Quem me pergunta sobre sugestão de livro pra começar a entender finanças e investimentos, ultimamente tem que ouvido falar muito de O homem mais rico da Babilônia, mas existe outro livro essencial, mais antigo e tão mais fácil de ler que pode ser lido e facilmente entendido por crianças entrando na adolescência: Pai Rico, Pai Pobre.
Nessa obra, Robert Kiyosaki apresenta uma história baseada em sua infância na década de 1950 na qual existem dois pais. O Pobre é o dele, que, mesmo não sendo realmente pobre, já que era professor universitário, pregava que o amor ao dinheiro era a raíz de todo o mal e que o filho deveria estudar arduamente para trabalhar em uma boa empresa. O Rico é o pai do amigo Mike, que era empresário, defendia que a falta de dinheiro é a raíz de todo o mal e que estudar arduamente deveria ter como objetivo ter uma boa empresa.
Sortudo Robert, que pode ter dois exemplos tão distintos para comparar e aprender a pensar sobre finanças a partir da própria cabeça, reunindo as informações que lhe eram passadas. Mas esse é apenas a ponta do iceberg dessa obra.
Esse foi o primeiro livro que li sobre o assunto e, por isso, o primeiro que me apresentou com clareza a dinâmica do dinheiro na vida cotidiano e, principalmente, como essa dinâmica é comandada pela nossa cabeça.
Em um dos mais importantes e simples ensinamentos, Kiyosaki ensina com desenhos simples a diferença de trocar seu dinheiro (comprar) um ativo, que gera renda, e um passivo, que gera despesas. Vale ressaltar, como já vi vários especialistas “criticando”, que o uso dos termos “ativo” e “passivo” em Pai Rico, Pai Pobre não condiz com a lógica contábil, sendo apenas um modo simples de diferenciar os dois na dinâmica financeira.
Comprar um carro, por exemplo, pode entrar nas duas categorias. Se for pra trabalhar com Uber, é um ativo; se for apenas para uso próprio, é um passivo. Nos dois casos existe a desvalorização e as despesas de combustível, manutenção, impostos, seguro e afins. A diferença está no fato de no primeiro caso haver uma geração de dinheiro que cubra esses gastos e ainda sobre um lucro, enquanto no segundo o prejuízo é certo, já que o dinheiro que paga esses gastos vem de outras fontes.
É importante ressaltar que o exemplo acima é focada meramente na questão financeira, desconsiderando o conforto e facilidades que um veículo próprio pode gerar de acordo com o cotidiano de quem o tem, e ter em mente que não existe vida boa de ser vivida sem passivos. O importante é entender a diferença e, com isso em mente, criar um equilíbrio que garanta uma vida que demande menos esforço com o passar do tempo.
E, falando em tempo, o senhor maior da multiplicação de patrimônio, quanto antes ler Pai Rico, Pai Pobre, melhor!
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