Certo, o negócio é não tomar gols. Mas é necessário fazê-los também. Afinal, as rodadas estão avançando e o Criciúma vai se distanciando do 16º lugar, que passou a ser o sonho de consumo tricolor na Série B. Hoje o invejado é o Juventude que, com 6 pontos, está 5 à frente do Tigre. “Queremos no final do turno estar na primeira metade da tabela”, afirmou o superintendente Róbson Izidro. Missão mais dura ainda. “O trabalho vai ser muito árduo”, confirmou o técnico Mazola Júnior.
Calculadora na mão, o Criciúma, para ser 16º ao final do turno, precisa em torno de 21 pontos nos 13 jogos que tem pela frente. São sete vitórias, e o Tigre terá seis partidas em casa: Paysandu, Boa Esporte, São Bento, Figueirense, Londrina e Vila Nova. “Mas eu tenho muita confiança”, diz o técnico. É necessário um desempenho de 54% a partir de agora até a partida diante do Sampaio Corrêa, que fecha o turno tricolor.
Na Série B do ano passado, o último fora do Z-4 na primeira metade foi o Santa Cruz com 23 pontos. O Figueirense, com 20, abria o grupo de descenso, que contava ainda com Luverdense, ABC e Náutico. Dos quatro, somente o Figueirense escapou mandando o Santa para a Terceira. “Com esse time, vamos brigar para não cair”, disse o atacante Zé Carlos na semana passada.
E se a meta for realmente o 10º lugar ao final do turno? Daí o Tigre precisa de uma grande arrancada de 66%, ganhando oito e empatando duas, podendo perder no máximo três vezes até a 19ª rodada. O décimo em 2017, na metade da competição, era o Londrina, com 27 pontos. Sem esquecer que todos os cálculos levam aos 45 como número mágico, a pontuação a ser alcançada para que o tricolor jogue a Série B em 2019.
A grade do Mazola
O Criciúma está em busca de cinco reforços. “Sim, vamos fazer de tudo para sair dessa situação”, adiantou o presidente Jaime Dal Farra. Mas o treinador contemporizou. “Não estamos em condições de fazer loucuras”. A intenção de contratar dois jogadores até sexta-feira não foi cumprida. “É lógico que o grupo precisa ser reforçado”, apontou Mazola.
A semana começa ainda sem contratações. “Tem lacunas na grade do plantel”, comentou o treinador. Ele projeta a necessidade de “vinte jogadores de linha, o Criciúma não os tem”.
Marcelo e Roni com Mazola
“O Mazola é um treinador muito exigente, o conheço há 20 anos, fui atleta dele”. São algumas das credenciais de Marcelo Dias, auxiliar técnico que trabalha há uma semana com Mazola Júnior no Criciúma. Ele reuniu as informações do Fortaleza, adversário de amanhã. “É o líder. Sabemos do grau de dificuldade. Temos que ser inteligentes para jogar lá”, afirmou. “Alcança quem não cansa de trabalhar, de insistir e de buscar”, resumiu o auxiliar.
“Encontramos um time bem preparado”, elogiou Roni Silva, preparador físico. “Essa composição de atletas jovens com mais experientes, se for bem aproveitada é interessante”, apontou, analisando o elenco do Criciúma. Roni assumiu na chegada de Mazola e com a saída do preparador Rogério Juidecce.
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