Ainda não é dinheiro suficiente para resolver os problemas, mas despachar o paraense São Raimundo e o paulista Oeste em duas fases da Copa do Brasil rendeu ao Criciúma uma boa grana. São mais de R$ 2,2 milhões assegurados, e o confronto com Chapecoense ou Mixto de Cuiabá, na terceira etapa, pode render mais R$ 1,4 milhão. Se passar pela próxima rodada, o Tigre terá alcançado uma cifra acima dos R$ 3,5 milhões.
O clube guarda a sete chaves o valor da sua folha de pagamento, mas ela dificilmente escapa dos R$ 650 mil. Ou seja, o prêmio conquistado já paga o custo com atletas do Catarinense, e se o patamar for mantido no Brasileiro, o montante sustenta salários por um tempo razoável.
Mas claro que a matemática não é tão simples. Primeiro que citamos aqui uma folha presumida, e não oficial. Ela pode ser maior agora, e deverá ser maior no Campeonato Brasileiro, pelas dificuldades inerentes da competição, no caso a Série B que começa no fim de abril.
Usemos outro parâmetro então. O recente contrato perdido com a Caixa Econômica Federal já está "quitado". Ocorre que o Criciúma recebia algo em torno de R$ 125 mil mensais, que perfaziam os perto de R$ 1,5 milhão anuais. Essa cifra já está superada com a campanha atual na Copa do Brasil. Logo, passar por paraenses e paulistas vale ao Tigre uma Caixa investindo o ano inteiro no clube. Prova do quão rentável e importante é essa competição, e a robustez da vitória diante do Oeste nesta quinta no Majestoso.
A foto acima, "roubartilhada" do perfil do Jean Mangabeira no Facebook, está revestida de significado então. Tenho certeza que aqueles jogadores que ali estão são cientes que o time precisa de reforços. Que será necessário mais qualidade para ambicionar algo além de pouca coisa no Brasileiro. E a Copa do Brasil, a partir de agora, vira loteria. No campo teórico, claro, uma classificação do Mixto seria naturalmente bem mais interessante para fazer do Tigre favorito a um lugar na quarta fase, que é a última etapa antes do ingresso dos times da Taça Libertadores na Copa do Brasil. Enquanto que uma passagem da Chapecoense, naturalmente, faz a balança pender para o lado verde.
Mas a quarta fase vale mais R$ 1,8 milhão, e se o Tigre conseguisse chegar lá poderia sonhar com mais de R$ 5 milhões na conta. Seria como a venda do jogador que não está nos planos neste ano, face a falta de talentos para negociar agora.
Outro detalhe importante. A terceira fase já será em sistema de ida e volta, e com pênaltis em caso de empate, sem saldo qualificado. A ordem dos mandos de campo será sorteada. Uma decisão no Majestoso, de novo, seria bem vinda.
É um peso a menos essa classificação para a volta à rotina do Campeonato Catarinense. Domingo tem o Figueirense no Scarpelli, e semana que vem o Hercílio Luz, no HH.