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A distância, o dinheiro da eleição e o pacificador

Por Adelor Lessa 24/04/2020 - 06:01 Atualizado em 24/04/2020 - 07:00

Pior notícia da quinta-feira: 407 mortes em 24 horas no país por coronavírus.

Sinal de alerta.

No estado, os números estão sob controle, em baixa. Resultado do isolamento que foi bem feito.

Agora as atividades estão sendo liberadas. O compromisso de manter a situação sob controle passou para o cidadão.

Maior polêmica da quinta-feira - exigência de 1 metro e meio de distância entre as pessoas que forem a bares e restaurantes.

Se fosse entre mesas, ok.

Se exigisse que cada mesa poderia ter no máximo duas pessoas, ok.

Mas, 1 metro e meio entre uma pessoa e outra? Marido e mulher, inclusive.

Imagina um casal que vai no restaurante para jantar e tem que ficar em mesas separadas (necessário para cumprir a exigência de 1 metro e meia).

Ou um empresário que leva um cliente. Como vão conversar?

E se o restaurante tiver mais 30 pessoas, ou 100. Todo mundo falando alto, pela distância. Ninguém vai se entender. Uma confusão.

Isso inviabiliza retomada de movimento e dos negocios.

Não estou nem discutindo se deve ou não, certo ou errado.
Parto do princípio que se o Governo decidiu liberar, é porque discutiu internamente à exaustão, avaliou todas as circunstâncias, os técnicos foram ouvidos, e a decisão deve estar muito bem fundamentada.

O fio de divergência que puxo é sobre a exigência do 1 metro e meia de distância entre as pessoas.

Deixar assim, é quase o mesmo como não liberar.

 

O dinheiro da eleição

O FORCRI volta a se posiconar a favor do repasse dos recursos previstos para os Fundos Eleitoral e Partidário para ações de combate à Covid-19.
Faz todo o sentido. Tudo a ver. Pelo ambiente de crise que o país vive, e pelo que ainda vem por aí.

Mas, façamos contas.
O presidente Bolsonaro sancionou a Lei Orçamentária Anual de de 2020, que inclui o fundo eleitoral de R$ 2 bilhões para financiar as campanhas dos candidatos nas eleições municipais de outubro. Além disso, as siglas ainda contam com mais R$ 1 bilhão do Fundo Partidário para as despesas com atividades das legendas. O montante garantido pelo Congresso é distribuído de acordo com o tamanho das bancadas.

Somando os dois, total de r$ 3 bilhões. É muito dinheiro!

Mas, o orçamento da Justiça Eleitoral para fazer a eleição é de r$ 11 bilhões.

Isso só para a operação. Máquinas, urnas eletrônicas, pessoal, internet, locomação, sistemas, etc e tal.

Custo da eleição - r$ 14 bilhões.

Se tiver eleição em 2020 e 2022 - r$ 28 bilhões (valores de hoje).

Se juntar numa eleição só, tudo em2022 (prefeito e vereador, com governador, deputado, senador e Presidente), o custo será r$ 14 bilhões.
E o país terá mais tempo para trabalhar, para se levantar e recuperar da crise, não terá que ficar desviando o foco para eleição ano sim, ano não.

Então, por que não?


O pacificador

Miguel Pierini e Neto Uggioni, dois politicos com liderança no Rio Maina, não se falavam faz anos.

Miguel está no PP e será candidato a vereador. Neto está no PSDB e também será candidato a vereador.

Os dois são ligados pessoal e politicamente ao prefeito Salvaro, e estarão no seu "palanque" em outubro.

Então, tratou de quebrar o gelo. Colocou os dois no "carrinho de golfe" usado no Parque do Imigrante, assumiu a direção, e saiu a passear com eles.

Entre uma risada e outra, acabaram se abraçando. E desceram do carrinho, amigos de novo!

Tudo testemunhado por Estevão Pierini, que ajudou Salvaro na operação.
 

 

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