por conhecidos (que serão citados) ou até alguns que eu não tenha lido ainda mais tenha ouvido falar.

Pra começar bem, e respondendo a um pedido no Instagram por um livro sobre autoconhecimento, a dica de hoje é o livro A Psicologia Financeira, de Morgan Housel. Além de ser talvez o melhor livro sobre finanças que li até hoje, ele ficou de fora da lista da última Book Friday.

Nesse livro Housel deixa claro que o sucesso na gestão do dinheiro está mais relacionado ao que se faz do que ao que se sabe. Em poucas palavras, o comportamento é mais importante que o conhecimento.

Mas você se engana se pensa que, por conta da minha rasa explicação acima, este é um livro de autoajuda, do tipo "você só precisa querer" ou "deseje com intensidade e o Universo lhe recompensará". O livro tem, sim, muitas informações matemáticas e estatísticas, mas não apresenta aquelas situações de livro de física de escola, em que se eliminam todas as variáveis e, em "condições normais de temperatura e pressão", este ou aquele é o modo mais eficiente de investir no ativo X e na hora Y para se aposentar em Z anos. 

Ao contrário, a construção dos capítulos ressalta as variáveis intrínsecas à nossa mente primitiva e instável e, trazendo-as à luz, nos ensina como a nossa própria cabeça pode ser nosso maior inimigo, seja por ganância, ansiedade, comparações sociais e tantos outros vieses comportamentais que atormentam a vida humana.

Um trecho do primeiro capítulo, intitulado "Ninguém é Maluco", o autor explica que: 

Em tese, as pessoas deveriam tomar decisões quanto a investimentos com base nos seus objetivos pessoais e nas particularidades de cada opção de investimento disponível naquele momento.

Porém, não é isso que acontece. 

Os economistas descobriram que as decisões sobre investimentos mais importantes da vida das pessoas estão fortemente ancoradas nas experiências que elas tiveram na própria geração sobretudo nas do inicio das suas vidas adultas.

Entre os casos que ilustram essa relação de comportamento com sucesso está a história do milionário americano Ronald Read, que, mesmo tendo sido "apenas" mecânico e faxineiro e sem ganhar nenhuma bolada e loteria ou algo do tipo, morreu com patrimônio aproximado de R$ 8 milhões, dos quais mais da metade foi destinada ao hospital e a biblioteca da sua cidade.

Sem nenhum conhecimento apurado da dinâmica do mercado financeiro, análise de ativos e gráficos de tendências, o pacato veterano de guerra passou anos apenas comprando ações e esperando o tempo fazer sua mágica. 

Essa é só uma das histórias apresentadas nesse livro indispensável para qualquer investidor, independente do patrimônio, da experiência e do conhecimento técnico. Como me disseram há uns dias, é o tipo de livro que deve ser relido todo ano.

Te convenci a comprar A Psicologia Financeira, de Morgan Housel? Se sim, clique aqui e compre seu livro.

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Por Arthur Lessa 25/05/2023 - 12:32 Atualizado em 25/05/2023 - 13:44

Está prevista para o início de junho a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre quem tem o direito do nome iPhone no Brasil. A disputa acontece entre a tech brasileira Gradiente e a gigante mundial Apple, conhecida pelo... iPhone.

O que parece piada é, na verdade, uma questão bastante burocrática. Por volta de 2000 a Gradiente pediu registro do nome Iphone, algo bastante comum no mercado de marcas e patentes para garantir que, por exemplo, um empresa de bebidas faça um isotônico chamado Gatorade e coloque ao lado do original, causando confusão e prejuízos ao detentor da marca.

Acontece que, nos anos seguintes, a Gradiente não lançou nenhum aparelho com esse nome e, mais que isso, só conseguiu o registro em 2008. Ou seja, um ano após o lançamento do primeiro iPhone por Steve Jobs e cia. Ou seja (pt. 2), a demora jurídica brasileira criou uma situação insólita que poderia muito bem ser um filme com Adam Sandler, Owen Wilson ou Steve Carell no elenco.

Para melhorar a história, a Gradiente chegou a lançar em 2012 um aparelho da linha IPHONE chamado Neo One que, ironicamente, contava com o sistema operacional Android, concorrente direto do iOS da Apple.

Outra informação importante do caso é que, seguindo a lógica dos apostadores de Mega Sena, a empresa já fez promessa com o "prêmio". Se sair vencedora da disputa, parte da receita desses royalties será encaminhada para acionistas que aderirem à sua Oferta Pública de Aquisição (OPA).

Pelo sim, pelo não, a nossa Suprema Corte tem de 2 a 12 de junho para bater o martelo e decidir se, no Brasil, se o nome do smartphone mais famoso do mundo vai render ou não algumas "verdinhas" para a Gradiente.

Por Arthur Lessa 22/05/2023 - 16:58 Atualizado em 22/05/2023 - 23:38

A Amazon está, desde sexta-feira (19), com mais uma edição da Book Friday, que oferece diversos livros com descontos bem atraentes! 

Aproveitando que a promoção segue até as 23h59 desta segunda-feira, listei alguns títulos que eu indico e estão na promoção com, pelo menos, 50% de desconto.

DISCLAIMER: os links são referentes à minha indicação e, por isso, a Amazon me remunera quando as compras são feitas por eles. Isso não altera em nada o preço pra quem compra. 

O Homem mais Rico da Babilônia (compre pelo meu link aqui)

Dividindo a posição de "primeiro livro a ser lido sobre dinheiro" com Pai Rico, Pai Pobre, O homem mais rico da Babilônia ensina, por meio de parábolas, conceitos tão básicos quanto poderosos como reservar parte do que você recebe assim que for pago, não emprestar dinheiro a terceiros e não investir sem medir e reduzir os riscos.

É um livro curto (160 páginas), muito leve de ler e custa menos que aquela cerveja artesanal que você gosta.

Como organizar sua vida financeira (compre pelo meu link aqui)

Começando uma dobradinha de Gustavo Cerbasi, Esse é pra quem já despertou o interesse em cuidar bem do prórpio dinheiro. Nesse livro ele, de maneira super didática, engloba o que você precisa saber, como sair das dívidas, separar cada dinheiro para sua finalidade, imposto de renda, aposentadoria e afins.

Investimentos inteligentes (compre pelo meu link aqui)

Saiu das dívidas, organizou as contas e fez sobrar parte do salário. Emm Investimentos inteligentes Gustavo Cerbasi explica quem é quem nas opções que o mercado apresenta para os investidores, separando o joio do trigo. 

Facilmente você vai entender a diferença de CDI e CDB, que poupar não precisa ser em Poupança, que ações podem ser mais seguras que renda fixa, e por aí vai.

Essencialismo (compre pelo meu link aqui)

Baita livro do Greg McKeown, é o melhor remédio praqueles momentos em que estamos muito oucpados e pouco produtivos. Ou seja, fazendo centenas de coisas ao mesmo tempo, investindo toda a energia e tempo que temos, e não vemos os resultados.

Esse livro é indispensável, porque, além de muito leve para ler, traz exemplos práticos que podem ser aplicados na sua rotina antes mesmo de terminar a leitura.  

A Revolta de Atlas (compre pelo meu link aqui)

Se você tem mais de 14 anos e me pedir para indicar apenas um livro, provavelmente será esse que eu indicarei. 

Publicado na década de 1950, esse livro é uma ficção baseada numa situação (cada vez menos) hipotética de um movimento governamental baseado na equiparação financeira forçada de pessoas e empresas por meio de decretos anti-concorrência, lobbys de empresas ineficientes, punição à inovação e afins.

Nesse cenários, os principais empreendedores e pensadores começam a sumir e o mundo para de funcionar. E, durante toda essa história, todos se perguntam: Quem é John Galt?

Qualquer pessoa que leia essa obra, não tão leve quanto as outras que indico aqui, verá o mundo de outra maneira e conhecerá o conceito do "egoísmo racional" de Ayn Rand.

Blink: A decisão num piscar de olhos (compre pelo meu link aqui)

Sabe quando você tem certeza de algo apenas pelo feeling? Aquela sensação de "sei disso, mas não sei explicar"? Isso existe em todas as pessoas e acontece normalmente em situações nas quais o indivíduo é especialista. 

Para explicar como isso acontece, como aproveitar e como não se deixar cair em armadilhas, Malcolm Gladwell explica o que é como aplicar na vida o conceito de fatiar fino.

O Investidor de Bom Senso (compre pelo meu link aqui)

Fundador da gestora americana Vanguard, John Bogle apresenta nesse livro um guia prático de como se comportar de forma inteligente no mercado e buscar o melhor desempenho com a estratégia que entende ser a mais simples e eficiente: os fundos de índice.

Fundos de índice são fundos baseados em índices (não diga!) como o Índice Bovespa (Ibovespa), que reune uma carteira teórica com ações selecionadas e distribuídas com base em critérios como o quanto são negociadas, tamanho e setor. Ou seja, investimento baseado em dados e sem intereferência da instabilidade emocional dos seres humanos. 

A Startup Enxuta (compre pelo meu link aqui)

Nesse livro, que virou manual no mercado de startups, mas também é totalmente aplicado em empresas tradicionais, Eric Ries explica como criou e como aplicaro o conceito de Startup Enxuta, que se baseia na aprendizagem validada e na experimentação contínua, adotando métricas efetivas para avaliar o progresso, práticas que evitam o desperdício de tempo e recursos.

Esse eu conheci por volta de 2011 ou 2012, por conta de um professor da pós-graduação que fiz na PUCRS, chamado Eduardo Lorea, mas só dei a atenção devida anos depois. 

A Marca da Vitória (compre pelo meu link aqui)

Aproveitando o sucesso do filme Air (disponível no Prime Video), que conta a história da negociação da Nike para patrocinar os tênis de Michael Jordan, então novato em vias de entrar na NBA. Isso aconteceu em 1984, quando a Nike não tinha nem de perto a onipresença esportiva que tem hoje, sendo ainda conhecida basicamente pelos tênis de corrida. Deixando o elenco (que é ótimo, por sinal) de lado, a história traz o protagonismo para a mãe de Jordan, que, além de orientar o filho a escolher seu caminho olhando mais pro longo que pro curto prazo, muda toda a dinâmica econômica dos patrocínios esportivos ao colocar em contrato que Michael teria participação nas receitas de qualquer produto que fosse vendido com a marca deles.

Essa é uma das histórias que, junto à sola feita em chapa de waffle e o logotipo de US$ 35, está no livro de Phil Knight, fundador da Nike.

PARA CRIANÇAS - A Revolução dos Bichos (compre pelo meu link aqui)

Se seu (sua) filho (a) já tem o hábito de ler, apresente esse clássico para ele (a). Além de uma história muito divertida de ler, sem que perceba o leitor está tendo um pequeno curso de manipulação de massas em forma de quadrinhos. E custa menos de R$ 10.

A Revolução dos Bichos conta a história de um grupo de animais em uma fazendo que, insatisfeitos com sua condição de vida, se rebelam contra seu senhor. Mas, mesmo o objetivo sendo tornar mais democrática aquela comunidade ao expulsar os humanos que os exploravam, logo descobrem que quanto mais as coisas mudam, mais elas continuam as mesmas. Os exploradores mudam, mas os explorados seguem explorados.

* Para os marmanjos, indico a versão luxo, que você pode comprar pelo meu link aqui

Por Arthur Lessa 12/05/2023 - 15:40 Atualizado em 12/05/2023 - 15:48

Trade com atenção no longo prazo. Por mais contraditório que possa parecer para aqueles que conhecem há pouco a dinâmica do mercado de renda variável e entendem o daytrade, swing trade, opções e afins como estratégia de ganhos rápidos, essas ferramentas podem, sim, fazer parte de uma estratégia de crescimento constante e com riscos controlados, no melhor estilo "devagar e sempre", em carteiras compostas também de renda fixa e ativos de renda passiva.

Esse foi, pra mim, o principal ponto da conversa que tive no 60 Minutos com Bo Williams, criador da metodologia Phi Cube e trader há quase 30 anos. Segundo ele, quando se fala em análise técnica (aquela de ficar olhando gráficos para decidir se compra ou vende um ativo), o que se está vendo ali naquele emaranhado de linhas e barras são representações de movimentos realizados por uma massa de investidores que, psicologicamente e incoscientemente, seguem padrões tão claros que possibilitam a projeção de tendências. Em resumo, as pessoas se comportam sempre de maneira parecida e, por isso, podemos prever (com certa segurança) o que acontecerá no futuro.

TEXTO SEGUE APÓS O VÍDEO

Para este tipo de análise de investimentos, que difere bastante da fundamentalista, os analistas e trades lançam mão de modelos como fibonacci (baseado na proporção áurea de Leonardo Da Vinci), suportes, resistências, médias móveis e outros desenhos gerados a partir de equações matemáticas. Algumas dessas tão complexas que, se não pelos gráficos, seriam inúteis para os investidores. "Então a gente [do Phi Cube] acaba pegando uma coisa complexa, através da nossa tecnologia, e mostrando o que o mais provável de acontecer com o preço no gráfico", explica Williams sobre a sua plataforma.

Investimento no exterior

Norte-americano de nascimento, Bo Williams vem a Criciúma, em evento promovido pelo escritório Wise BTG, para falar aos investidores sobre a importância de investir em ativos fora do Brasil e apresentar, junto com o assessor de investimentos Rodrigo Aliano, as melhores práticas para isso. Segundo Bo, "uma coisa que é certa é que quando tem crise ou dúvida, os investidores voltam ao dólar. Então a gente precisa ter a possibilidade de colocar uma parte do nosso capital lá também".

Para saber mais sobre o evento, confira no site da Wise BTG.

Por Arthur Lessa 11/05/2023 - 12:57 Atualizado em 11/05/2023 - 13:07


[ESTE TEXTO FOI PUBLICADO ORIGINALMENTE EM 15 DE ABRIL DE 2022]

Na semana passada tratamos de dívidas e do efeito delas na vida das famílias.

Além do vídeo semanal do dia 8 de abril (Invista, mas não agora), esse também foi o assunto do vídeo com o Leandro Benincá, da comunidade Um A Menos Na Poupança. Os dois vídeos estão no nosso canal.

Aproveitando o gancho, entendemos que o brasileiro é um povo endividado. Os dados apresentados na semana passada e na conversa com o Leandro só transformam essa informação em números.

E o endividamento, infelizmente, é cultural. É comum ouvir dizer que “para crescer na vida é preciso ter uns ‘carneirinhos’ para pagar”. O crescer na vida nesses casos é comprar, no mínimo, carro e casa própria. Normalmente, o que acontece é, nesses dois casos, ir atrás dos melhores que o próprio orçamento alcança.

Se você já tentou financiar sua casa num banco, deve ter visto que o limite aceito pela instituição para a parcela a ser paga é normalmente de cerca de 30% da renda do correntista. Se a renda for de R$ 10 mil mensais, dificilmente a área de risco do banco vai liberar a operação.

Mas esse é o limite do banco. É o máximo de risco que ele se propõe a assumir, levando em conta a possibilidade de inadimplência, calote e afins.

Mas esse percentual não deve ser base para o seu planejamento.

Afinal, você não vai trabalhar apenas para pagar o financiamento da casa, parcela do carro, compras do mês e escola dos filhos, certo?

Ou será que vai?

Se essa pergunta te incomodou, talvez você tenha se colocado numa posição de “escravo do salário”.

Mas o que é um escravo do salário?

Vamos começar com um exemplo do Renato Breia, da Nord Research, num episódio do Risk Takers que tratou da história da própria Nord.

>>> ACESSE O TRECHO AQUI <<<

Eu puxei esse vídeo porque traz dois pontos muito importantes!

O primeiro é que estar acorrentado (mesmo que figurativamente) como um escravo te deixa preso (também figurativamente) no local onde você está. No caso acima, a mesma pessoa que teve um grande ideia de negócio não entrou junto. Eles não detalhes específicos, mas fica entendido que ele estava confortável onde estava, na Empíricus, possivelmente com pouca margem para arriscar ficar sem receita por um longo período.

Ou, talvez com possibilidade, mas sem grande incentivo pra trocar o certo e confortável pelo duvidoso e arriscado.

O segundo ponto é o tamanho da bola de ferro que prende a corrente. Nesse caso estamos falando de quanto é esse salário. Quanto maior é o salário, mas preso fica o cidadão.

Quanto à parte do conforto, vai de pessoa para pessoa. Quem não tem perfil para risco, não tem e abraçará a inércia. Mas normalmente a questão financeira tem impacto significativo.

Então vamos às contas!

Afinal de contas, é muito mais fácil buscar no mercado uma receita de R$ 5 mil que de R$ 25 mil mensais. E digo receita porque pode ser salário, sim, mas pode ser algum serviço pontual, rendimento de investimento, consumo da reserva de oportunidade ou, se for o caso, da reserva de emergência.

Para 6 meses de R$ 25 mil, você precisa de R$ 150 mil guardados. Para 5 mil, são R$ 30 mil. Se for em rendimentos, levando em conta um rendimento de FII de 0,8% a.m., para o primeiro caso são R$ 3,125 milhões. Para o segundo caso, R$ 625 mil em cotas.

Aí o que muda é a evolução que você impõe à sua vida.

Eu sei, e qualquer pessoa que tenha o mínimo de consciência sabe, que existem famílias que tem uma receita que é no máximo suficiente pra ter uma condição de vida aceitável. Mas não se pode usar essa informação para encobrir uma outra massa de pessoas que não tem se satisfaz com nenhum nível de gastos. Cada avanço na receita gera um incremento nas despesas, e o percentual de reserva segue beirando os 0%. É se manter na roda dos ratos, correndo sem sair do lugar.

Há quem recebe R$ 100 mil e não pode parar de trabalhar pelo estilo de vida e perfil de patrimônio. Tem em mente que tem um patrimônio de R$ 5 milhões, mas R$ 4,5 milhões são o valor da casa e R$ 500 mil é o valor do carro. Se precisar de dinheiro, rifa o carro ou sai de casa? E quanto tempo leva pra transformar essas coisas em dinheiro pra pagar as contas do mês?

Nesse raciocíno, o que escraviza não é o salário, são as contas. Mas quem as assume é você. Então, resolvendo a equação, quem se escraviza é você.

Você se vê nessas algemas? Se não, aproveite e se prepare para evitá-las!

Por Arthur Lessa 05/05/2023 - 12:52 Atualizado em 05/05/2023 - 13:51

"Muito do que nos apequena, nos entristece, já está em nós mesmos". Com essa frase, Clóvis de Barros Filho resume o raciocínio que está contido no vídeo abaixo, retirado da conversa com Rogério Vilela no podcast Inteligência Ltda. Nessa participação, Barros Filho foca no Estoicismo, que é uma escola de filosofia prática que ensina como viver uma boa vida ao focar naquilo que é possível controlar, reduzindo a ansiedade e o estresse.

 

Por Arthur Lessa 20/04/2023 - 18:11 Atualizado em 20/04/2023 - 18:30

O Ministério da Fazenda apresentou nesta quinta-feira uma pacote de medidas que visam facilitar o acesso ao crédito, com foco principal nas pequenas e médias empresas. Participaram da coletiva Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, e Marcos Barbosa Pinto, Secretário de Reformas Econômicas.

Entre as medidas anunciadas, chama atenção uma mudança legal que atinge diretamente os investidores do mercado financeiro, que estarão mais protegidos contra fraudes. A proposta é incluir na Lei das S/As a possibilidade de um acionista cobrar judicialmente reparação por prejuízos causados diretamente pelo controlador da investida, como divulgação de informações contábeis falsas.

No mercado de crédito especificamente, chamam atenção duas mudanças na dinâmica das debêntures (títulos de dívida de empresas privadas, semelhante ao que é o CDB para os bancos). Uma delas é a inclusão de setores como educação, saúde, segurança pública e habitação nas debêntures incentivas, que são isentas de imposto de renda para os investidores. As "não incentivadas" tem incidência de 15% de IR sobre o rendimento do investimento. 

A segunda mudança proposta, ainda sem grandes detalhes de como será feito, é simplificar o processo de emissão para que empresas de menor por possam recorrer às debentures como alternativa ao crédito bancário convencional, FIDCs ou de bancos de fomento. Entre as facilidades novas apresentadas estão flexibilização de quórum de assembleias para aprovação da dívida.

Além dessas medidas apresentadas de maneira mais prática, o Governo afirmou que acredita na redução do spread bancário por meio da concorrência, incentivando a entrada de novos players ao aumentar a segurança de investimento em bancos menores, e aprimoramento das competências do Banco Central e da CVM na regulação do mercado brasileiro.
 

 

Por Arthur Lessa 16/04/2023 - 16:50 Atualizado em 16/04/2023 - 16:54

Leandro Benincá é o cara que quer acabar com a poupança no Brasil. Para isso, ele tem investido os últimos anos em projetos como a comunidade Um a Menos na Poupança, hoje com mais de mil alunos, além de consultorias, cursos, lives abertas e palestras por todo o Brasil. 

Mas a história do Leandro como educador financeiro começou exatamente por conta das armadilhas que a falta de educação financeira colocaram na vida dele. E foi por pouco tempo. Foram 30 anos de vida nessa dinâmica, que o levou a quebrar financeiramente. E esse não foi o pior que aconteceu. 

Nessa conversa que foi ao ar na última sexta-feira (14), mais uma de tantas já gravadas pro 60 Minutos, fiz questão trazer APENAS essa parte da história. O Leandro da roda de rato, sempre fazendo mais do que conseguia para conseguir menos do que precisava.

 

Por Arthur Lessa 11/04/2023 - 21:13 Atualizado em 11/04/2023 - 21:22

Não são poucos os casos registrados na história da gestão de empresas que registram o fechamento de filiais, divisões e descontinuidade de produtos como estratégia de otimização do negócio. O movimento, muito comum em holdings, é conhecido como downsizing (diminuição, na tradução livre do inglês) e tem o objetivo de aumentar o foco dos sócios nos ativos que trazem maior retorno. 

Um exemplo recente registrado no sul catarinense é a venda, ainda em processo de conclusão, das nove unidades da rede de supermercado P e G, dos irmãos Paulo e Gustavo Althoff. A saída do setor de varejo alimentício foi motivada pelo falecimento do pai e sócio Flaris Althoff. "Éramos nós três administrando as empresas. Sem ele, ficamos com menos 'braços'  e entendemos que era o momento de vender o negócio menor para depositar nossa energia nos maiores", explicou Paulo. 

Os negócios maiores citados por ele são uma indústria de descartáveis Totalplast e a financeira GPA Fomento.

Sobre o desinvestimento, as tratativas para venda das unidades para as redes MM Rosso, Manentti, Bistek, Castagneti e Moniari iniciaram por volta de fevereiro e a entrega das primeiras lojas deve acontecer ainda em abril. No "pacote" adquirido pelas redes estão o maquinário, o estoque e o ponto de cada unidade. Vale ressaltar que apenas dois dos nove imóveis são próprios e devem seguir no patrimônio da família, sendo locados para o MM Rosso (próximo ao City Club) e Moniari (Laguna).

Apenas uma das operações, de Tubarão, segue sem destino definido. Das outras, em maio já devemos ver uma ou outra de cara nova

Por Arthur Lessa 31/03/2023 - 20:58 Atualizado em 31/03/2023 - 22:48

 

Na entrevista especial desta sexta-feira, no 60 Minutos, tive a oportunidade de conversar com o analista e consultor de investimentos Ricardo Schweitzer sobre diversos assuntos, como carreira, experiências na área de research, mudanças recente na relação dos investidores com as informações difundidas por veículos e produtores de conteúdo nas reds sociais e, não poderia deixar de fora, o cenário econômico atual e os impactos nos pequenos investidores. 

Em dado momento, baseado no caso do FII (fundo de investimento imobiliário) DEVA11, o Schweitzer explicou o risco não visto por boa parte dos investidores dos chamados "Fundos de Papel", que são FIIs que não investem em imóveis (ativos reais), mas em títulos de dívida.

O texto continua após o vídeo

O DEVA11 sofreu uma queda de 20% no preço da cota em poucas horas ,no dia 29 de março, por conta de uma decisão judicial que possibilitou o não pagamento de títulos de dívida (CRIs) que compõe praticamente 20% da carteira do fundo.

De acordo com o site Clube FII News, outros 13 FIIs foram atingidos pela decisão. São eles o Hectare CE (HCTR11), Versalhes Recebíveis Imobiliários (VSLH11), Serra Verde (SRVD11), Tordesilhas EI (TORD11), Iridium Recebíveis Imobiliários (IRDM11), Blue Recebíveis Imobiliários (BLUR11), Iridium (IRIM11), Kilima Volkano Recebíveis (KIVO11), Suno Recebíveis (SNCI11), NCH Brasil Recebíveis Imobiliários (NCHB11), TG Ativo Real (TGAR11), Devant Properties (DPRO11) e Banestes Recebíveis Imobiliários (BCRI11).

Por Arthur Lessa 14/02/2023 - 18:32 Atualizado em 14/02/2023 - 18:33

Recuperação judicial é um dos principais temas desse começo de 2023. E aqui não estou falando (apenas) das Lojas Americanas, que deixaram o mercado de queixo caído com a dívida aproximada de R$ 50 bi que se tornou pública em janeiro.

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O tamanho do rombo financeiro encontrado na varejista, além do impacto do caso na prórpia credibilidade da empresa, não deixaram outra alternativa se não lançar mão desse recurso jurídico que, entre outras medidas, blinda temporariamente a companhia contra processos de cobranças de fornecedores, bancos e qualquer outro tipo de credor. É a judicialização do "devo, não nego; pago quando (e como... e quanto) puder".

Mas as chamadas RJs também estão se apresentando como possível tábua de salvação para outra grandes como a telefônica Oi, que acaba de sair de seu primeiro processo de recuperação judicial, e a varejista de moda Marisa, que tenta se acertar com credores para não precisar dessa medida tão drástica.

Para explicar com ainda mais profundidade esse tema, recebi novamente nesta terça-feira (14) o advogado e consultor de empresas Agenor Daufembach, especialista no assunto com experiência de diversas (e grandes) processos de recuperação judicial em Santa Catarina. Entre vários pontos, ele explicou como a Oi pode pedir novamente, num prazo tão curto, para iniciar uma nova RJ.

Confira o vídeo no canal do 60 Minutos ou abaixo:

Por Arthur Lessa 14/02/2023 - 16:15 Atualizado em 14/02/2023 - 18:06

O ano de 2023 começou com uma bomba monumental explodindo na economia brasileira: o que começou com uma grave inconsistência contábil de R$ 20 bilhões acabou se revelando, poucos dias depois, na revelação de uma dívida de mais de R$ 40 bilhões (hoje já beirando R$ 50 bi) das Lojas Americanas, o que levou a empresa a iniciar o processo de pedido de recuperação judicial.

Para entender melhor o que significa esse pedido e o que deve acontecer, se for aprovada a RJ, com fornecedores, credores e outros negócios envolvidos de alguma maneira com a empresa, conversei com o advogado Agenor Daufembach, especialista em recuperação judicial.

Confira o vídeo

 

Por Arthur Lessa 09/02/2023 - 15:47 Atualizado em 09/02/2023 - 16:02

Rafael Ferri, principal cara do Traders Club, hoje chamado de TC, não tem mais nenhuma ligação com o negócio que ajudou fundar em 2016 e do qual foi, por muito tempo, o grande porta-voz. Pelo que menos é o que afirmam a empresa e o próprio Ferri, que abriu uma live na manhã desta quinta-feira (9) pelo seu canal do instagram. 

Inclusive, pensamento rápido... Que situação essa de o fundador da empresa ser afastado e o mercado ver o fato como algo positivo, não?

Conhecido no mercado financeiro pelas opiniões e ações polêmicas, Ferri não poupou concorrentes, reafirmou a acusação de envolvimento de Felipe Miranda, da Empíricus, com o "vídeo da palhaça" que acusava o TC de diversos crimes financeiros, além de ressaltar o envolvimento do próprio investidor na ação de pump and dump nas ações da Mundial, fabricante de alicates de unha, que ficou conhecido como "Bolha do Alicate" e gerou processos contra Ferri, o então diretor-presidente da Mundial e outros envolvidos no caso. Além disso, o agora ex-sócio do TC deixou claro que, sem as travas de compliance e regras de sócio de empresa listada, ele vem com tudo.  

Para apresentar e contextualizar as principais informações que envolvem o afastamento de Ferri do TC (Traders Club), entrei ao vivo no canal do 60 Minutos no YouTube no formato de react, comentando o vídeo de Ferri e lembrando algumas das polêmicas do investidor. Entre elas, processo judicial e denúncia de manipulação de mercado.

Confira o vídeo abaixo

Se quiser assistir ao vídeo na íntegra sem meus comentários, confira aqui.

Por Arthur Lessa 07/02/2023 - 11:49 Atualizado em 07/02/2023 - 11:52

Chamada pela Verde Asset como "a maior fraude da história corporativa do Brasil", a recuperação judicial das Lojas Americanas segue trazendo ao mercado mais dúvidas que certeza, principalmente em se tratando de negócios envolvidos de alguma maneira com esse ecossistema. Entre eles os franqueados das marcas do Grupo Uni.co, que conta com as marcas Imaginarium, Puket, MinD e Lovebrands e teve 70% adquirido pelas Americanas em 2021. 

De acordo com o empresário Tiago Garcia, franqueado da Imaginarium em Criciúma e na Grande Florianópolis, a operação das lojas segue normal na unidades e um comunicado foi encaminhado pela Uni.co afirma que o os problemas das Americanas não envolverão suas marcas. Essa foi a única informação oficial que recebeu da franqueadora. O que sabe além é por juntar fatos, acompanhar notícias e buscar explicações. 

A própria relação entre Uni.co e Americanas não é clara aos franqueados. "Nos disseram que a gestão da Uni.co é autossuficiente, inclusive financeiramente, e não depende de dinheiro da Americanas. Além disso, a entrada das Americanas seria apenas para melhorar o marketplace, sem nenhum aporte nas lojas físicas", explica Garcia, que não esconde que a falta de clareza dos fatos incomoda.

Por conta desse desconforto, os franqueados tem marcada uma reunião para o próximo dia 27 uma reunião com a direção da franqueadora para que esses pontos nebulosos sejam clareados. Entre as incertezas do momento, além do possível impacto "solidário" à RJ das Americanas, há também preocupação com a cadeia logística. "Como trabalhamos muito com importação, um impacto de fornecimento será sentido mais pra frente. Mas, no momento, o funcionamento está normal como sempre", confirma. 

Por Arthur Lessa 03/02/2023 - 06:03

Há alguns dias a "nova onda" da inteligência artificial tem rondado meus assuntos. Na semana passada fiz uma live com a Alê Koga sobre o ChatGPT, gerador de textos sob encomenda que é a grande sensação de 2023 nesse tema. 

Nessa live, inclusive, pedi que a plataforma criasse uma matéria policial fictícia como se fosse de autoria de Willian Shakespeare. E o resultado ficou muito interessante, principalmente por ter levado menos tempo para "pensar" e redigir que uma pessoa comum levaria só para digitar. Você pode conferir esse texto aqui.

Além dessa brincadeira, testamos também durante a live algumas possibilidade mais práticas e úteis, como texto publicitários para protetor solar e carros usados. E, de novo, o resultado foi satisfatório. Outro trecho que você pode conferir aqui.

(UM ÓTIMO TEXTO) CONTINUA APÓS O VÍDEO

Mas, por outro lado, alguns pedidos feitos deram frutos sem sabor, sem graça, mecânicos (irônico, não?). E a diferença se deu basicamente pela complexidade do pedido e do resultado esperado. Quanto mais detalhes eu acrescentei, como no caso de Shakespeare, melhor ficou o resultado. Por outro lado, uma pergunta simples rendeu um verbete de Wikipedia. 

E é aí que mora a grande pergunta: até que ponto essa tecnologia põe em risco a utilidade do trabalho humano?

Eu pergunto e eu respondo, obviamente baseado na minha própria opinião.

O risco de ser substituído pela inteligência artificial como a vemos hoje é altíssimo para quem apenas cumpre tarefas de forma mecânica e genérica. Um exemplo já bastante batido e anterior a qualquer sinal de inteligência artificial é o ascensorista. Anteriormente, quando o sistema dos elevadores era rústico e perigoso, ele era importante. Hoje, com comandos digitais e botões simples, é completamente inútil.

Trazendo para o tema, se você tem esse medo, pense no que você faz no seu emprego. Quão complexa é a rede de informações e cruzamentos de dados que você sintetiza em um texto? Ou você apenas reúne informações já disponíveis e apenas escreve, como num relatório?

Se você é a pessoa que montar o relatório que apresenta apenas qual foi o aumento das vendas do produto X  no período Y, prepare-se para um possível “final de ciclo”. Por outro lado, se você é aquele que, a partir dessas informações, analisa variáveis de cenário, concorrência, economia e objetivos da empresa para definir um plano de ação, atente-se a aprender a usar bem a ferramenta.

O que vemos hoje não é novidade. Já aconteceu várias vezes na história, que as chama de “revoluções industriais”. Estamos passando por apenas mais uma e, seguindo o darwinismo na sua essência mais pura, sobrevive quem se adapta. 
 

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