Pense no que você fazia há 14 anos. Ou quase isso. Em 13 de junho de 2004 o Criciúma vencia o Juventude por 2 a 0 pela Série A do Campeonato Brasileiro. Era a última vez que o Tigre conseguia dobrar o adversário verde de Caxias do Sul. Depois, foram oito confrontos com seis derrotas e dois empates. É contra este tenebroso retrospecto que o Criciúma também luta na noite desta terça-feira no Heriberto Hülse.
Os primeiros confrontos da história entre os dois ocorreram em 1980. Em março daquele ano, pela Série B (ou Taça de Prata), no Alfredo Jaconi, deu Juventude, 3 a 1. Em maio, no Heriberto Hülse, um amistoso vencido pelo Criciúma, 3 a 0, com gols de Laerte, duas vezes, e Jorge. Chiquinho treinava o Criciúma que na época ainda nem era tricolor, vestia o azul herdado do Comerciário.
Em 1982 houve outros dois amistosos, ambos vencidos pelo Criciúma por 3 a 0, cada um na casa de um dos dois. Em 1986 a primeira vitória oficial do Criciúma no confronto: 1 a 0 no Majestoso, gol de Jorge Veras. Zé Carlos treinou o time que teve Luís Henrique, Chiquinho (Milton Mendes), Sílvio Laguna, Solis e Sarandi, Jairo, Carlos Alberto e Rached, Guinga (Treze), Edemílson e Jorge Veras. O jogo valeu pela Série B nacional.
Também pela Segunda Divisão, Tigre e Ju voltaram a se encontrar em 1990. O Criciúma ganhou por 1 a 0 em casa, gol de Zé Roberto, e empatou em 0 a 0 em Caxias do Sul. João Francisco treinava o Criciúma naquela temporada.
Em 91, novamente pela Série B, 0 a 0 no Heriberto Hülse e uma derrota emblemática em Caxias do Sul. O Criciúma tomava 2 a 1 e o técnico Luiz Felipe Scolari esteve em vias de ser demitido. Soares fez o gol tricolor naquele tropeço. É que o resultado só não terminou em rebaixamento pela virada de mesa do Campeonato Brasileiro na temporada seguinte. Felipão ficou no cargo e, na semana seguinte, partiu para despachar o Goiás, depois o Remo e, um mês e meio depois daquela derrota para o Juventude, o Criciúma era campeão da Copa do Brasil.
O primeiro confronto por Série A aconteceu em 95, 1 a 1 no Heriberto Hülse. Alaor anotou para o Tigre, treinado por Gonzaga Milioli, e Galeano fez o do Juventude, do técnico Emerson Leão. O time gaúcho havia acabado de subir da Série B e vivia a era Parmalat. Márcio Angonese, que anos depois passaria sem brilho pelo Criciúma, defendeu o Juventude naquela partida.
Em 96 o Criciúma perdeu um amistoso por 3 a 0 no HH e depois, pela Série A, ganhou por 3 a 2 no Alfredo Jaconi, gols de Carlos Henrique, Toni e Everaldo. Sérgio Cosme treinava o Tigre. Pelo Brasileirão de 97, 1 a 1 no Heriberto Hülse. Em 2001, dois amistosos. Em Capão da Canoa, no litoral gaúcho, deu Juventude, 1 a 0. No Majestoso, 1 a 1. Em 2002, na Sul Minas, deu Criciúma 2 a 0 em casa. Três confrontos em 2003: 2 a 1 para o Ju, um amistoso no HH; 3 a 0 Tigre em casa, pelo Brasileirão; e derrota por 3 a 1 no Jaconi, também na Série A. Veio 2004 com a última vitória, 2 a 0 no Majestoso, e tropeço em Caxias, 1 a 0.
Na última vitória sobre o Juventude, há quase 14 anos, o Criciúma do técnico Vágner Benazzi teve Fabiano, Luiz Paulo (Paulo César), Ronaldo, Luciano e Gleidson, Cléber Gaúcho, Alexandre (Márcio Richards) e Genalvo, Reinaldo (Fábio Oliveira), Rafael Toledo e Marcos Denner. Rafael Toledo e Fábio Oliveira marcaram.
Depois, os oito jogos do jejum vigente: 2006 (Juventude 3 a 1 em Caxias, amistoso); 2008 (duas derrotas por 1 a 0, Série B); 2010 (dois empates em 1 a 1, Série C. No empate de Criciúma o Juventude foi rebaixado à Série D e naquele ano o Tigre subiu); e 2017 (derrotas por 1 a 0 no Jaconi e 2 a 1 no HH, Série B).