Se arrependimento matasse...você já falou esse dito popular? Acho pouco provável que alguém, em algum momento da vida, não o tenha dito. E quando você concedeu uma oportunidade a alguém de sua equipe e depois se arrependeu, já sentiu isso também?
Esse sentimento de lamentação pode fazer sentido em alguns momentos, mas cabe algumas reflexões sobre essa sensação, vamos refletir?
Primeiro, só quem toma decisões está sujeito a sentir qualquer coisa, desde arrependimento até orgulho pelo feito, mas é preciso ter atitude, antes de mais nada. Então, nem todo arrependimento é inútil, ele é consequência de um ato e, claro, se não gostou do resultado, aprenda com ele.
Segundo, se você deu uma oportunidade a alguém é interessante pensar em que condições você fez isso? A pessoa tinha de fato perfil para tal desafio? Às vezes confundimos as coisas, uma pessoa que se relaciona bem, não necessariamente será um bom vendedor. Um colaborador que dá excelente resultados não significa que será um bom líder e fará um time dar o mesmo resultado. Então, primeiro pense nisso, talvez só nessa primeira parte já tenhas algo a aprender sobre oportunidades fornecidas a outros. Relevante também pensar na sua expectativa, quando promovemos alguém, nossa régua de exigência pode ser maior que a habilidade do colaborador, por isso, dar oportunidade e não manter um plano de desenvolvimento pode ser o início do fim.
Terceiro, não se arrependa pela oportunidade oferecida, na verdade, você não controla o que os outros fazem, logo, essa é uma responsabilidade de quem recebe. Mas quando você oportuniza algo a alguém é uma declaração nítida de reconhecimento. E a melhor forma de estimular alguém é reconhecê-la. No momento da escolha realizada, aquela parecia ser a sua melhor peça no tabuleiro de xadrez e, de repente, quando você analisa melhor a jogada, percebe que escolheu a peça errada novamente, quem precisa aprender com isso? Você!
Das próximas vezes, para minimizar a possibilidade do sentimento de arrependimento, analise todos os potenciais talentos do seu negócio ou de um setor especifico. Utilize instrumentos técnicos para minimizar erros, como avaliação psicológica, por exemplo. Se você não está apto para fazer isso, contrate alguém que faça, o investimento valerá a pena. E, por último, nunca promova alguém com pressa. Tempo é uma variável importante nas decisões, principalmente nas que envolvem comportamentos.
E da próxima vez, não diga se arrependimento matasse, diga com planejamento minhas chances de arrependimento são mínimas, logo, pare de agir por impulso, pense, avalie, teste e depois concretize. E, se ainda assim, houver arrependimento, lembre-se, você fez algo e isso só acontece com quem ousa realizar.