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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Maga Stopassoli 30/04/2025 - 10:35 Atualizado há 9 horas

Um abaixo-assinado pedindo a regulamentação das redes sociais foi entregue ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, nesta terça-feira (29). O documento chamado “Navegar é preciso, regulamentar as também”, conta com assinaturas de artistas, intelectuais e políticos. O manifesto foi entre a Alcolumbre por uma comissão de representantes dos signatários, após pedido da senadora Teresa Leitão (PT-PE). A ex-senadora Ideli Salvatti de Santa Catarina participou da entrega, além das advogadas Ela Viecko (ex-procuradora federal dos Direitos dos Cidadãos) e Juliana Miranda (da Comissão Arns). Segundo Teresa, é um pedido de socorro e pontuou que também assinaram o documento a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, e mais de 40 ex-ministros de Estado, entre eles o senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Teresa Leitão lembrou a morte da menina Sarah Raissa, ocorrida em Brasília, há duas semanas. A menina de 8 anos morreu depois de inalar desodorante. A principal suspeita é que ela tenha participado de um desafio postado na internet. A parlamentar também citou uma recente operação que a Polícia Federal deflagrou em sete estados, buscando pessoas que teriam praticado crimes virtuais contra crianças e adolescentes. Segundo Teresa, esses são exemplos claros da necessidade de regulamentação. A operação citada pela senadora teve desdobramentos em Criciúma/SC. No município, a Polícia Federal apreendeu um jovem de 17 anos suspeito de integrar um grupo que praticava crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes. Leia aqui.

"Estamos muito preocupados com para onde vai essa falta de regulamentação das redes. Se é crime no mundo físico, que o seja também no mundo virtual. Precisamos entregar à sociedade o fruto desse debate, de que tanto precisamos", concluiu a senadora.

Por Maga Stopassoli 29/04/2025 - 15:07 Atualizado em 29/04/2025 - 15:08

Fusão do Podemos com o PSDB em Santa Catarina

A possibilidade de fusão entre o Podemos e o PSDB foi novamente discutida nesta terça-feira, 29, em Brasília. O PSDB definiu o mês de junho como prazo para deliberação em convenção nacional. Em Santa Catarina, o Podemos seguirá presidido pela deputada estadual Paulinha. A missão prioritária é organizar as eleições de deputados federais, bem como as nominatas de estadual e a política de alianças. Conforme Paulinha, em Santa Catarina a construção partidária do Podemos não aguardará o calendário nacional, com aval da Direção nacional do partido. Assim como não está em discussão a presidência do partido no Estado, que seguirá liderado por ela, em qualquer cenário. 

"O Podemos é um partido novo, leve, e por isso tem atraído muitos novos líderes para o seu projeto de estado. Não temos vícios antigos ou explicações a dar por posicionamentos ideológicos divergentes do interesse da sociedade, e isso é um dos nossos diferenciais. Não dependemos de fusão para superar a cláusula de barreira. Se tiver a fusão, receberemos com muito carinho os filiados do PSDB, mas não contamos com isso para o nosso crescimento", disse a parlamentar.

Paulinha reforçou que tem total respaldo da presidente nacional, Renata Abreu, e do vice, Pastor Everaldo, assim como dos demais membros da executiva nacional. "Seguimos no comando partidário, até porque contamos com uma construção muito robusta de nomes para a disputa do pleito em 2026, discutida semanalmente com a direção nacional".

Por Maga Stopassoli 28/04/2025 - 20:39 Atualizado em 28/04/2025 - 20:39

O conclave do MDB de Criciúma já tem um favorito. Trata-se do ex-prefeito Paulo Meller. Ele é o favorito para assumir a presidência do partido e deve ter o vereador Marcos Machado, como seu vice. A construção de um nome de consenso é resultado da reunião deste domingo (27) que reuniu a velha guarda emedebista, como o ex-governador Eduardo Moreira, o ex-deputado Ronaldo Benedet, Paulo Meller e Marcos Machado. A reunião que deve oficializar o cenário acima está marcada para dia 17 de maio. A intenção dos integrantes do MDB de Criciúma é mesclar experiência e juventude. O deputado federal do partido, Luiz Fernando Cardoso, não foi convidado para a reunião de ontem. 

Oficialmente, o MDB de Santa Catarina está alinhado com o projeto de reeleição do governador Jorginho Mello, embora tenha chamado atenção a ida de Eduardo Moreira ao evento de lançamento da pré-candidatura de João Rodrigues (PSD), ao governo do estado. 

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Por Maga Stopassoli 28/04/2025 - 10:58 Atualizado em 28/04/2025 - 10:58

O escândalo da fraude no INSS que veio à tona na semana passada, após uma operação da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União, pode virar tema de uma CPI em Brasília. A oposição do governo Lula trabalha para conseguir as assinaturas necessárias para a abertura de um Comissão Parlamentar de Inquérito, que são 171. O senador catarinense Esperidião Amin (PP), assinou o pedido e classificou o caso como "uma robalheira feita com muita crueldade". 

“Assinei sim a CPI para investigar esta roubalheira do INSS. E é uma roubalheira feita com muita crueldade, premeditação e ao longo do tempo. É roubar de quem ganha pouco! É maltratar ainda mais a vida dos que tem a vida mais sacrificada! Eu assinei a CPI, mas não deixei de estar indignado com isso, porque isso que acontece no INSS ou aconteceu no INSS, aconteceu com os fundos de pensão. São mais de 150.000 aposentados e pensionistas da Petros, dos Correios, da Caixa Econômica Federal, de vários fundos de previdência de estatais do Brasil que estão pagando, alguns 25%, outros mais de 25% do seu provento, da sua aposentadoria, para cobrir o rombo daqueles que roubaram os clubes de previdência. Isso é uma prática, é uma maldição que se estabeleceu sobre o país, e é por isso que a minha indignação não termina com a assinatura. Nós temos que produzir um exemplo de punição, tanto para o caso do INSS, quanto o caso da Petros e de outros fundos de previdência onde aplicaram mal o dinheiro ou roubaram diretamente como foi o caso de INSS”.

A investigação da Polícia Federal apurou que associações que prometiam benefícios aos aposentados e pensionistas, falsificavam documentos com suas assinaturas e passavam a descontar valores mensalmente, direto do benefício dos aposentados. Os números iniciais são chocantes: aproximadamente 6 bilhões foram desviados dessa forma. O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido. O ministro da Previdência Social, Carlos Luppi (PDT), permanece na função, mesmo após admitir em entrevista para O Globo que que sabia o que estava acontecendo. 
 

 

Por Maga Stopassoli 24/04/2025 - 10:33 Atualizado em 24/04/2025 - 10:34

A reunião realizada nesta quarta-feira (23), em Brasília, que reuniu representantes de Santa Catarina e do Governo Federal para tratar da BR-101, no trecho do Morro dos Cavalos, pode ter marcado o início de um novo momento político para o estado. Isso porque, à mesma mesa, sentaram-se parlamentares de direita e de esquerda.

O encontro foi articulado pelo deputado federal Pedro Uczai (PT), coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, que reúne a bancada federal do estado. Foi ele quem intermediou a agenda com o ministro dos Transportes, Renan Filho. Inicialmente, a reunião seria restrita aos deputados federais, mas houve também mobilização entre os deputados estaduais, que manifestaram interesse em participar presencialmente. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Júlio Garcia (PSD), embarcou para a capital federal acompanhado de outros parlamentares, como o deputado Tiago Zilli (MDB), coordenador da bancada do Sul.

Presença de Jorginho Mello 
A confirmação do encontro com o ministro levantou outra questão: o governador Jorginho Mello (PL) participaria? Segundo relato de Uczai em entrevista à rádio Som Maior, na noite anterior à reunião, o governador entrou em contato demonstrando interesse em estar presente. O pedido foi prontamente acolhido pela equipe de Renan. Assim, no dia seguinte, figuras que transitam em campos políticos opostos estavam lado a lado: Jorginho e Renan. Os catarinenses levaram na bagagem as angústias acumuladas ao longo de décadas em torno do impasse no Morro dos Cavalos, e ouviram do ministro o compromisso: a obra será prioridade número um do Governo Federal em Santa Catarina.

Ideologias, ideologias, Morro dos Cavalos à parte
A convivência e o debate de ideias no campo ideológico são parte essencial de uma sociedade democrática, mas devem ficar em segundo plano quando se trata de questões estruturantes, como a solução para um trecho da BR-101 que, vez por outra, paralisa o trânsito entre as regiões Sul e Norte do estado. O encontro foi tão simbólico que pode ser chamado de “dia D” na luta por essa causa histórica. Governo Federal, Governo Estadual e parlamentares de diferentes vertentes políticas reunidos por um interesse comum: Santa Catarina. Seria otimismo demais afirmar que esse gesto inaugura uma nova fase política no estado? Talvez. Mas é, no mínimo, um bom sinal.

Na prática
O governador Jorginho Mello apresentou em Brasília nesta quarta-feira, 23, ao ministro dos Transportes, Renan Filho, o projeto do contorno rodoviário no trecho da BR-101, na região do Morro dos Cavalos. A proposta, elaborada pelo Governo do Estado em parceria com a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), foi recebida pelo ministério e será estudada tecnicamente. Caso seja confirmada como a melhor solução para a região, a obra do contorno poderá finalmente sair do papel, resolvendo um dos principais gargalos logísticos de Santa Catarina. O projeto prevê a implantação de um binário de 5,2 km, com obras que incluem ponte sobre o Rio Maciambú, viaduto sobre a BR-101 e reformulação da pista existente. O investimento estimado é de R$ 291,3 milhões. Atualmente, o projeto está em fase de elaboração do anteprojeto e encaminhamentos para o licenciamento ambiental, com atenção especial à travessia de áreas indígenas e do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.

A proposta será analisada pelo Ministério dos Transportes e pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Com o projeto de engenharia finalizado, a obra poderá ser incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ou viabilizada dentro da futura concessão da BR-101.

 

Renan e Jorginho que, recentemente trocaram farpas na internet, guardaram as bandeiras e discutiram soluções em alto nível. Foto: Eduardo Valente/Secom.

                                                                              


Por Maga Stopassoli 23/04/2025 - 15:14 Atualizado em 23/04/2025 - 15:17

A semana começou com um assunto que despertou muita curiosidade. Afinal de contas, é verdade que Luciane Ceretta vai assumir a Secretaria de Estado da Educação? Desde o ano passado, os rumores de que ela seria o novo nome da pasta ganharam força. E há motivos para isso. E os motivos foram alimentados por ela mesma. Quer um exemplo? Luciane assumiu a Unesc e colocou a universidade num outro patamar. Assumiu a Acafe e fez Santa Catarina inteira conhecer as instituições comunitárias. Foi nomeada Conselheira Nacional de Educação e colocou o estado na mesa de conversa em Brasília. É por isso que, quando o assunto é Educação, seu nome sempre surge. Então, a questão aqui não é se ela foi convidada ou não, se vai assumir a secretaria ou não. A questão é que a Educação de Santa Catarina precisa dela. A Secretaria de Educação do nosso estado está sem comando. Quer um exemplo? Eu dou: quem não lembra das escolas estaduais – eu disse estaduais, portanto, de responsabilidade do governo do estado – que começaram o ano, naquele período de calor extremo, sem ar-condicionado? Esse foi um erro imperdoável do atual secretário Aristides Cimadon. E essa não é uma crítica à pessoa do Cimadon. Tem a ver com sua gestão à frente da secretaria, e quem aceita ir para a vida pública sabe que está sujeito a ser aplaudido e criticado. Se a pasta estivesse sob o comando de Luciane Ceretta, por exemplo, não seria exagero dizer que as escolas estaduais estariam em melhores condições. E aqui eu estou usando o exemplo do ar-condicionado para dizer o mínimo. Há outras melhorias que a educação estadual precisa.

Nesta semana, quando o assunto veio à tona, Ceretta se apressou em dizer duas coisas: primeiro, que não havia recebido nenhum convite; segundo, que é amiga de Cimadon. As duas coisas são verdadeiras. Ocorre que uma coisa não invalida a outra. Luciane é leal aos seus. Mas a amizade com Cimadon não é o centro da discussão. O atual secretário exerceu papel importante na elaboração do que é hoje o Programa Universidade Gratuita, que beneficia milhares de catarinenses com acesso ao ensino superior. Não há, no meu modo de ver, nada mais nobre do que lutar pela educação. E Cimadon fez isso antes de ser secretário e, certamente, continuará fazendo quando deixar a secretaria.

Ocorre que o ritmo das coisas hoje exige um perfil mais presente, lá na ponta, onde o problema acontece. Exige que quem está à frente de uma pasta tão importante como a da Educação compreenda o dinamismo da sociedade atual, que tem pressa. Muita pressa. O próprio governador Jorginho Mello costuma usar essa expressão: "Santa Catarina tem pressa". A educação, também. Pressa em ver as escolas bem equipadas, uma grade curricular atualizada, professores sendo mais ouvidos. 

Nada vai apagar a contribuição de Cimadon à educação catarinense, e sair da vida pública não é um demérito quando já se cumpriu a missão. Cimadon cumpriu a sua, com louvor. Tem um amigo meu que costuma usar a seguinte expressão: "no mundo dos adultos, funciona assim". Vou pegar a expressão dele emprestada para dizer o seguinte: no mundo dos adultos, é preciso evoluir essa conversa para além do que se vê. Luciane Ceretta figura como o nome ideal para a Educação no Estado pela sua capacidade de gestão e espírito de liderança nato. Luciane é, hoje, uma figura pública em Santa Catarina justamente por sua contribuição à educação aqui no estado.  Esse é o ônus e o bônus de um bom trabalho. 


 

Por Maga Stopassoli 22/04/2025 - 16:11 Atualizado em 22/04/2025 - 16:12

A dúvida sobre a participação - ou não - do governador Jorginho Mello (PL), da reunião entre os parlamentares catarinenses e o Ministro dos Transportes, Renam Filho, chegou ao fim, Jorginho vai. A informação foi confirmada pela assessoria do deputado feedral e presidente da Frente Parlamentar Catarinense, Pedro Uczai (PT). O encontro está marcado para esta quarta-feira (23) e será um passo importante na busca de uma solução para o trecho da BR-101, em Palhoça, na altura do Morro dos Cavalos. A reunião terá a presença de deputados federais catarinenses, além do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Júlio Garcia (PSD) e do deputado estadual Tiago Zilli (MDB). No programa Adelor Lessa desta terça-feira (22), Pedro uczai disse que o governador Jorginho entrou em contato com ele, com a intenção de participação do encontro. Recentemente, Jorginho disse que o Governo do Estado está disposto a dividir o custo da obra com o Governo Federal.

 

Por Maga Stopassoli 22/04/2025 - 10:19 Atualizado em 22/04/2025 - 10:20

O empresário José Roberto Duarte Ramos, conhecido como Zé da FabSul, recebeu convite para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições de 2026 e deve se lançar pré-candidato a deputado federal por Santa Catarina pelo Republicanos. Zé é vice-presidente da Federação de Autorregulamentação, Socorro Mútuo e Benefícios dos Estados do Sul (FabSul), entidade atualmente presidida pelo empresário Arnaldo Felisberto, de Tubarão. O convite foi feito pelo presidente estadual do Republicanos, o deputado federal Jorge Goetten. A filiação do empresário criciumense ao partido está marcada para o dia 12 de maio, em Florianópolis, com a presença confirmada do presidente nacional da sigla, deputado Marcos Pereira.

Em Santa Catarina, o setor movimenta uma ampla cadeia produtiva e reúne cerca de 600 mil associados. A atividade impulsiona negócios ligados a oficinas, autopeças, guinchos, vidraçarias e outros serviços automotivos. Jorge Goetten disse que fez o convite ao empresário e que está aguardando a resposta. José Roberto, por sua vez, demonstra empolgação com a possibilidade de ser candidato.

“Fiquei muito feliz pelo convite. Nos últimos dois anos, participei ativamente da construção de um projeto de lei que atendesse nosso setor em Brasília. Como vice-presidente da FabSul, recebi essa missão, que foi bem-sucedida. Agora, o desafio é trabalhar na regulamentação infralegal, para garantir que a lei contemple associações de todos os portes: pequenas, médias e grandes”, afirmou o empresário. Se aceitar o convite e a pré-candidatura for confirmada, sua campanha terá a coordenação do advogado criciumense, Jefferson Monteiro.

Saiba quem é o empresário

Natural de Jaguaruna e com atuação empresarial em Criciúma, José Roberto Duarte Ramos é uma das principais lideranças nacionais no segmento de proteção veicular. Ele teve papel importante na aprovação da Lei Complementar 213/2025, que estabeleceu um marco regulatório para o setor. A nova legislação foi aprovada por unanimidade na Câmara e no Senado, criou normas claras para o setor e garantiu maior segurança jurídica às associações de proteção veicular, beneficiando milhares de usuários em todo o país. O objetivo do projeto é assegurar preços justos na proteção veicular e fortalecer as associações.

 

Zé da Fabsul, entre o advogado Jefferson Monteiro e o presidente estadual do Republicanos, Jorge Goetten.

 

Por Maga Stopassoli 20/04/2025 - 17:45 Atualizado em 20/04/2025 - 17:45

Dona de um capital político “pessoal e intransferível”, a deputada estadual Ana Campagnolo (PL) consolidou-se como uma das principais referências do conservadorismo e da defesa das pautas de direita em Santa Catarina. Eleita em 2018 com 34.825 votos e impulsionada pelo apoio da família Bolsonaro, Ana viu sua votação quintuplicar quatro anos depois, em um estado que se identifica fortemente com a direita fortalecida após a eleição de Jair Bolsonaro. Na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Ana adota uma postura combativa, especialmente no que chama de “luta contra o feminismo”. Além disso, posiciona-se contra a cota de 30% que obriga os partidos políticos a destinarem ao menos três das dez candidaturas a mulheres, conforme a regra 70/30. 

​​​​​​300 mil para Criciúma
Na semana passada, a deputada cumpriu agenda parlamentar na região Sul do estado. Em Içara, visitou a prefeita e correligionária Dalvânia Cardoso, a quem convidou para disputar uma vaga na Assembleia em 2026. “Gostaria de ter mais mulheres de direita comigo no Parlamento”, justificou. Em Criciúma, reuniu-se com o prefeito Vagner Espíndola (PSD) e destinou R$ 300 mil em emenda parlamentar para o município, verba solicitada por seu aliado local, o vereador Obadias Benones, a quem ela se refere como seu “braço direito” na cidade. Na quarta-feira (16), Ana foi entrevistada no programa Cá Entre Nós, da rádio Som Maior. Durante a conversa, falou sobre as eleições de 2026, antifeminismo, avaliou o governo Jorginho Mello e comentou possíveis nomes para a próxima corrida presidencial.
A seguir, os principais trechos da entrevista. Você também pode ouvir a conversa neste link. 

 

Candidatura à reeleição estadual

Questionada sobre a possibilidade de disputar uma vaga federal (seja na Câmara ou no Senado) em 2026, Ana afirmou que é pré-candidata à reeleição como deputada estadual e defendeu o respeito a uma "fila" interna dentro do grupo político bolsonarista.

“Se a vaga ao Senado estivesse aberta, e fosse o momento certo de discuti-la, a ideia de defender Santa Catarina em Brasília certamente me seduziria. Mas há pessoas à minha frente nessa fila. Uma delas é a deputada Carol de Toni, que foi presidente da CCJ, hoje é líder da Minoria. Este é o momento dela.”

E concluiu:

“Na política, vence quem tem mais paciência.”

Antifeminismo

Ana também comentou seu posicionamento antifeminista, tema central em seus livros e atuação parlamentar. Segundo ela, sua obra "reinaugurou" o movimento antifeminista no Brasil.

“Já existiram outras mulheres antifeministas, mas estavam apagadas. Antes de eu publicar esse conteúdo, não havia contraponto na mídia, na universidade, na imprensa ou na política para aquela mulher que gosta de política, de liderar, de trabalhar, mas não se identifica com o discurso coletivista e de esquerda que representa o feminismo.”

Para a deputada, o Brasil não está atrasado em infraestrutura e saneamento, mas também no equilíbrio de ideias, principalmente no debate entre feminismo e antifeminismo.

Bancada feminina na Alesc

Ana também comentou sua tentativa de extinguir a Bancada Feminina na Alesc, hoje composta por apenas duas deputadas — número inferior ao mínimo de cinco parlamentares exigido pelo regimento interno para formação de uma bancada. Ela apresentou um projeto para extinguir o grupo, mas não obteve os 14 votos necessários. A proposta recebeu 10 votos favoráveis.

Avaliação do governo Jorginho Mello

Provocada a avaliar o governo estadual, Ana "desfiou um rosário" de elogios a Jorginho Mello.

“O melhor governador do Brasil é Jorginho Mello”, declarou.

No entanto, pontuou discordar da indicação de Carlos Chiodini (MDB) para um cargo no primeiro escalão, embora tenha dito compreender os motivos da articulação política.

Cotas para mulheres na política

Ana voltou a criticar as cotas de gênero na política, classificando a medida como ineficaz e desrespeitosa com a meritocracia. Para ela, mulheres devem ocupar espaços por competência, e não por obrigação legal.

Eleição presidencial de 2026

Diante da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, Ana foi questionada sobre possíveis nomes da direita para a disputa presidencial. Citou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como alternativa viável, mas demonstrou ceticismo quanto ao futuro político do grupo.

“A família Bolsonaro me acolheu quando ninguém queria me dar atenção. Tirando o carinho que tenho por eles, analisando a conjuntura, se quem participou do suposto golpe de 8 de janeiro está pegando 17 anos de prisão, qual será a punição que estão preparando para o presidente Bolsonaro?”

“Existem muitas forças tentando empurrar o nome do Tarcísio. É triste, mas a direita ainda não tem um quadro consolidado para o ano que vem. Vou trabalhar para que Bolsonaro escolha quem nos representará. Política não é a arte do ideal, é a arte do possível”, finalizou.
 

 

 

Por Maga Stopassoli 18/04/2025 - 13:02

O vice-prefeito de Lages, Jair Júnior, solicitou no início da tarde desta quinta-feira (17) seu desligamento do seu partido, o Podemos. O pedido já foi protocolado e aceito pela Presidente Estadual, encerrando assim oficialmente seu vínculo com o partido. A decisão de Jair Júnior ocorre um dia após a Executiva Estadual do Podemos em Santa Catarina, reunida em Florianópolis, ter deliberado pela expulsão do vice-prefeito, em razão das acusações de violência contra a mulher, baseadas em investigação conduzida pelo Ministério Público. A denúncia contra Jair Júnior de violência contra mulher ocorreu no dia 22 de março. Já no dia seguinte, o partido acionou a Comissão de Ética Nacional, que validou a solicitação de expulsão feita pela Executiva Estadual seguindo o devido processo legal. Leia aqui

Desde quando o caso veio à tona, a direção estadual da sigla tem se manifesta repúdio a qualquer tipo de violência contra a mulher e se solidarizou com a vítima. "As acusações que pesam contra ele são extremamente graves e vão contra tudo aquilo que defendemos. A violência contra a mulher, para o nosso partido, é absolutamente intolerável", reforçou a presidente do partido em Santa Catarina, deputada Paulinha.

O deputado Lucas Neves, vice-presidente estadual, também acompanhou de perto todo o caso, já que é o principal líder do partido na região serrana. “Nós desconhecíamos esse comportamento violento do Jair Júnior. Fomos surpreendidos como toda Lages. Mas jamais toleramos esse tipo de ato, ainda que cometido por alguém próximo a nós. A violência contra mulher e mesmo contra qualquer pessoa é inadmissível”.

 

Por Maga Stopassoli 14/04/2025 - 18:32 Atualizado em 14/04/2025 - 18:38

A Frente Parlamentar Catarinense se reúne nesta quarta-feira (23), em Brasília, para tratar da concessão da BR-101 Norte e das obras no trecho do Morro dos Cavalos, em Palhoça. O primeiro encontro será com o ministro dos Transportes, Renan Filho, às 15h30. Mais tarde, às 17h30, os parlamentares têm reunião com o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Guilherme Sampaio. A confirmação das agendas ocorre em meio à expectativa no estado em relação ao avanço das obras e à revisão do contrato de concessão, considerados pontos críticos para garantir segurança e fluidez no tráfego da principal rodovia federal que corta o litoral catarinense. A solicitação de agenda com o Ministro foi liderada pelo deputado federal e presidente da Frente Parlamentar Catarinense, Pedro Uczai (PT).

Por Maga Stopassoli 13/04/2025 - 11:58 Atualizado em 13/04/2025 - 11:59

A novela chamada Morro dos Cavalos ganhou mais um capítulo nesta semana, com novos desdobramentos e promessas de solução para um dos maiores gargalos da infraestrutura catarinense. O trecho da BR-101, em Palhoça, voltou ao centro do debate político depois de mais uma interdição, desta vez causada por um caminhão que tombou e pegou fogo. O caos reacendeu a cobrança por uma saída definitiva para o problema, que há décadas compromete a mobilidade no estado.

O barulho veio, primeiro, da Assembleia Legislativa. A Bancada do Sul, formada pelos deputados estaduais da região que puxou o movimento, solicitando uma reunião com o ministro dos Transportes, Renan Filho. A pressão da Alesc se somou à articulação da Frente Parlamentar Catarinense em Brasília. De acordo com a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB), a expectativa é que Renan Filho receba os parlamentares logo após o feriado de Páscoa em agenda ainda a ser confirmada.

Jorginho adota tom de diálogo

Neste domingo o governador Jorginho Mello (PL) tratou do assunto. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele adotou uma postura mais pragmática. Disse que mandou sua equipe estudar alternativas ao projeto do túnel e citou a possibilidade de um contorno no Morro como uma solução potencialmente mais barata. Mais do que isso: acenou com disposição para dividir os custos com a União, mesmo reconhecendo que a responsabilidade pela obra é federal. “Santa Catarina é parceira”, afirmou. Um gesto raro, considerando o histórico de distanciamento político entre Jorginho e o governo Lula.

Essa é, de fato, a primeira vez que o governador fala publicamente sobre se reunir com o governo federal para tratar do Morro dos Cavalos. E, mais importante, fala com bom senso e responsabilidade política. O tom de confronto deu lugar à disposição para o diálogo. É um passo que merece ser reconhecido — e cobrado.

Veja o que disse o governador:

“O Morro dos Cavalos é uma discussão antiga. Mas está na hora de a gente propor uma solução concreta. A gente sabe que tem um projeto do túnel, mas o governo federal disse que não tem dinheiro. Então, dei a ordem para a minha equipe estudar alternativas, inclusive um contorno pelo morro, que poderia ser mais barato. É claro, é tudo um estudo, não quero gerar expectativas. Mas, tendo um projeto viável na mão, vou sentar com o governo federal e propor uma parceria. Mesmo que seja obrigação deles, o nosso estado é parceiro para dividir o custo de uma obra assim. Porque a gente briga pelo que é nosso por direito, mas a gente também conversa pra chegar a uma solução. E que a solução não venha a cavalo — venha muito mais rápido, porque as pessoas não aguentam mais.”

Por Maga Stopassoli 10/04/2025 - 10:34 Atualizado em 10/04/2025 - 10:35

Não é de hoje que a amizade entre o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desperta curiosidade nos bastidores da política catarinense. Eles estão em partidos diferentes, sim. Mas se conhecem há anos, compartilham ideais conservadores e mantêm uma relação de confiança que, à primeira vista, justificaria qualquer alinhamento. Só que política não é feita só de afinidade. É feita de cálculo. E, neste jogo, cada peça se move conforme as circunstâncias. João Rodrigues lançou sua pré-candidatura ao governo do estado no fim de março, com o discurso de quem quer percorrer Santa Catarina e apresentar seu projeto aos eleitores. A próxima parada está marcada para Criciúma, no fim de maio. Tudo dentro do roteiro de uma candidatura em construção.

Só que outros elementos passaram a compor o cenário, especialmente uma fala que veio de Brasília. Jair Bolsonaro, em uma reunião política, disse ainda ter “esperança” de que João concorra ao Senado — e não ao governo. E justificou: gostaria de lançar apenas uma candidatura da direita em Santa Catarina. Tradução: evitar dividir o eleitorado entre João Rodrigues e o atual governador Jorginho Mello (PL), integrante de seu partido.

Mais do que um gesto de preferência pessoal, o recado de Bolsonaro tem ares estratégicos. O ex-presidente quer uma base robusta no Senado para defender suas pautas — entre elas, a possibilidade de abrir processos contra ministros do STF. Para isso, precisa eleger nomes alinhados em cada estado. E, nesse contexto, não há espaço para duas apostas concorrendo entre si.

A pressão é clara. João Rodrigues tem até abril do ano que vem para renunciar à prefeitura, caso mantenha a intenção de disputar o governo. A legislação diz que chefes do Executivo que desejam concorrer a outro cargo precisam deixar o atual até seis meses antes da eleição. Mas antes disso, terá de tomar uma decisão difícil. Bolsonaro não vai dividir palanque. E a tendência é que feche com Jorginho, do seu partido, sem titubear.

Neste ponto, a lealdade pessoal será posta à prova pelo pragmatismo político. João Rodrigues precisará avaliar o custo-benefício de seguir com a pré-candidatura ao governo — sabendo que pode enfrentar resistência do bolsonarismo — ou recuar e aceitar disputar o Senado, como preferem alguns de seus aliados e o próprio ex-presidente. Essa escolha não será solitária. A articulação do PSD, em especial a liderança do presidente da Assembleia, Júlio Garcia, terá papel decisivo nesse tabuleiro. E o que está em jogo vai além do destino político de João Rodrigues: é a própria configuração da disputa majoritária em Santa Catarina.

A amizade com Bolsonaro, ao que tudo indica, continua firme. Mas no jogo político, como bem se sabe, amizade não garante apoio. E nem sempre os caminhos dos amigos se cruzam no mesmo palanque.

 

Por Maga Stopassoli 09/04/2025 - 19:57 Atualizado em 09/04/2025 - 19:57

A história de um vereador que compartilhou com a deputada federal Geovânia de Sá, a experiência de sua esposa que perdeu o filho recém-nascido e, mesmo sofrendo o luto da perda do bebê, foi colocada no mesmo quarto de uma mãe que celebrava o nascimento do filho, inspirou a parlamentar a levar o assunto para a Câmara. Geovânia disse que “o contraste entre a alegria e a perda, daquela história, sendo vivida no mesmo espaço, evidenciou uma falha grave no cuidado emocional das mulheres”.

A dor do luto materno

“Essa mãe me marcou para sempre. Ela me disse que o que mais doía não era só a perda do seu bebê, mas a falta de sensibilidade. Ela estava com os seios cheios de leite, o colo vazio e o coração em pedaços, ouvindo o choro do bebê ao lado”, disse a deputada.

A Lei

Para que outras mulheres possam ser acolhidas num momento como esse e receber o cuidado e o respeito que merecem, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou o Projeto de Lei 1.640/2022, de autoria de Geovania de Sá (PSDB-SC), que institui a Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental. O projeto garante direitos que buscam tornar esse momento menos traumático oferecendo apoio psicológico, exames para entender as causas da perda, acompanhamento durante a próxima gestação, direito ao sepultamento digno do bebê e, principalmente, a separação física entre mães em luto e aquelas que estão celebrando o nascimento.

“Não é possível que uma mulher que acabou de perder o filho seja obrigada a sorrir por educação para uma mãe ao lado que está com o filho nos braços. Não se trata de separar, mas de proteger. Proteger a dignidade, a saúde mental e o direito de viver o luto com respeito”, defende a deputada.

A proposta também assegura o direito à presença de um acompanhante no parto de natimorto, o encaminhamento para acompanhamento psicológico após a alta e o acolhimento humanizado por parte das equipes de saúde, que deverão ser capacitadas para lidar com essas situações. Outubro será instituído como o Mês Nacional do Luto Gestacional, Neonatal e Infantil. A proposta reconhece que esse tipo de perda existe, dói e precisa ser respeitado.

Por Maga Stopassoli 07/04/2025 - 11:17 Atualizado em 07/04/2025 - 11:18

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, participou neste domingo (06) do ato pró-liberdade promovido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, na Avenida Paulista, em São Paulo. Também estiveram por lá os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), Romeu Zema (Novo), Ratinho Jr. (PSD), Ronaldo Caiado (Uniã). Durante o evento, Jorginho entregou simbolicamente uma bandeira do Movimento dos Trabalhadores com Terra (MCT) a Bolsonaro, em um gesto de apoio à defesa da propriedade privada, da legalidade no campo e do agronegócio brasileiro. No sábado (05), Jorginho também participou de um ato do MCT na Fazenda Volta Grande, em Zortéa (SC), ao lado de cerca de 200 lideranças políticas, produtores rurais e representantes do setor agropecuário. Em fevereiro deste ano, Jorginho Mello sancionou a Lei “Abril Amarelo”, uma resposta ao “Abril Vermelho” do MST.


No retorno a Santa Catarina, o governador visitou o local do acidente com um caminhão, na BR-101, no trecho do Morro dos Cavalos e acompanhou o trabalho do Corpo de Bombeiros e das forças policiais. O veículo estava carregado com etanol, tombou na pista e explodiu. O líquido inflamável se espalhou e provocou o incêndio de vinte veículos que aguardavam na pista na contrária.

 

 

Por Maga Stopassoli 02/04/2025 - 17:16 Atualizado em 02/04/2025 - 17:16

O Deputado Federal Valdir Cobalchini (MDB/SC) reuniu-se hoje com o Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, para solicitar agilidade na tramitação da PEC 66. A proposta prevê o parcelamento das dívidas previdenciárias dos municípios em até 300 vezes e estabelece limites para o pagamento de precatórios. Cobalchini comemorou o resultado da reunião. "O Presidente se comprometeu a instalar amanhã (quinta-feira, 3), uma Comissão Especial para avaliar a PEC, e eu atuarei como membro titular. Essa é uma grande oportunidade para avançarmos em medidas que beneficiem diretamente os municípios", disse o deputado catarinense. A instalação da Comissão Especial marca um passo significativo para o avanço da PEC 66, que busca equilibrar as contas públicas municipais e garantir a continuidade de serviços essenciais.

Por Maga Stopassoli 01/04/2025 - 19:00

Representantes da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), além dos prefeitos de Florianópolis, Joinville, Blumenau e Itajaí se reuniram com o governador Jorginho Mello, nesta terça-feira (1) para debater soluções voltadas ao atendimento da população em situação de rua em Santa Catarina. O aumento significativo da população de rua no estado catarinense nos últimos dez anos tem preocupado os gestores municipais que se veem de mãos atadas quanto às ações para conter o avanço deste problema social.

Proposta apresentada
Durante o encontro, o presidente da Fecam e prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, apresentou a proposta de criação de um Cadastro Estadual da Pessoa em Situação de Rua, para fazer um acompanhamento preciso dessa população. O sistema, desenvolvido pela Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos (Fepese), será alimentado por equipes de abordagem social, guardas municipais, assistentes sociais e forças de segurança.

“Não há como fazer política pública sem saber qual é a quantidade de pessoas em situação de rua que nós temos no estado. E pessoas em situação de rua têm uma dificuldade adicional porque hoje elas estão em uma cidade, amanhã em outra. A nossa proposta é criar esse cadastro único para poder acompanhar essa pessoa em situação por onde ela passar no estado de Santa Catarina, tendo um registro em todos os pontos de contato com as equipes de assistência social ou de abordagem e forças de segurança, e gerar informações para que possamos definir as políticas públicas”, destacou Topázio Neto.

O governador Jorginho Mello falou em avanço das ações conjuntas

“Nesse governo estamos tendo a coragem de chamar todos na mesma mesa e discutir esse problema das cidades que é o aumento da população vivendo nas ruas. Essa já é a segunda reunião com a Fecam e com os prefeitos, além dos meus secretários, para que possamos avançar com as ações e enfrentar essa situação. São pessoas muitas vezes doentes e que precisam de ajuda. O próximo passo nosso é criar esse banco de dados dessas pessoas para entender o histórico dela e qual o melhor encaminhamento pra ela sair de uma vez dessa vida sofrida”, disse o governador na reunião.

Como vai funcionar o Banco de Dados
A ferramenta funcionará como um prontuário digital, reunindo informações como registro facial, geolocalização, histórico de saúde, antecedentes criminais e número de abordagens. Esse banco de dados será acessível a serviços de assistência social, albergues, restaurantes populares, clínicas e hospitais, auxiliando na formulação de políticas públicas mais eficazes.

“Hoje foi uma reunião muito importante com o governador e seu secretariado, assim também como vários prefeitos onde discutimos um Projeto de Lei que legítima um cadastro das pessoas em situação de rua aqui em Santa Catarina. E trouxemos uma proposta ao governador de como executar esse cadastro”, disse o prefeito de Joinville, Adriano Silva.

O prefeito de Blumenau, Egídio Ferrari (PL), disse que é um passo importante para amenizar o problema. "Essa iniciativa do Governo do Estado de puxar todo mundo para a responsabilidade junto com os prefeitos para que a gente tenha esse cadastro e entender quem são essas pessoas, de onde elas vieram e por onde elas andam. É o primeiro passo e muito importante com o apoio do governador Jorginho Mello pra gente trabalhar essa situação das pessoas que vivem nas ruas trazendo mais dignidade a elas”.

Cracolândia
"Temos visto de tempos em tempos de novas drogas chegando no mercado, casas de recuperação lotadas, as cracolândias aumentando e nós temos visto que as lutas que têm sido feitas, não têm trazido um resultado efeito. Então, o que nós precisamos é fazer novas ações e é isso que o governador tem proposto”, acrescentou o vice-prefeito de Itajaí, Rubens Angioletti.

Agora a proposta será transformada em um Projeto de Lei e terá o apoio do Governo do Estado. Na sequêcia, será encaminhado para discussão na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Segundo o governo, objetivo é estabelecer uma política integrada entre os municípios para garantir mais dignidade e oportunidades às pessoas em situação de vulnerabilidade.

 

Por Maga Stopassoli 01/04/2025 - 17:20 Atualizado em 01/04/2025 - 17:50

Médicos, profissionais da vigilância sanitária, advogados, especialistas em bronzeamento artificial participaram de uma audiência pública proposta pela CCJ, na tarde desta segunda-feira (31), para debater a regulamentação das câmaras de bronzeamento artificial em Santa Catarina. A medida consta no Projeto de Lei (PL) 410/2024, de autoria da deputada Paulinha (Podemos), que propôs a realização da audiência e presidiu o encontro, promovido no Auditório Antonieta de Barros, na Alesc.

Diveregência
A discussão do tema foi marcada pela divergência de posições entre o Conselho Regional de Medicina (CRM-SC) e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD-SC), que são contrários ao uso das câmaras, e representantes da área de bronzeamento e profissionais médicos que defendem a regulamentação da atividade para garantir a segurança da saúde dos usuários. O uso de câmaras de bronzeamento está proibido em todo o país por meio da Resolução 56/2009 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entanto, estados e municípios já aprovaram leis para regulamentar a atividade. Além disso, há empresários do setor que conseguiram liminares judiciais para ofertar o serviço.

Posições contrárias
A presidente da SBD-SC, Mariana Ortellado, que é médica dermatologista, afirmou que a aprovação do projeto de lei pode trazer graves consequências para a saúde da população. "As câmaras emitem radiação em nível até 15 vezes superior à radiação solar. Uma única sessão aumenta significativamente o risco de câncer de pele, especialmente o melanoma, o mais grave", alertou. "Não sabemos qual a dose segura de radiação que cada paciente pode receber."

A posição da SBD foi corroborada pelo representante do CRM-SC, Vicente Pacheco Oliveira. "O CRM não existe para defender médicos, mas, sim, a boa prática da medicina. É nessa condição que pedimos que reflitam sobre a aprovação desse projeto", comentou. "Já está mais do que comprovado cientificamente que os dados UV são definitivos para o surgimento futuro de tumores. Isso sem mencionar nos custos disso para o SUS."

Apoio ao projeto
Já o médico Miguel Carlos Vietri, de São Paulo, em mensagem de vídeo, defendeu a aprovação do projeto de lei, por entender que os estudos científicos existentes não comprovam o perigo das câmaras. O médico radiologista Élcio Varella também concorda com a regulamentação do bronzeamento artificial e entende ela dará condições para fiscalizar o serviço. "É algo que vai beneficiar toda a sociedade, a câmara de bronzeamento artificial é saúde", disse. "A norma da Anvisa é de 2009, em 15 anos já mudou tudo."

Profissional da área de bronzeamento artificial no Espírito Santo, Cris Coutinho afirmou que seu estado liberou o uso das câmaras por meio de lei estadual. "Isso foi um marco, porque abriu caminhos legais para milhares de mulheres que atuam com segurança", afirmou. "A Anvisa se baseou em um estudo tendencioso. O bronzeamento é liberado em 195 países, apenas dois proíbem, Brasil e Austrália. Será que nos outros países, os profissionais são leigos e incompetentes?"

Maurício Soares, presidente da Associação de Bronzeamento Artificial de Santa Catarina, afirmou que a entidade reúne 920 clínicas que geram emprego e renda. A entidade, segundo ele, estará comprometida com a fiscalização do serviço, caso o projeto de lei seja aprovado.

O infectologista Fábio Gaudenzi de Faria, representante da Secretaria de Estado da Saúde (SES-SC), lembrou que a atividade está proibida em Santa Catarina em função da resolução da Anvisa. "Nossa preocupação é como ficaria a questão com a existência de uma legislação estadual regulamentando as câmaras, em divergência com uma norma nacional. Isso pode gerar ainda mais insegurança jurídica", disse.

Cristhiane Ávila, advogada da associação de bronzeamento, entende que a lei estadual tem status maior que a resolução da Anvisa. "Os estados têm competência para legislar sobre essa questão", afirmou. "A Anvisa não pode contrariar regras previstas em leis estaduais válidas. Essa lei acabará com a precariedade e a insegurança jurídica, o que leva muitos a trabalhar na informalidade."

Paulinha defendeu a liberação
A deputada Paulinha defendeu a aprovação do projeto de sua autoria. Para ela, a proibição prejudica 30 mil pessoas envolvidas no trabalho, que passaram a sofrer ações fiscalizatórias e condenatórias, retirando-lhes o direito de prestar um serviço. "Estou convencida pela ciência que não há razão para proibirmos essa prática em Santa Catarina. Os processos tecnológicos evoluíram muito. Se fosse tão prejudicial, não seria permitido em tantos lugares no mundo."


Discussão prossegue
"Temos que seguir esse diálogo, com subsídios de ambas as partes para podermos aprimorar nosso projeto", disse. "Prefiro uma regulamentação a continuar do jeito que estamos", disse a deputada.

Também participaram da audiência a diretora da Vigilância em Saúde de Florianópolis, Laine Martinello dos Santos; da diretora do Procon Estadual, Michelle Correa Rabelo; de Elis Silva, perita judicial especialista em bronzeamento artificial em São Paulo; do médico Arthur Conelian Gentili, da diretoria do Cepon; entre outros.

Por Maga Stopassoli 01/04/2025 - 10:52 Atualizado em 01/04/2025 - 10:53

Um dos principais nomes do MDB de Santa Catarina, o deputado estadual Antídio Lunelli, de Jaraguá do Sul, concedeu entrevista ao programa Adelor Lessa, na rádio Som Maior, de Criciúma, na manhã desta terça-feira (1) e falou sobre os encaminhamentos de seu partido para a eleição do ano que vem. Ele disse que, se o MDB optar por uma candidatura própria ao governo do estado, seu nome está à disposição. No entanto, o jaraguaense reconhece a dificuldade que o projeto teria já para a próxima eleição.

“O MDB vem cometendo alguns erros já nas duas últimas eleições, e o resultado está aí. Cada vez mais nós estamos ficando pequenos. Estamos igual a lagarto: toda eleição cortam um pedaço do rabo”, disse, em referência à atual conjuntura do MDB, que está fora do comando do estado desde 2018. À época, Eduardo Moreira (MDB) assumiu o cargo de governador para que o então governador Raimundo Colombo (PSD), com quem foi eleito em 2014, se licenciasse para concorrer ao Senado. De lá para cá, o partido está presente na estrutura de governo, ocupando pastas estrategicamente importantes, mas não conseguiu mais viabilizar uma candidatura majoritária. Em 2022, por exemplo, Antídio ensaiou disputar o governo, mas, na convenção emedebista, foi vencido pela ala do partido que preferiu ver Udo Döhler ser candidato a vice de Carlos Moisés. A dupla perdeu a eleição, amargando um terceiro lugar na disputa que deu a vitória para Jorginho Mello (PL).

Ciente da necessidade que o partido tem de reestruturar suas bases no contexto atual, Antídio disse que é favorável a uma chapa única, que una a direita catarinense, tendo Jorginho e João Rodrigues no mesmo projeto de eleição. “Jorginho tem atuado fortemente, o estado está bem, ele tem andado pelas regiões e feito para todos os prefeitos.”

Mais Jorginho ou mais João Rodrigues?
Ao ser questionado, no entanto, se o MDB é “mais Jorginho” ou “mais João Rodrigues”, Antídio disse acreditar que a maioria está com Jorginho. “Eu acredito que a maioria é mais Jorginho, apesar de que o prefeito de Chapecó também é um bom candidato. Na minha maneira de pensar, o João Rodrigues deveria integrar a chapa do governador e a direita se unir. Jorginho faz um bom trabalho, João é um bom prefeito. Santa Catarina, se tiver as duas candidaturas, vai poder escolher, mas entendo que a maioria do MDB está com Jorginho.”

Antídio relembrou a recente declaração de Jair Bolsonaro sobre a eleição em Santa Catarina (leia aqui) e reafirmou que acredita que a direita deve se unir “pra gente não perder a eleição (para a esquerda), e não tem mais como a gente aguentar esses petralhas aí”, disparou o parlamentar. Ele também não perdeu a oportunidade de criticar o governo federal do PT, ao qual classificou como “desgoverno”. “Nós, como empresários, estamos argolados. Precisamos voltar a governar o Brasil. Então, sou a favor de nos unirmos para limparmos a casa.” 

Ouça a entrevista completa, aqui: 

 

Por Maga Stopassoli 31/03/2025 - 17:54 Atualizado em 31/03/2025 - 17:54

A denúncia de violência doméstica contra uma ex-namorada, envolvendo o vice-prefeito de Lages, Jair Junior, que foi preso há uma semana e solto após pagamento de fiança, será analisada pelo Conselho de Ética Nacional do Podemos, partido ao qual está filiado. Após as denúncias se tornaram públicas, Jair pediu licença do cargo. Além disso, foi exonerado pela prefeita Carmen Zanotto (Cidadania), da função que ocupava no Semasa (Secretaria Municipal de Água e Saneamento). Após a veiculação da denúncia, Jair Junior publicou um vídeo em suas redes sociais dizendo que é um “ser humano que erra e acerta”.

Na última sexta-feira, a presidente estadual do Podemos, deputada Paulinha, foi até Lages para uma reunião com integrantes da Executiva Estadual do partido. No encontro, o partido decidiu que o caso seria encaminhado ao Conselho de Ética Nacional que irá abrir um processo que pode resultar na expulsão do vice-prefeito lageano da sigla. O Podemos reafirmou que qualquer agente político filiado ao partido envolvido em situações desse tipo, será responsabilizado de forma exemplar. Enquanto isso, os órgãos competentes seguem com a investigação criminal. Representantes de Organizações dos Direitos Humanos protocolaram um pedido de impeachment contra o vice-prefeito, na Câmara de Vereadores de Lages. Jair da Costa Junior tem 30 anos e foi candidato a vice na chapa encabeçada por Carmen Zanotto, em 2024. Eles foram eleitos com quase 60% dos votos.
 

Foto: Print de tela no instagram de Jair Junior. 

 

 

 

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