Ontem pela manhã havia uma equipe de profissionais da Oi promovendo a retirada de orelhões, telefones públicos na área central de Criciúma. Foram retirados pelo menos quatro do entorno do Terminal Central e um da Rua Itajaí. Esses telefones foram removidos dentro de uma orientação da Anatel, que tem desde o fim do ano passado, a partir de um decreto do então presidente Michel Temer, a liberação para retirar orelhões considerados inviáveis, com custo acima do que arrecadam. Há um estudo da Anatel apontando que telefones que faturavam R$ 40 arrecadam menos de R$ 4 atualmente, e que existem aparelhos que passam semanas sem receber ou fazer uma ligação sequer. Tudo por consequência do avanço da telefonia celular.
Essa retirada de orelhões pelo Brasil ocorre com o decreto que atualizou as obrigações das operadoras de telefonia. Pelas novas regras, os orelhões não são mais um investimento obrigatório. Agora, as empresas tem que canalizar recursos para levar o 4G para regiões carentes de telefonia móvel. Antigamente havia a obrigação de quatro aparelhos para cada mil habitantes. Agora a obrigação é de um aparelho para cada 1,5 mil habitantes.
Entre janeiro de 2018 e janeiro de 2019, o Brasil desativou 482.522 orelhões, 56% dos 854,3 mil aparelhos que existiam país afora até o começo do ano passado. Na contramão disso, o país tem mais de 250 milhões de linhas de telefones celulares em operação.
A norma da Anatel obriga, porém, a ter orelhões em universidades, parques de exposições, escolas, hospitais, aeroportos, hospitais, rodoviárias, presídios ou qualquer lugar público onde já existiam aparelhos. A distância entre os aparelhos passa de 300 para 600 metros. Todo dia, 120 orelhões são retirados das ruas do Brasil. Santa Catarina, em 2014, tinha 30.298 orelhões.
Essa retirada em Criciúma continua. Serão retirados mais alguns de bairros e outros da área central.