Há alguns dias aderimos a um novo acessório, obrigatório para alguns lugares, optativos em outros, necessário para todos. Estamos nos adaptando a essa nova mercadoria e mercado, empresas já fizeram negócios através das máscaras(literalmente). Estamos aprendendo a nos conectar, comunicar e até mesmo, nos esforçando para reconhecer o que, até então, nos era conhecido, inclusive os rostos. Passamos por conhecidos e não conseguimos ter certeza se a pessoa que estamos pensando é, de fato, aquela à nossa frente, já que a máscara altera nossa percepção. O que isso significa? Para muitos apenas estão “trocando de máscaras”, outros estão caindo máscaras e, uma parte ainda se esconde atrás das máscaras.
Quando falo de máscara me refiro não a este objeto que você está obrigado a comprar devido à situação em que vivemos, falo das máscaras invisíveis que usamos para nos proteger, disfarçar, coagir, amedrontar e tantas outras utilidades.
Você já parou para pensar em qual grupo se encontra? Nos que estão trocando, caindo ou se escondendo? Entenda máscaras como características que nos identificam – isso serve para pessoas e culturas. Então, existe a máscara do líder perfeito, bonzinho, paizão, cruel, chato, existem os colaboradores produtivos, engraçados, malas, inconvenientes, extrovertidos e existem as empresas corajosas, disruptivas, tradicionais e as que vendem uma imagem do que não são.
Neste momento, muitos de nós estamos convocados a alterar esse mecanismo, por exemplo, de introvertido, passamos a ter de encarar a exposição das redes sociais, a de conformados pela de apaixonados pela mudança. E, quando falo das máscaras perdidas, me refiro às da vulnerabilidade, que expôs que grandes líderes e negócios erram e são imperfeitos, possuem medos e também tomam decisões erradas e que bom, assim paramos de romantizar o sucesso. E sobre as máscaras que estão caindo, me refiro à culturas frágeis que perderam o “propósito” na primeira grande crise em que passaram ou daquelas que os puffs e ambiente despojados não foram suficientes para manter o desejado engajamento.
O momento é de reinvenção...das máscaras também e, para isso, comece pensando em quais você tem usado nos últimos tempos? Eu sei, você vai dizer bem seguro de si: “Eu não uso máscaras, sou uma pessoa íntegra e transparente”, ok, então você já me disse sobre duas de suas atuais máscaras. Não entenda máscara como “forçação” de barra, tentando ser o que você não é, e a entenda como mecanismos que usamos e, às vezes, usamos tão fortemente que nos conferem rótulos. Logo, se estais com dúvidas, pergunte aos seus mais próximos, e tenho certeza, máscaras irão surgir. Neste momento tão propício, fica o convite, a sua máscara atual representa de fato quem é você? Pense nisso!
Blog Letícia Zanini
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As máscaras estão caindo...
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