Está lá na página 12 do Diário Catarinense desta sexta-feira: "Florianópolis é a quarta capital em fumantes. Pesquisa do Ministério da Saúde aponta que 11% da população da nossa Capital admite fumar e que 3% deles consomem mais de uma carteira por dia".
Enquanto houver um fumante a preocupação existirá. Quem é dessa nossa faixa dos 35, 40 anos, conviveu com os tempos em que fumar em qualquer lugar era normal. As pessoas fumavam em ambientes fechados, e falando de três décadas para trás, duas décadas e pouco para trás. Cenas que hoje seriam abomináveis, as pessoas fumavam em inúmeros ambientes, onde hoje não se concebe o cigarro. O cigarro foi colocado da porta para fora.
Foi uma cultura que mudou. As pessoas que fumavam em qualquer lugar não o fazem mais. A modificação dessa cultura é, de três décadas para cá, uma prova incontestável de que as coisas podem mudar. De que, quando houver organização, foco, autodeterminação, e aí falo no sentido individual e coletivo, as coisas podem mudar.
O Brasil era um país de fumantes. Já é um país de muito menos fumantes, ainda tem bastante, mas muito menos do que já teve. Por isso que esses movimentos recentes de enfraquecimento da rigidez perante ao cigarro, mediante o estapafúrdio argumento de que diminuindo amarras em relação ao cigarro nacional vamos coibir o contrabando. Convenhamos. Um argumento que ameaça uma conquista brasileira que foi essa contundente luta com resultados positivos contra o uso do cigarro.
Logo, a mudança de cultura é a grande reflexão positiva desse episódio. Nós temos energia para mudar. Basta que persigamos essa mudança. O cigarro é a grande prova de que mudar vale a pena.